Detalhes do Projeto de Pesquisa

ARQUITETURA RELIGIOSA COLONIAL DE GOIÁS: ENTRE OS SÉCULOS XVIII E XIX

Dados do Projeto

785

ARQUITETURA RELIGIOSA COLONIAL DE GOIÁS: ENTRE OS SÉCULOS XVIII E XIX

2023/1 até 2026/2

ESCOLA POLITÉCNICA E DE ARTES

CIDADE, MORFOLOGIA, PAISAGEM E ARQUITETURA

História Urbana, Sociedade e Cultura

DEUSA MARIA RODRIGUES BOAVENTURA

Resumo do Projeto

Apesar da ampliação das pesquisas sobre a arquitetura colonial no Brasil, Goiás ainda se ressente de estudos mais sistematizados sobre o seu patrimônio dos séculos XVIII e XIX, permanecendo esta arquitetura ainda marginalizada. Considerável parcela dos edifícios religiosos ainda continua desconhecida pela historiografia da arte e, muitos desses edifícios podem estar sujeitos ao desaparecimento, caso não tenham maior visibilidade. Ao que parece, tal fato ocorre pela manutenção da ideia de marginalidade e decadência predominante na tradicional historiografia goiana, que provavelmente manteve os pesquisadores afastados do tema em questão. Mas em sintonia com aqueles que julgam dar importância à arquitetura de regiões menos visibilizadas, o presente projeto busca estudar os edifícios religiosos dos núcleos urbanos dos setecentos e oitocentos da antiga capitania e província de Goiás, que se apresenta em sua grande maioria com planos retangulares que remontam tipologias portuguesas de nave única, altar-mor de planta mais estreita, retábulos lateais, consistórios e corredores laterais. Entretanto, a despeito dessa numerosa presença tipológica, Goiás/Tocantins também apresenta, - não muito diferente das demais regiões da colônia, onde o quadro arquitetônico conta com igrejas de planos de influência borromínica -, algumas capelas de planos octogonais, localizadas na antiga Vila Boa: a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte (1762-1779) e a Igreja Nossa Senhora do Carmo (anterior de 1786). Diante, portanto, dos parcos estudos sobre esse patrimônio, a investigação se atentará não só à compreensão da origem tipológica dos edifícios religiosos goianos, mas também de suas formas e espacialidades. Com tal proposta, acredita-se poder resgatar os vínculos arquitetônicos que Goiás manteve com Portugal, Minas Gerais e São Paulo, bem como assinalar as possíveis variantes regionais.

Objetivos

Geral 

Diante da invisibilidade do patrimônio colonial de Goiás e da ideia de isolamento e pobreza da capitania, a pesquisa se propõe a levantar e compreender as concepções dos edifícios religiosos do século XVIII e XIX, de tipologias retangulares e de nave única e octogonais que se multiplicaram pelos diversos arraiais que foram construídos na capitania. Tais tipologias não só alcançaram o século XIX, como também estavam presentes em diversos lugares da colônia permitindo assim que houvesse um permanente diálogo entre Goiás e as culturas arquitetônicas de São Paulo e Minas Gerais, como também Portugal, como aponta a história da formação de Goiás. 


Específicos

Atualizar a bibliografia referente ao tema. 

Levantar textos da tradicional historiografia, incluído aí os memorialistas, que tratam dos edifícios religiosos dos séculos XVIII e XIX, visando construir a história dos edifícios.

Levantar documentos dos séculos XVIII e XIX que ajudarão no entendimento dos edifícios.

Elaborar as fichas informativas dos edifícios

Redesenhar os edifícios levantados a partir de instrumental técnico e de perspectivas

Analisar os edifícios a partir da conjugação espacial.

Analisar as volumetrias edificatórias e suas proporções

Analisar as fachadas a partir da composição e dos cheios e vazios.

Comparar os edifícios em estudo para caracterizá-los formalmente.

Relacionar os edifícios coloniais goianos com os tradicionais tipos portugueses, bem como com os mineiros e paulistas.


Justificativa

A investigação se debruçará na compreensão da arquitetura dos edifícios religiosos de Goiás, envolvendo análises de suas volumetrias e proporções, frontispícios, espaços e ornamentos porque tal leitura ainda não foi realizada, apesar da ampliação das pesquisas sobre a arquitetura colonial no Brasil. Assim sendo, nota-se que Goiás ainda se ressente de estudos mais sistematizados sobre o seu patrimônio do século XVIII e XIX, permanecendo ainda bastante marginalizado. Considerável parcela de seus edifícios e pequenos conjuntos arquitetônicos ainda continuam desconsiderados pela historiografia da arte e, muitos deles, podem estar sujeitos ao desaparecimento, caso não tenham maior visibilidade. Tal fato ocorre pela manutenção da ideia de marginalidade e decadência predominante na tradicional historiografia goiana e que provavelmente manteve os pesquisadores desinteressados pelo tema em questão. Mas em sintonia com aqueles que julgam dar importância à arquitetura de regiões menos visibilizadas, a presente proposta visa contribuir com a melhoria desse quadro. 

Equipe do Projeto

Nome Função no projeto Função no Grupo Tipo de Vínculo Titulação
Nível de Curso
DEUSA MARIA RODRIGUES BOAVENTURA
Email: deusa@pucgoias.edu.br
Coordenador Pesquisador [professor] [doutor]