Detalhes do Projeto de Pesquisa

A OCUPAÇÃO PRÉ-COLONIAL DO PLANALTO CENTRAL BRASILEIRO SOB A PERSPECTIVA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO GO-JA-02, SERRANÓPOLIS, GOIÁS

Dados do Projeto

818

A OCUPAÇÃO PRÉ-COLONIAL DO PLANALTO CENTRAL BRASILEIRO SOB A PERSPECTIVA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO GO-JA-02, SERRANÓPOLIS, GOIÁS

2023/2 até 2025/2

ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E HUMANIDADES

ESTUDOS DO QUATERNÁRIO

Geoarqueologia

JULIO CEZAR RUBIN DE RUBIN

Resumo do Projeto

O projeto da continuidade à pesquisa desenvolvida até a segundo semestre de 2022, tendo como objetivo geral a formação do registro arqueológico. A pesquisa pioneira desenvolvida entre as decadas de 1970 e 1990 obteve importantes resultados, dentre eles a cronologia da camada 9, datada de 10.120+/-80 A.P. (SI- 3108) (Schmitz et al. 1989, 2004; Schmitz 1980), a uma profundidade entre 2,5-2,6m, que, entretanto, não alcançou a base do pacote estratigráfico. Na camada estratigráfica 11 da atual pesquisa profundidade de 1,50m, foi obtida uma cronologia de 11.848 ¿ 11.629 cal B.P. (Beta ¿ 628250). De acordo com os dados obtidos com o GPR (Ground Penetration Radar), utilizado pela equipe de geofísica da UnB, ainda restam aproximadamente 1,5m de sedimentos para serem escavados. No decorrer das escavações foi encontrada em estrutura funerária contendo 10 crânios humanos. Também foram realizadas 28 decapagens que evidenciaram uma complexa estratigrafia, cultura material lítico e evidencias alimentares que estão permitindo aprofundar os estudos relacionados com a ocupação humana apartir da transição Plesstoceno-Holoceno. A caracterização do registro arqueológico, com base nos resultados obtidos até o momento, também permite abordar as descontinuidades e o hiato mencionados por Schmitz e colaboradores bem como as novas variáveis e problemáticas apontadas na pesquisa atual, como em relação à cronologia.

Objetivos

 Geral



Caracterizar a formação do registro arqueológico. Para tal, é neceessário dar continuidade à escavação até o piso do abrigo visto que a camada 9 datada de 10.120+/-80

A.P. (SI- 3108) (Schmitz et al. 1989, 2004; Schmitz 1980), profundidade entre 2,5-2,6m, não o alcançou. Na camada estratigráfica 11 da atual pesquisa, profundidade de 1,50m, foi obtida uma cronologia de 11.848 – 11.629 cal B.P. (Beta – 628250). De acordo com os dados obtidos com o GPR (Ground Penetration Radar), utilizado pela equipe de geofísica da UnB, ainda restam aproximadamente 1,5m de sedimentos para serem escavados. A caracterização do registro arqueológico aborda as descontinuidades e o hiato mencionados por Schmitz e colaboradores bem como as novas variáveis e problemáticas apontadas na pesquisa atual, como em relação à cronologia.


Específicos


  • Ampliar a área de escavação em mais 8m2;
  • Analisar o contexto do sítio a partir das análises macro (paisagem), meso (pacote estratigráfico) e micro (camadas estratigráficas);
  • Análise da micromorfologia dos sedimentos;
  • Caracterização do contexto geoarqueológico do sítio;
  • Estabelecer a origem da camada carbonatada identificada na escavação;
  • Estabelecer a origem dos componenetes quimícos identificados no pacote estratigrafíco;
  • Caracterizar os aspectos paleoambientais e ambientais relacionados às diferentes ocupações do sítio, ampliando e diversificando os modelos regionais;
  • Ampliar os dados acerca das dietas alimentares e cultivo e/ou domesticação1 de plantas, por meio da identificação de fitólitos e grãos de amido em vestígios cerâmicos, líticos, sedimentos e remanescentes dentários humanos;
  • Identificar os esquemas técnicos de produção e funcionamento dos instrumentos líticos lascados e polidos e compará-los às sequencias culturais presentes no sítio, identificando as estruturas técnicas e suas modificações ocorridas ao longo do tempo;
  • Identificar os aspectos tecnológicos de produção e de utilização dos vasilhames cerâmicos;
  • Produzir novos dados referentes à ocupação humana no Planalto Central Brasileiro e inseri-los no contexto das discussões referentes ao tema na América do Sul.

