Detalhes do Projeto de Pesquisa

TEMPO DE ARMAZENAMENTO E CULTURA MICROBIOLÓGICA DE VIGILÂNCIA DE ENDOSCÓPIOS GASTROINTESTINAIS FLEXÍVEIS: ANÁLISE DOCUMENTAL DE RECOMENDAÇÕES INTERNACIONAIS E NACIONAIS

Dados do Projeto

980

TEMPO DE ARMAZENAMENTO E CULTURA MICROBIOLÓGICA DE VIGILÂNCIA DE ENDOSCÓPIOS GASTROINTESTINAIS FLEXÍVEIS: ANÁLISE DOCUMENTAL DE RECOMENDAÇÕES INTERNACIONAIS E NACIONAIS

2024/1 até 2026/2

ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E DA SAÚDE

GRUPO DE INVESTIGAÇÃO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE E INTEGRALIDADE DO CUIDADO

Teorias, Métodos e Processos de Cuidar em Saúde

SIMONE VIEIRA TOLEDO GUADAGNIN

Resumo do Projeto

INTRODUÇÃO: O processamento de endoscópios gastrointestinais flexíveis (EGF) é essencial, especialmente no que diz respeito ao armazenamento e à secagem adequada para evitar problemas como proliferação microbiana e formação de biofilmes. No entanto, as definições não claras dos fabricantes e diretrizes/legislações dificultam a criação de parâmetros seguros. A cultura microbiológica de vigilância surge como uma estratégia confiável para monitorar a qualidade do processamento e detectar contaminações. O debate internacional sobre o tempo seguro de armazenamento após o processamento e a implementação da vigilância microbiológica destaca a falta de padronização. Nesse sentido, os questionamentos principais são as recomendações mundiais para o tempo de armazenamento de EGF após o processamento e as diretrizes para a cultura microbiológica de vigilância. OBJETIVO: analisar as recomendações nacionais e internacionais sobre o tempo de armazenamento de EGF após o processamento e a implementação da cultura microbiológica de vigilância. METODOLOGIA: será uma pesquisa documental centrada nessas duas unidades de análise. RESULTADOS ESPERADOS: Espera-se que os resultados contribuam para a discussão sobre como essas recomendações podem afetar a prática clínica em diversos ambientes de saúde. CONCLUSÃO: Os achados serão submetidos a publicação em revistas científicas de renome, visando ampla divulgação nacional e internacional. Palavras chaves: Endoscópios gastrointestinais, guidelines, processamento, armazenamento, cultura de vigilância

Objetivos

Analisar as recomendações nacionais e internacionais quanto às diretrizes do tempo de armazenamento dos endoscópios gastrointestinais flexíveis após o processamento e quanto à realização de cultura microbiológica de vigilância

Justificativa

Partindo de uma visão abrangente de saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS), foi criado em 1988 pela Constituição Federal do Brasil e um de seus princípios fundamentais é o da integralidade, que engloba as ações de promoção da saúde, prevenção de riscos e agravos em todos os níveis da assistência (BRASIL, 1988). Para garantir a implementação desse princípio, em 1999 foi fundada a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, vinculada ao SUS, com o propósito de salvaguardar a saúde da população através do controle sanitário da produção e comercialização de produtos. 

Dentro desse contexto, o Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar, estabelecido pela portaria nº 2616 de 1998 (Brasil, 1988), passou a ser uma das áreas de atuação da agência. O programa reconhece que as infecções hospitalares representam um risco à saúde dos pacientes e sua prevenção requer medidas que envolvem a melhoria da qualidade da assistência hospitalar, a vigilância sanitária e outras ações no âmbito estadual, municipal e em cada instituição (BRASIL, 1998). 

As ações integradas no programa possuem legislação específica, e a Resolução de Diretoria Colegiada nº 15 (BRASIL, 2012) estabelece requisitos de boas práticas para o processamento de Produtos para Saúde (PPS), o que é fundamental para o controle de infecções. Falhas nesse processamento podem acarretar problemas sérios para a saúde pública, como o surto de Micobactéria de Crescimento Rápido (MCR) que ocorreu em diversas regiões do Brasil, incluindo Goiânia (CARDOSO et al., 2008), que configurou uma situação de emergência epidemiológica (BRASIL, 2008).

O design dos endoscópios são semelhante aos videolaparoscópios envolvidos no surto mencionado, apresentando longos canais, lúmens estreitos e permeáveis a sangue e outros fluidos orgânicos. Nem sempre são passíveis de escovação ou desmontagem, e sua superfície opaca dificulta a detecção de sujidade (PHAC, 2010; AAMI, 2015). Além disso, esses equipamentos são utilizados em órgãos com alta colonização bacteriana (COMMITTEE et al., 2018), o que favorece a formação de biofilmes (ALFA; HOWIE, 2009). Um surto de infecção que já foi associado ao uso de endoscópios gastrointestinais (EPSTEIN et al., 2014). Portanto, a realização de uma pesquisa sobre essa temática será pioneira e relevante, pautada em critérios técnicos e científicos que servirão de subsídios para as agências reguladoras sanitárias, associações médicas de gastroenterologistas, coloproctologistas, cirurgiões do aparelho digestivo, e associações de enfermagem em endoscopia gastrointestinal, fornecendo indicadores que contribuirão para o controle de infecções por meio da implementação de boas práticas de processamento de endoscópio, visando a segurança dos usuários dos serviços de saúde. 

Equipe do Projeto

Nome Função no projeto Função no Grupo Tipo de Vínculo Titulação
Nível de Curso
SIMONE VIEIRA TOLEDO GUADAGNIN
Email: guadagninsimone3@gmail.com
Coordenador Pesquisador [professor] [doutor]