Detalhes do Projeto de Pesquisa

TREINAMENTO ISOMÉTRICO COM AGACHAMENTO NA PAREDE COMO ADJUVANTE AO CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL: UM ESTUDO MULTICÊNTRICO NA ÍBERO-AMÉRICA

Dados do Projeto

977

TREINAMENTO ISOMÉTRICO COM AGACHAMENTO NA PAREDE COMO ADJUVANTE AO CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL: UM ESTUDO MULTICÊNTRICO NA ÍBERO-AMÉRICA

2024/1 até 2027/2

ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E DA SAÚDE

GRUPO DE PESQUISA EM ENVELHECIMENTO ATIVO E CUIDADO INTEGRAL ÀS ENFERMIDADES CARDIOVASCULARES E PULMONARES

Teorias, Métodos e Processos de Cuidar em Saúde

PRISCILA VALVERDE DE OLIVEIRA VITORINO

Resumo do Projeto

Introdução: o Treinamento isométrico com agachamento na parede em estudos anteriores apresentou taxas importantes de controle da pressão arterial. Nesse estudo multicêntrico, pretende-se com amostra significativa propôs um protocolo que possa auxiliar no controle da pressão arterial. Descrição: o treinamento de força isométrica tem um impacto positivo e significativo nos valores da pressão arterial sistólica, igual ou superior aos tratamentos farmacológicos baseados em monoterapia ou exercícios aeróbios. O treinamento de força pode ser uma terapia adjuvante no manejo da hipertensão arterial. Metas: avaliar o efeito de um protocolo de treinamento isométrico de agachamento na parede durante um período de 24 semanas no controle da pressão arterial em pacientes com hipertensão arterial (HA) recente. O controle da pressão arterial será definido como pressão arterial sistólica (PAS) inferior a 140mmHg. População: 150 participantes por centro totalizando 1.650 participantes que atendam aos seguintes critérios de inclusão: pacientes com hipertensão arterial (HA) recente sem manejo farmacológico com valores de PAS > 140 mmHg, categorizados como de baixo risco; idade maior que 18 anos. Ainda serão verificados os seguintes critérios de exclusão: não autorização (não assinatura do consentimento informado); suspeita de hipertensão secundária; diabetes mellitus; osteoartrite grave com necessidade de cirurgia de substituição do joelho; dor no joelho que limite a atividade física; gravidez ou lactação; doença renal crônica: TFG calculada por CKDEPI < 60 mil/min, albuminúria > 30 mg/g; história de evento cardiovascular maior (infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico, doença arterial periférica); retinopatia hipertensiva. Duração do estudo e acompanhamento: 24 semanas.

Objetivos

Objetivo primário: avaliar o efeito de um protocolo de treinamento isométrico de agachamento na parede durante um período de 24 semanas no controle da pressão arterial em pessoas com hipertensão arterial de diagnóstico recente, definindo o controle da pressão arterial como PAS menor que 140 mmHg.

Justificativa

  Por esse motivo, propomos o exercício isométrico como uma alternativa viável e econômica para o manejo não farmacológico no manejo integral da HA. Abaixo está um resumo do protocolo do primeiro estudo multicêntrico aplicado na Ibero-América de uma intervenção isométrica de exercícios de agachamento na parede. A proposta é baseada no estudo EEFIT "Efeito do treinamento de força isométrica em indivíduos com síndrome metabólica no local de trabalho" desenvolvido entre 2019 e 2021 na Colômbia, com o apoio de artigos publicados e discussões com especialistas. Grupos do Reino Unido pioneiros na pesquisa sobre a aplicação do agachamento isométrico na parede como intervenção para redução da pressão arterial (7-9); recentemente, esses grupos conseguiram implementar uma intervenção no  Sistema de Saúde Pública do Reino Unido.

            O estudo EEFIT foi o primeiro ensaio clínico a comparar duas intervenções de exercícios isométricos mais comumente investigadas: força de preensão palmar e agachamento na parede (10). Resumidamente, em um período de acompanhamento de 24 semanas que incluiu 78 pasicente com Hipertensão arterial recente com pressão arterial sistólica (PAS) medida no consultório entre 130-159 mmHg na ausência de tratamento anti-hipertensivo. Nosso grupo demonstrou que após as primeiras 12 semanas (3 treinos semanais de 14 minutos de duração) a redução da PAS no grupo agachamento na parede foi de 12,9 mmHg (n=27), maior que a observada no grupo força de preensão (-11,2 mmHg; n=28). Na segunda fase do estudo, 12 semanas depois, os participantes realizaram apenas uma única sessão por semana, mantendo o efeito benéfico. As diferenças entre as duas intervenções foram modestas, favorecendo o grupo de agachamento (Figura 1).

Figura 1. Alterações na pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) por grupos de intervenção e controle e fase de desenvolvimento do EEFIT.

*=p<0,01; †=p<0,001 para diferenças entre os grupos no final das fases em comparação com a linha de base (ANCOVA ajustada para valores de linha de base).

Control: controle; Handgrip: força de preensão palmar; Wall Squat: agachamento na parede

Equipe do Projeto

Nome Função no projeto Função no Grupo Tipo de Vínculo Titulação
Nível de Curso
PRISCILA VALVERDE DE OLIVEIRA VITORINO
Email: pvalverde@pucgoias.edu.br
Coordenador Líder [professor] [doutor]
WEIMAR KUNZ SEBBA BARROSO DE SOUZA
Email: sebbabarroso@gmail.com
Pesquisador Pesquisador Externo [externo] [doutor]