Justificativa

A região de Serranópolis possui uma significância científica para a arqueologia brasileira, resultado das pesquisas pioneiras iniciadas na década de 1970, destacando-se pelos mais de 40 sítios cadastrados em abrigos rochosos e a céu-aberto. Schmitz et al. (1989,2004) estabeleceram seis grupos de sítios arqueológicos para a região de Serranópolis (A, B, C, D, E e F). O sítio GO-Ja-02 está inserido no Grupo A, juntamente com outros três sítios.

O sítio GO-Ja-02 (coordenadas UTM 22K 0389715/ 7984538 - DATUM WGS 84), dista cerca de 500m do GO-Ja-01 e no mesmo paredão de arenito. Está divido em duas partes, sendo a parte A, externa, com 43m de boca e 13m de profundidade, onde foram realizadas coletas superficiais e um corte de 2x2m. Na parte B, interna, com 29m de profundidade e 23m de boca também foram realizadas coletas superficiais e um corte. O corte da parte A apresentou nove camadas estratigráficas e uma profundidade de 2,6m, sendo que os níveis de 1 a 5, camada 1, estão correlacionados com a fase Jataí; dos níveis 6 a 20, camadas 2 a 7, estão correlacionados a fase Serranópolis. Os níveis de 21 a 29, camadas 8 e 9, correspondem a fase Paranaíba (Tradição Itaparica). Na camada 7 foi obtida uma datação de 9.195 +/- 75 A.P. (SI3107) e na camada 9 uma data de 10.120+/-80 A.P. (SI-3108), profundidade de 2,5-2,6m (Schmitz et al. 1989, 2004, Schmitz 1980).

A respeito desse sítio Schmitz et al. (2004: 109) mencionam que:

A ocupação deveria ser paralela e complementar à do GO-JA-01, embora a data inicial seja alguns séculos posterior. Para um pequeno grupo, o sítio poderia ter vantagem sobre o grande por causa do laguinho de área límpida e permanente. Com relação à forma de ocupação e ao tipo de material não se perceberam diferenças com relação aquele.


Os relatórios e as publicações de Schmitz e equipe indicavam a possibilidade de avançar nas escavações, o que, aliado ao grau de preservação, registro estratigráfico e a cultura material de distintos momentos de ocupação, destacando-se a indústria lítica, davam ao sítio uma significância científica e um potencial a novas investigações, principalmente em relação a formação do registro arqueológico.

O Estado de Goiás ocupa uma posição geográfica privilegiada para a pesquisa arqueológica, entre as bacias hidrográficas do Amazonas, Paraná/Prata e do São Francisco. Segundo alguns autores a região poderia ter sido um corredor de deslocamento (Schmitz 1976, 1980), de confluência (Robrahn-González 1996) ou de passagem, convergência e dispersão (Morais et al. 1998) de grupos pré-coloniais.


