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ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTROGÊNIO E TRANSTORNOS NEUROLÓGICOS
2024/1 até 2026/2
ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA VIDA
GRUPO DE FISIOLOGIA APLICADA
Sociedade, Ambiente e Saúde
GRAZIELA TORRES BLANCH
Investigar e analisar a relação entre o hormônio estrógeno e as doenças neurológicas com o intuito de compreender os processos fisiopatológicos subjacentes. Este estudo procura oferecer explicações sobre os mecanismos fisiológicos que fundamentam os efeitos do estrógeno, explorando suas propriedades neuroprotetoras, neurotróficas e sua capacidade de estimular a produção de fatores de crescimento neural. Adicionalmente, almeja-se investigar possíveis interações do estrógeno com doenças específicas, como Parkinson e Alzheimer, contribuindo assim para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas inovadoras e promissoras. O propósito deste estudo é preencher lacunas no conhecimento científico vigente, proporcionando informações para uma potencial abordagem terapêutica eficaz no contexto das doenças neurológicas.
Investigar a influência do hormônio estrogênio nos processos fisiopatológicos associados ao Parkinson, visando compreender os mecanismos subjacentes e identificar possíveis alvos terapêuticos.
Analisar a relação entre o estrogênio e a progressão da doença de Alzheimer, explorando os efeitos neuroprotetores e neurotróficos do hormônio, com o objetivo de fornecer insights para intervenções terapêuticas.
.Propor estratégias terapêuticas inovadoras com base nos achados sobre a relação entre estrogênio e doenças neurológicas, visando desenvolver abordagens preventivas ou tratamentos mais eficazes.
Investigar as implicações clínicas e terapêuticas das descobertas, considerando a possibilidade de desenvolver protocolos específicos de tratamento ou intervenções personalizadas com base nos níveis hormonais e características individuais.
Os hormônios estrogênios produzidos pelas gônadas, assim como outros esteróides, possuem a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica (BHE) e atingir suas células-alvo por difusão, por isso fazem parte da categoria denominada “esteróides neuroativos”. Além disso, o sistema nervoso central (SNC) também tem a capacidade de sintetizá-los, visto que há expressão da enzima aromatase. Os estrogênios, em especial o 17β-estradiol, possui funções variadas no SNC, que são de extrema importância para a regularidade das funções neurais, como: sinalização (YILMAZ, 2019), participação no sistema de recompensa (KROLICK, 2019), modulação sináptica, proteção (LU, 2020)
Sabe-se que o 17β-estradiol participa das vias de sinalização neuronais, visto que ele pode ativar mecanismos anti-inflamatórios na micróglia cerebral, por meio de mediadores ERα e ERβ (receptores), que suprimem o TNF, IL-6 ou o iNOS. Além disso, através de receptores membranares faz eventos de sinalização rápida, que também geram efeitos anti-inflamatórios. Existem diversos outros mecanismos relacionados ao papel anti-inflamatório dos estrogênios, alguns pouco elucidados e outros mais conhecidos. (YILMAZ, 2019)
Os estrogênios também atuam na neurotransmissão, sabe-se que neurotransmissores como o GABA, glutamato, a 5-hidroxitriptamina e os endocanabinoides são expressos em regiões cerebrais interconectadas com os circuitos de recompensa. Os estrogênios regulam a expressão de genes para alguns dos receptores desses neurotransmissores, influenciando diretamente em suas ações e, portanto, nas respostas comportamentais dos indivíduos. Devido a isso, há relação desse hormônio com as doenças psiquiátricas. (KROLICK, 2018)
Além do mais, em situações de estresse do tecido nervoso, como no caso de lesões ou isquemia, foi perceptível a mobilização da enzima aromatase nos astrócitos reativos. O que caracteriza um astrócito como reativo são a hipertrofia celular e na superexpressão de proteínas de filamentos intermediários, como a GFAP. (LU, 2020)
Devido às suas atuações variadas no SNC, é relevante observar as participações dos estrogênios nas diversas doenças neurológicas. Em alguns casos eles podem desempenhar papéis neuroprotetores ou
interferir no modo de instalação, evolução e prognóstico das doenças, cabendo elucidar os diversos mecanismos existentes e particulares de cada enfermidade. Como exemplos de doenças neurológicas tem-se a Doença de Alzheimer (DA), doença de Parkinson (DP), traumatismo cranioencefálico (TCE), Esclerose Múltipla (EM), os diversos transtornos psiquiátricos, acidente vascular cerebral (AVC), entre outros.
Nome | Função no projeto | Função no Grupo | Tipo de Vínculo | Titulação Nível de Curso |
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GRAZIELA TORRES BLANCH
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Coordenador | Líder | [professor] | [doutor] |