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TEMPO DE ARMAZENAMENTO E CULTURA MICROBIOLÓGICA DE VIGILÂNCIA DE ENDOSCÓPIOS GASTROINTESTINAIS FLEXÍVEIS: ANÁLISE DOCUMENTAL DE RECOMENDAÇÕES INTERNACIONAIS E NACIONAIS
2024/1 até 2026/2
ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E DA SAÚDE
GRUPO DE INVESTIGAÇÃO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE E INTEGRALIDADE DO CUIDADO
Teorias, Métodos e Processos de Cuidar em Saúde
SIMONE VIEIRA TOLEDO GUADAGNIN
Analisar as recomendações nacionais e internacionais quanto às diretrizes do tempo de armazenamento dos endoscópios gastrointestinais flexíveis após o processamento e quanto à realização de cultura microbiológica de vigilância.
Partindo de uma visão abrangente de saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS), foi criado em 1988 pela Constituição Federal do Brasil e um de seus princípios fundamentais é o da integralidade, que engloba as ações de promoção da saúde, prevenção de riscos e agravos em todos os níveis da assistência (BRASIL, 1988). Para garantir a implementação desse princípio, em 1999 foi fundada a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, vinculada ao SUS, com o propósito de salvaguardar a saúde da população através do controle sanitário da produção e comercialização de produtos.
Dentro desse contexto, o Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar, estabelecido pela portaria nº 2616 de 1998 (Brasil, 1988), passou a ser uma das áreas de atuação da agência. O programa reconhece que as infecções hospitalares representam um risco à saúde dos pacientes e sua prevenção requer medidas que envolvem a melhoria da qualidade da assistência hospitalar, a vigilância sanitária e outras ações no âmbito estadual, municipal e em cada instituição (BRASIL, 1998).
As ações integradas no programa possuem legislação específica, e a Resolução de Diretoria Colegiada nº 15 (BRASIL, 2012) estabelece requisitos de boas práticas para o processamento de Produtos para Saúde (PPS), o que é fundamental para o controle de infecções. Falhas nesse processamento podem acarretar problemas sérios para a saúde pública, como o surto de Micobactéria de Crescimento Rápido (MCR) que ocorreu em diversas regiões do Brasil, incluindo Goiânia (CARDOSO et al., 2008), que configurou uma situação de emergência epidemiológica (BRASIL, 2008).
O design dos endoscópios são semelhante aos videolaparoscópios envolvidos no surto mencionado, apresentando longos canais, lúmens estreitos e permeáveis a sangue e outros fluidos orgânicos. Nem sempre são passíveis de escovação ou desmontagem, e sua superfície opaca dificulta a detecção de sujidade (PHAC, 2010; AAMI, 2015). Além disso, esses equipamentos são utilizados em órgãos com alta colonização bacteriana (COMMITTEE et al., 2018), o que favorece a formação de biofilmes (ALFA; HOWIE, 2009). Um surto de infecção que já foi associado ao uso de endoscópios gastrointestinais (EPSTEIN et al., 2014). Portanto, a realização de uma pesquisa sobre essa temática será pioneira e relevante, pautada em critérios técnicos e científicos que servirão de subsídios para as agências reguladoras sanitárias, associações médicas de gastroenterologistas, coloproctologistas, cirurgiões do aparelho digestivo, e associações de enfermagem em endoscopia gastrointestinal, fornecendo indicadores que contribuirão para o controle de infecções por meio da implementação de boas práticas de processamento de endoscópio, visando a segurança dos usuários dos serviços de saúde.
Nome | Função no projeto | Função no Grupo | Tipo de Vínculo | Titulação Nível de Curso |
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SIMONE VIEIRA TOLEDO GUADAGNIN
Email: guadagninsimone3@gmail.com |
Coordenador | Pesquisador | [professor] | [doutor] |