A terapia antirretroviral (TARV) foi um marco na história da medicina para a Síndrome da Imunodeficiência Humana (SIDA). A UNAIDS estima que 20,9 milhões de pessoas no mundo tiveram acesso à TARV até junho de 2017 e que as mortes relacionadas à SIDA, caíram 48 % após a introdução da HAART (highly active antirretroviral therapy) em 2006. A maior concentração de casos de SIDA no Brasil ocorre nos indivíduos com idade entre 25 e 39 anos, em ambos os sexos. Destaca-se o aumento dos casos na faixa etária mais idosa, e também o envelhecimento dos pacientes já portadores da infecção em terapia antirretroviral. Garantir um tratamento rigorosamente se deve a relação intima da aderência a TARV com a evolução e mortalidade da doença. A aquisição desses medicamentos para o atendimento é realizada pelos Estados ou Municípios, de acordo com as definições em reuniões das Comissões Intergestores Bipartite (CIB). A distribuição dos medicamentos é realizada para os Serviços de Atendimento Especializados (SAE), que são unidades que atendem pessoas com HIV/AIDS. Para o gerenciamento logístico de medicamentos antirretrovirais foi criado o Sistema de Controle Logístico de Medicamentos. O Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad é uma das unidades dispensadoras de medicamentos que cobre a Regional de Saúde Central, responsável pela maior concentração de pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA). Dentro da perspectiva do SUS esperamos contribuir com a elaboração um perfil epidemiológico fidedigno para o Estado de Goiás no intuito de influenciar os gestores na tomada de decisões. Adicionalmente, espera-se contribuir com o perfil comparativo entre os 10 anos de análise nas diferentes populações e também nas diferentes UDMs.

GERAL

Delinear o perfil epidemiológico dos pacientes portadores do HIV em uso de TARV disponibilizado pela Secretaria de Saúde Estadual de Goiás em 2007 a 2021.

ESPECÍFICOS

               

•                Estabelecer   o perfil epidemiológico dos pacientes acima de 50 anos portadores   do HIV em uso de TARV disponibilizado pela Secretaria de Saúde   Estadual de Goiás.

                  

•                Quantificar  os indivíduos diagnosticados com HIV em hospital de referência em     Goiás no ano de 2007 que estão em seguimento com TARV em 2021;

                  

•                Descrever   quanti e qualitativamente os esquemas terapêuticos utilizados      pelos indivíduos diagnosticados no ano de 2007 em seguimento com   TARV em 2021 em hospital de referência em Goiás;

                  

•                Descrever  o perfil de doenças oportunistas em pacientes HIV/Aids em TARV em   hospital de referência em Goiás diagnosticados em 2007 em  seguimento no ano de 2021;

                  

•                Descrever     o perfil sociodemográfico das PVHA que adquirem TARV em unidade      dispensadora de medicamento da Região Central de Saúde;

                  

•                Descrever  o perfil sociodemográfico das PVHA que adquirem TARV em unidades   dispensadoras do interior de Goiás;

                  

•                Descrever   a data de diagnóstico de HIV e o início da TARV das PVHA que   adquirem TARV em unidade dispensadora de medicamentos da Região   Central de Saúde;                

                  

•                Descrever   a data de diagnóstico de HIV e o início da TARV das PVHA que   adquirem TARV em unidades dispensadoras de medicamentos do interior  de Goiás;

                  

•                Descrever CD4 e carga viral na admissão, na supressão viral com TARV e pós    TARV.

                  

•                Descrever  os esquemas terapêuticos de TARV no momento do diagnóstico;

                  

•                Descrever    as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e Oportunistas no   momento da admissão (definidoras de Aids);

                  

•                Avaliar   o tempo de manutenção da supressão virólogica (adesão à TARV)  em pacientes das PVHA que adquirem TARV em unidades dispensadoras                 de medicamentos da Região Central de Saúde e do interior no  período de 2007 e 2021;

                  

•                Descrever   as substituições de TARV por resistência e taxa de adesão.

•                 Analisar a sobrevida em pacientes HIV/Aids em TARV em hospital de  referência em Goiás nos anos de 2007 até 2021;
                 

•                Identificar   efeitos adversos e tolerabilidade associados às trocas de  antirretrovirais

                  

•                Identificar   as falhas à TARV e fatores associados

                  

•                Avaliar   resposta terapêutica a esquemas antirretrovirais alternativos.                

• Avaliar a adesão dos pacientes e a efetividade terapêutica da   terapia dupla, por meio da análise da resposta virológica  mantida, com carga viral não detectável (CV: < 40 cópias/mL)   após 6 meses da troca de TARV.

                  

•            Descrever    as características clínico-laboratoriais (sexo, idade,  comorbidade, contagem de linfócitos T-CD4 e CV), esquemas  terapêuticos previamente utilizados e o motivo da realização da     troca para terapia dupla, em adultos, em tratamento para HIV/AIDS  no estado de Goiás.

                  

•                Avaliar     adesão efetividade do tratamento, após troca, com análises após     6, 12, 18, 24, 30 e 36 meses.

          

        

O presente estudo se justifica frente a necessidade de conhecer a epidemiologia das infecções pelo HIV em acompanhamento e uso da TARV no principal serviço de referência ambulatorial e de internação para PVHIV/AIDS do Estado de Goiás, Brasil.