 

A ocupação da área de Serranópolis, bem definida para o início do Holoceno, se ajusta com outras áreas do Brasil Central, de acordo com resultados das pesquisas desenvolvidas nos sítios do alto rio Sucuriu/MS, mais precisamente sítios AS4 e AS12 (Kashimoto e Martins 2005), do município de Poxoréo/MT, sítio MT-SL-31 (Wüst, 1990), do município de Uruaçu/GO, sítio GO-NI-49 (Barbosa et al. 1976/1977), de Jangada/MT, sítio Santa Elina (Vilhena-Vialou e Vialou 1989; Vialou et al.2017; Scheel-Ybert e Bachelet 2020), sítios de Lajeado/TO (Bueno 2007). Para o mesmo período também se destacam os resultados das investigações desenvolvidas em Minas Gerais, em Januária (Prous et al. 1984; Fogaça 2001), em Buritizeiro (Rodet et al. 2007), em Jequitaí (Bassi e Rodet 2011), em Diamantina (Isnardis 2009) e em Lagoa Santa (Neves et al. 2014; Araujo 2012 et al. 2012; Strauss et al. 2016). No Planalto Central Brasileiro se destacam os sítios Santa Elina (Vilhena-Vialou e Vialou 1994) e o sítio Gruta do Sol (Miller 1983), com cronologia do final do Pleistoceno.

Schmitz et al. (1989;2004), Fogaça e Lourdeau (2008) e Lourdeau (2010), estudaram a cultura material, lítico, dos sítios de Serranópolis, destacando-se o sítio GO-Ja-01, onde os estratos mais antigos, do início do Holoceno, apresentam materiais líticos pertencentes a fase Paranaíba datada de 11.500 a 8.500 anos B.P., caracterizada por algumas pontas bifaciais e, por instrumentos unifaciais denominados de “lesmas”, marcadores crono-culturais da Tradição Itaparica, uma vez que ocorre em todos os sítios da fase Paranaíba (Ramos e Viana 2019; Moreno de Sousa 2016).

A variação dos conjuntos líticos, observada ao longo da série estratigráfica, serviu de base para a proposição de uma sequencia cultural coerente que serve de referência para o Planalto Central Brasileiro, caracterizada pelas fases Paranaíba (Tradição Itaparica), Serranópolis (Tradição Serranópolis) e Jataí (Tradição Una). Tais evidências fizeram dessa região uma das mais conhecidas do Brasil, com relação especial ao período pré-cerâmico (Viana 2016).

De acordo com Fogaça e Lourdeau (2008) e Lourdeau (2010), os instrumentos unifaciais (lesmas) são portadores de uma estrutura técnica comum, representada por façonagem unifacial, realizada a partir de uma superfície plana, confeccionados sobre lascas grandes cujo volume é organizado com retiradas unifaciais na periferia inteira da peça, sempre realizadas à custa da face superior da lasca-suporte.

Os sítios da Tradição Itaparica estão correlacionados cronologicamente ao final do Pleistoceno e início do Holoceno, sendo que para sua caracterização foram de extrema importância as pesquisas de Valentín Calderón no sítio Caverna do Padre ou Gruta do Padre, Pernambuco, com base nos instrumentos unifaciais (“lesmas”). Foram identificados sítios da


 

Tradição Itaparica nos estados de Tocantins, de Goiás, de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, de MinasGerais, de Pernambuco e do Piauí (Rodet et al. 2011).

Schmitz (1980) e Barbosa (1981/82), definiram a fase Serranópolis para uma sequência cultural entre 8.500 e 6.500 A.P. (Holoceno Médio), caracterizada por uma indústria lítica com instrumentos pouco elaborados e produzidos por outros esquemas técnicos que substituem os instrumentos líticos bem elaborados do período anterior. Como matéria prima, além de quartzo equartzito, materiais conchíferos e os ósseos passam a ser utilizados.

Schmitz et al. (1989) e Barbosa (1985), mencionam que nas sequências estratigráficas da fase de Serranópolis do sítio GO-Ja-01 ocorre um aumento nas camadas de cinzas das fogueiras dos abrigos. Os autores interpretaram como indicação de maior tempo de ocupação ou maior número de pessoas. Identificaram também vários sepultamentos, o que não ocorreu na fase anterior.

