Detalhes do Projeto de Pesquisa

DESIGN E EDUCAÇÃO - CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS

Dados do Projeto

811

DESIGN E EDUCAÇÃO - CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS

2023/1 até 2026/1

ESCOLA POLITÉCNICA E DE ARTES

DESIGN, ESTUDOS CRÍTICOS E PERFORMANCES

CULTURA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO NAS ARTES, NO DESIGN, NA ARQUITETURA, NO PAISAGISMO E NO URBANISMO

GENILDA DA SILVA ALEXANDRIA SOUSA

Resumo do Projeto

Este projeto se propõe a observar e estudar possibilidades e relações entre as práticas de Design e da Educação. De forma a desenvolver uma pesquisa referente à formação acadêmica de designers, currículos, metodologias e visualidades sob a ótica do pensamento complexo. Busca-se refletir sobre o futuro do Design como campo de debate intelectual, mensurando e considerando o ensino de Design sob a ótica do pensamento complexo e norteado para o contexto contemporâneo. Numa outra extensão do tema, sabe-se do possível desalinhamento entre os desenvolvimentos curriculares e práticas de ensino na formação acadêmica de designers e o acompanhamento do desenvolvimento frenético do mundo contemporâneo. O Design mudou muito desde a inserção das primeiras escolas no Brasil da década de 1960, a proposta deste projeto, aqui em contexto reflexivo, procura levantar dados, produzir conteúdo que demonstrem acompanhar suas mudanças. Como contribuição da pesquisa buscamos o maior reconhecimento e autonomia do profissional designer, compreendendo sua atuação plena e ampla, com possibilidades de estar à frente de diversas atividades em empresas, organizações e instituições.

Objetivos

Buscar compreender conceitos e ferramentas que aprimorem as condições de reflexão crítica e possibilitem vislumbrar o ensino e a formação do curso de Design que considerem um indivíduo pensante, articulador de linguagens e visualidades e ciente de suas responsabilidades ambiental e sócio-cultural.

Justificativa

Sabe-se essencial a formação de designers que sejam capazes de localizar e analisar problemas relacionais que se estabelecem entre indivíduos, grupo de indivíduos ou sociedade e objetos e situações, com espirito crítico e percepção de complexidade, de maneira a propiciar-lhes ativa integração ao século XXI. 

Há ainda debates efusivos sobre a regulamentação da profissão de designer que só reforçam a necessidade de olhar para o ensino e questionar sobre suas qualidades de formação que possam consolidar-se (ou não) como a base da profissão. E o quanto será possível mensurar sobre o acompanhamento das mudanças no campo do design pelo seu ensino? 

Não se ignora que nas últimas décadas o ensino de Design no Brasil passou por grandes transformações, a contar já de princípio com sua multiplicação, apresentando um cenário bem diferente da década de 1960 com os primeiros cursos ativos. A descentralização da oferta dos cursos superiores de Design, característica dessa época inicial, também será percebida. Para a possibilidade de visualização dessa capilaridade e multiplicação, segue uma imagem da tabela desenvolvida pelo jornal Folha de São Paulo, com o Ranking Universitário (2014)[2] dos cursos de Design no Brasil, indicando 139 cursos em Universidades e/ou Faculdades de caráter público e privado, selecionou-se para a visualização aqui os cursos classificados nas primeiras 40 posições.  

Para além do mapeamento dessa nova capilaridade do ensino formal de Design, faltam dados consistentes sobre as características da formação e do profissional formado. É difícil precisar e obter parâmetros claros para avaliar esse assunto, mas há indicativos (NIEMEYER, 1999) de que a formação continuada e a atuação profissional do bacharel em Design têm sido prejudicadas pela fragmentação e separação de saberes, como resultado da compartimentação dessa área de conhecimento em subáreas especializadas, que muitas vezes não se interligam, nem enquanto vocabulário básico, nem enquanto aporte metodológico para o desenvolvimento de projetos. Tal fato, além de se contrapor à essência interdisciplinar do Design, provoca a perda de visão global e dificulta uma necessária e contemporânea ação para a solução de problemas cada vez mais multi e polidisciplinares, multidimensionais, globais e planetários.

É essencial a formação de designers que saibam localizar e analisar problemas relacionais que se estabelecem entre indivíduos, grupo de indivíduos ou sociedade e objetos e situações, com espirito crítico e percepção de complexidade, de maneira a propiciar-lhes ativa integração ao século XXI. 

Para tanto é imprescindível que o processo de aprendizagem favoreça o envolvimento comprometido e ativo do estudante com sua própria formação. 

Por fim, torna-se interessante estudar e buscar as possibilidades de compreender o acadêmico de Design como indivíduo singular, portador de significativos valores, pré-vivências e memória. E nesse caminho, traçar estudos acerca dessa reflexão no universo macro da universidade, alinhados à complexidade e aos anseios contemporâneos da sociedade que o absorve.

Equipe do Projeto

Nome Função no projeto Função no Grupo Tipo de Vínculo Titulação
Nível de Curso
GENILDA DA SILVA ALEXANDRIA SOUSA
Email: genilda@pucgoias.edu.br
Coordenador Pesquisador [professor] [doutor]