Resumo do Projeto
A fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca mais comum, caracterizada por batimentos cardíacos rápidos e irregulares. Afeta milhões de pessoas em todo o mundo, representando um significativo ônus para os sistemas de saúde. A prevalência da FA aumenta com a idade e está associada a várias comorbidades[1]. A FA surge de impulsos elétricos anômalos no coração, levando a um ritmo cardíaco irregular e frequentemente rápido. A patologia envolve remodelação estrutural e elétrica do miocárdio atrial[2]. Pacientes com FA podem experimentar palpitações, fadiga, dispneia ou ser assintomáticos. A FA aumenta significativamente o risco de eventos tromboembólicos, principalmente acidente vascular cerebral (AVC), contribuindo para maior morbidade e mortalidade[3].
As estratégias de tratamento visam controlar a frequência cardíaca, prevenir AVC por meio de anticoagulação e restaurar o ritmo sinusal normal. Técnicas de ablação, particularmente a crioablação, emergiram como intervenções eficazes para o controle do ritmo em pacientes com FA[4]. A crioablação usa frio extremo para criar lesões que bloqueiam s caminhos elétricos anormais no coração. É frequentemente preferida para certos tipos de FA devido ao seu perfil de segurança e eficácia[5]. Estudos recentes mostraram resultados promissores quanto à eficácia da crioablação na manutenção do ritmo sinusal. No entanto, os dados sobre resultados de longo prazo e comparação com outras técnicas de ablação ainda estão evoluindo[6].
AVC criptogênico refere-se a AVCs isquêmicos onde nenhuma causa definitiva é identificada apesar de investigação minuciosa. Ele representa uma proporção significativa de AVCs isquêmicos[7]. Há uma ligação bem estabelecida entre FA e aumento do risco de AVC. Acredita-se frequentemente que os AVCs criptogênicos estejam associados a episódios não diagnosticados ou transitórios de FA, que podem ser perdidos pelos métodos convencionais de monitoramento[8]. Apesar dos avanços no manejo da FA, ainda há incertezas sobre o papel da crioablação na redução da incidência de AVC criptogênico entre pacientes com FA. Estudos mostraram resultados variados, necessitando de uma revisão abrangente das evidências[9].
Esta revisão sistemática visa consolidar as evidências existentes sobre a eficácia da crioablação no tratamento da FA, especificamente seu papel na mitigação do risco de AVC criptogênico. Os resultados serão cruciais para orientar decisões clínicas e moldar futuras direções de pesquisa[10].
Objetivos:
Esta revisão analisará criticamente a pesquisa atual para avaliar a eficácia e segurança da crioablação em pacientes com FA, com um foco particular em seu impacto na incidência de AVC criptogênico.
Metodologia
Questões de Revisão ( PICOTT)
Pergunta Principal: Qual é a eficácia e segurança da crioablação como tratamento para fibrilação atrial na redução do risco de acidente vascular cerebral criptogênico?
Tipos de Estudos
Critérios de Inclusão: Ensaios controlados randomizados (ECR), estudos observacionais de coorte e estudos de caso-controle.
Critérios de Exclusão: Relatos de caso, revisões, editoriais e estudos não publicados em periódicos revisados por pares.
Condição ou Domínio Sendo Estudado
Foco Principal: Fibrilação atrial e seu tratamento com crioablação.
Condição Associada: Acidente vascular cerebral criptogênico.