Schmitz e equipe elaboraram um modelo para os sítios de Serranópolis e que foi difundido para todo o Planalto Central Brasileiro, centrado em aspectos bióticos e abióticos que favoreceram a ocupação na região. De acordo com Schmitz (1984, 1987b) e Barbosa (1992), a estabilidade climática com dois ciclos definidos, facilitaria às populações uma economia simplese a adoção de um planejamento homogêneo. Abrigos naturais permitiam a esses grupos humanos se estabelecerem em determinadas épocas do ano. Os autores também ressaltam que a ocorrência de blocos de quartzitos e de seixos de quartzo, sílex e quartzitos propiciaria a matéria prima necessária para a confecção deinstrumentos.

A fauna e a flora associadas às fitofisionomias do bioma Cerrado teriam favorecido a adaptação dos grupos de caçadores e coletores do Holoceno Inicial (Barbosa 1992). Além do consumo de plantas, o consumo de animais como anta, veado e porco do mato, dentre outros, teriam adquirido uma importância acentuada na dieta alimentar, podendo ter sido complementada por tatus, tartarugas e roedores, os quais estão resgistrados nos vestígios faunísticos encontrados nos sítios (Barbosa 1992). Kipnis (2002), destaca que o consumo de vegetais, complementado com a caça, era a base alimentar dos grupos humanos que ocuparam o Planalto Central Brasileiro no Holoceno inicial.

Ainda de acordo com os autores mencionados, o Holoceno Médio que se caracteriza por um aumento da umidade no intervalo definido como Ótimo Climático, teria favorecido a disponibilização de pequenos animais e moluscos. Com base em informações atuais esses recursos também poderiam ter sido obtidos na planície aluvial do rio Verde, mesmo sem o Ótimo Climático. Para os autores, esse período também seria marcado pelo processo inicial do cultivo de plantas e a inclusão de plantas cutivadas na dieta alimentar.


 

Os resultados das pesquisas de Schmitz e equipe indicam uma mudança relacionada com a ocupação pré-colonial da área a partir de 6.500 anos A.P.. Schmitz (1999) identifica essa mudança na sequência cultural, em consequência de variáveis ambientais como o aumento da temperatura e da umidade. Para o autor essas variáveis resultaram em abrigos úmidos e quentes, talvez pouco ventilados. Aventam também possíveis impactos humanos nos recursos naturais, especialmente na flora e na fauna nas proximidades dos abrigos. Contudo, essas hipóteses começam a ser questionadas.

As pesquisas de Schmitz e equipe identificaram um hiato ocupacional significativo, destacadamente no GO-Ja-01, conforme mencionada, após o qual foi notadamente ocupada. Na perspectiva dos autores este momento indica que o horizonte cultural da fase Serranópolis deu lugar a novas culturas, de grupos ceramistas.

Por volta de 1500 anos A.P. esta mudança está registrada nos sítios de Serranópolis, onde além da cerâmica, destacam-se líticos lascados obtidos por debitagem, a presença dos machados confeccionados por lascamentos bifaciais, além da introdução da técnica de polimento utilizada para a confecção de instrumentos diversos. Wüst e Schmitz (1975) classificaram esses materiais como fase Jataí (Tradição Una), os quais estavam associados às camadas superiores das unidades escavadas dos abrigos e em um intervalo cronológico entre

1.500 e 900 anos A.P.. Schmitz et al. (2015), destacam as descontinuidades entre as camadas relacionadas às ocupações por grupos de tecnologia líticas (fase Serranópolis e Paranaíba) e grupos ceramistas, mecionando um hiato entre os dois tipos de ocupação.

As descontinuidades e o hiato mencionado pelos autores estão relacionados com os objetivos desse novo projeto, que propõe ampliar o número de análises e leituras na área de pesquisa uma vez que novas variáveis foram levantadas e estão sendo discutidas, tanto em escalas locais como regionais.

