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CONFALONI O TEÓLOGO DA LIBERTAÇÃO ATRAVÉS DA PINTURA E ARTE: INTERPRETANDO A SUA ARTE ATRAVÉS DO EVANGELHO DE JOÃO
2022/2 até 2025/2
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E HUMANIDADES
RELIGIÃO, BÍBLIA E SOCIEDADE
Religião e Sociedade na Literatura Bíblica
JOEL ANTONIO FERREIRA
* Um mesmo homem, antes clássico italiano, atualiza os seus quadros na perspectiva do Evangelho (João?) concreto absorvido pelos marginalizados brasileiros.
* Uma contribuição com a exegese bíblica caribenha e latino-americana com esse jeito de ler e interpretar o Evangelho de João a partir da leitura sociológica pelo modelo do conflito/contradição/dialético. Esse modelo lê os fatos a partir dos pobres. As pinturas de Confaloni expressam as contradições e se vê o Frei que pinta a partir da realidade nua e crua dos/as camponeses/as bem como dos moradores das periferias das grandes cidades. Confaloni se aproximou do Evangelho de João.
* O projeto de Deus em Confaloni é expresso na pintura a partir dos excluídos.
Objetivos específicos
* Ler, conflitualmente, a partir das narrativas do Evangelho de João, as pinturas de Frei Nazareno Confaloni, onde se descreve a situação do camponês interiorano e da mulher roceira, assim como os marginalizados de fé que conseguem ver Jesus na sua história. Aqui no Evangelho de João e nas pinturas do Frei são descritas as situações de famílias bem pobres e, com a pintura, se percebem os significados sociais, políticos, antropológicos, jurídicos, econômicos, culturais e ideológicos frente a um modelo capitalista selvagem que privilegia uns poucos que dominam a grande maioria marginalizada.
* Ler algumas pinturas de Frei Confaloni, confrontando-as com relatos do Evangelho de João, onde são denunciadas as estruturas cheias de injustiças e as relações desiguais. Ao mesmo tempo, os quadros de Confaloni e o Evangelho de João anunciam uma vida plena de fé e busca da vida comunitária.
A palavra “diagnóstico” vem da língua grega. A preposição diá significa “através” e gignósko é o mesmo que “conhecimento”. Então, “através do conhecimento” se pode perceber a mudança artística do Frei ao vir da Itália para o Brasil. O seu conhecimento foi ampliado e, no Brasil, em contato com os pobres ele se converteu em um artista que devia falar a linguagem dos simples e pequenos. Procurar-se-á fazer uma descrição acurada do Frei Nazareno Confaloni como um artista italiano de Viterbo que, praticamente, seguia alguma linha clássica e, de um certo modo, repetia as linhas artísticas de sua época. Ver-se-á, portanto, que ao se deparar com o interior contraditório brasileiro, em tempos políticos autoritários, Confaloni iniciou um novo modo de pintar, retratando em seus quadros, um artista com os pés no chão identificado com o jeito do roceiro do campo e das periferias que tinha as experiências religiosas populares e com os perseguidos e torturados pela ditadura militar brasileira. Nessa descrição, percebe-se um mesmo homem com duas visões artísticas. A última experiência é de um pintor totalmente envolvido com Jesus Cristo ou Maria que estão do lado dos desvalidos.
É um conhecimento antecipado. Isso sugere que, ao recebermos o conhecimento da arte de Confaloni na Itália e sua ruptura artística aqui no Brasil, então, pode-se fazer uma hipótese em que o pintor religioso italiano tinha um alcance ideológico e o jogava em suas pinturas. Ao mudar para o Brasil e convivendo com a práxis da gente marginalizada, ele, como teólogo/pastor soube expressar nas suas pinturas uma leitura conflitual que desse voz e rosto aos silenciados e invisíveis até então.
Nome | Função no projeto | Função no Grupo | Tipo de Vínculo | Titulação Nível de Curso |
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JOEL ANTONIO FERREIRA
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