A indústria enfrenta o desafio constante de desenvolver produtos que atendam às expectativas dos consumidores em eficácia, segurança e sustentabilidade. Nesse contexto, a nanobiotecnologia emerge como uma promissora abordagem, permitindo a criação de formulações mais eficientes, estáveis e com liberação controlada de ativos. Esta área de pesquisa oferece oportunidades para explorar as propriedades únicas das nanoestruturas na proteção e otimização de princípios ativos, visando atender à crescente demanda por produtos de alta performance. A aplicação da nanobiotecnologia na indústria apresenta benefícios significativos, tais como a proteção dos princípios ativos contra degradação, liberação gradual de substâncias ativas, e redução de efeitos indesejados como odores e irritações. Além disso, a biodiversidade brasileira oferece uma vasta gama de compostos bioativos, cujo potencial pode ser amplificado por meio da nanotecnologia. Valorizar e explorar esses recursos de maneira sustentável não apenas impulsiona a pesquisa científica, mas também contribui para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico do país. Desta forma, o objetivo deste projeto de pesquisa é desenvolver nanoestruturas contendo ativos da biodiversidade brasileira para aplicação na indústria. Para isso, a metodologia envolve a obtenção e caracterização dos materiais vegetais de acordo com os padrões estabelecidos pela Farmacopeia Brasileira, seguido pela produção e caracterização dos óleos e/ou extratos. A quantificação dos ativos será realizada utilizando técnicas como cromatografia e espectrometria, e a produção das nanoestruturas será conduzida por técnicas de baixo aporte de energia em colaboração com a empresa Nanoterra. A estabilidade das nanoestruturas será avaliada de acordo com os testes preconizados pela legislação vigente. Espera-se que este projeto resulte no desenvolvimento de nanoestruturas altamente estáveis com ampla aplicabilidade em diversas indústrias, contribuindo para o avanço da nanotecnologia. Além disso, os resultados obtidos pela pesquisa têm o potencial de gerar uma produção científica significativa e promover colaborações interdisciplinares entre diferentes empresas e instituições. Essas contribuições não apenas fortalecerão a posição da instituição como líder na área, mas também ampliarão o impacto da pesquisa a nível nacional e internacional.

Objetivo geral

Desenvolver nanoestruturas contendo ativos da biodiversidade brasileira para serem usados na indústria.

Objetivos específicos

- Caracterizar os materiais vegetais;

- Produzir óleos e/ou extratos dos materiais vegetais contendo os ativos;

- Caracterizar os óleos e/ou extratos dos materiais vegetais da biodiversidade brasileira;

- Desenvolver nanodispersões contendo os óleos e/ou extratos dos materiais vegetais.

A indústria atual enfrenta constantes desafios para desenvolver produtos que atendam às expectativas do consumidor, aliando eficácia, segurança e sustentabilidade. Nesse contexto, a aplicação da nanobiotecnologia abre novas perspectivas, permitindo a criação de formulações mais eficientes, com maior estabilidade e capacidade de liberação controlada de ativos. Isso se deve as características das nanoestruturas que protegem o princípio ativo da degradação por diminuir seu contato com o restante da formulação, proporcionam um maior desempenho da substância ativa por permitir uma liberação gradual da substância, concomitantemente com o aumento do tempo de contato com a superfície de ação, evitam ou diminuem odores, irritações e colorações indesejadas no local de aplicação (SCHMALTZ; VIEIRA DOS SANTOS; STANISÇUASKI GUTERRES, 2005). Essas características são cruciais onde a busca por produtos de alta performance é incessante.

Além disso, a biodiversidade brasileira destaca-se como uma fonte inestimável de compostos bioativos, com potencial para aplicações nas mais diversas áreas. A riqueza da flora do Brasil oferece uma vasta gama de moléculas com propriedades funcionais, que podem ser potencializadas por meio da nanotecnologia. Dessa forma, valorizar e explorar esses recursos de maneira sustentável não apenas impulsiona a pesquisa científica, mas também contribui para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico do país.