A retomada das pesquisas entre 2017-2019 e 2020-2022, ampliou significativamente as informações sobre o sítio GO-Ja-02. Após três etapas de campo de 30 dias, entre outubro de 2021 e junho de 2022, que estavam programadas para 2020, mas que não puderam ser realizadas por conta da pandemia (COVID-19). A área de escavação é de 16m2, dividida em dois segmentos. O primeiro de 9m2 está sendo escavado por níveis naturais, atingindo 1,83m de profundidade onde foram estabelecidos seis níveis, 24 decapagens e identificadas 11 camadas estratigráficas, com base na coloração e textura, para as quais foram realizadas 25 análises físico-químicas que evidenciaram textura predominantemente arenosa e variação nos teores de elementos como Ferro, Calcio, Magnésio, Potássio, Fósforo, Sódio, Zinco, Cobre, Enxofre, Carbono e materia orgânica nos perfis e nas decapagens.


 

Foram obtidas duas datações radiocarbônicas, uma para a camada 11 de 11.848 – 11.629 cal B.P. (Beta – 628250) a 1,50m de profundidade e duas para a camada 5 de 4.014 – 3.840 cal B.P. e 4.085 – 4.027 cal B.P. (Beta – 628249) a 0,80m de profundidade.

Os demais 5m2 correspondem à ampliação da área de escavação de 9m2, a qual foi realizada a partir da interpretação da estratigrafia, junto a presença de estruturas de combustão, conchas inteiras e bem preservadas e cultura material da parede oeste. Nessa ampliação foi identificada uma estrutura de contexto funerário com presença de sepultamento com remanescentes ósseos, com dez crânios humanos a uma profundidade de 0,63m, exumados ao final da 3° etapa de campo.

Na complexa estratigrafia verificada na área de escavação se destaca uma unidade carbonatada, classificada em laboratório como calcário calcítico, cuja origem está sendo investigada. A presença de conchas, inteiras e fragmentadas, em várias camadas estratigráficas, leva a uma primeira hipótese de que se trata de uma ação antrópica, resultante da trituração das conchas. Essa camada está sobre os crânios e ocupa quase toda a área de 16m2.

Até momento foram resgatados 42.511 vestígios líticos, 32 fragmentos de cerâmica e 12 amostras de carvão para datação. O material orgânico (ósseo, conchas, sementes e fibras) ainda não foram contabilizados.


ETAPAS

Quantitativo (Lítico)

ETAPA I (out/2021)

10.566

ETAPA II (mar/abr/2022)

14.786

ETAPA III (jun/2022)

17.159

TOTAL

42.511



É de extrema importância a contribuição das pesquisas desenvolvidas em Serranópolis para a arqueologia brasileira e os resultados obtidos até o momento com a retomada na região acrescentam novas contribuições para a ciência. Com os primeiros resultados novas problemáticas surgiram, e parte delas são objeto essencial do presente projeto de pesquisa para o entendimento das sociedades humanas que ocuparam o Planalto Central Brasileiro.


 

Equipe do Projeto

Nome Função no projeto Função no Grupo Tipo de Vínculo Titulação
Nível de Curso
JULIO CEZAR RUBIN DE RUBIN
Email: rubin@pucgoias.edu.br
Coordenador Líder [professor] [doutor]
MAIRA BARBERI
Email: barberimaira@gmail.com
Pesquisador Líder Adjunto [professor] [doutor]
MATHEUS GODOY PIRES
Email: piresmg@gmail.com
Pesquisador Pesquisador [professor] [doutor]
ROSICLÉR THEODORO DA SILVA
Email: silva.rosicler@gmail.com
Pesquisador Pesquisador [professor] [doutor]
SIBELI APARECIDA VIANA
Email: sibeli@pucgoias.edu.br
Pesquisador Pesquisador [professor] [doutor]