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ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS NO PÓS-COVID E SEUS IMPACTOS CARDIOVASCULARES
2021/1 até 2026/1
ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA VIDA
GRUPO DE PESQUISA EM CARDIOLOGIA, ESPORTE E IMUNOGENÉTICA
Acompanhamento a curto, médio e longo prazo de Atletas - determinantes estruturais cardiovasculares, fisiológicas e biomoleculares
ANTONIO DA SILVA MENEZES JUNIOR
GERAL Analisar os impactos da infecção por COVID-19 no organismo humano a longo prazo, com ênfase no sistema cardiovascular.
ESPECÍFICOS a) Evidenciar as alterações eletrocardiográficas e arritmogênicas, ao propor associar as alterações do sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático); b) Identificar as alterações orgânicas mais prevalentes após a doença; c) Identificar as alterações cardiovasculares mais prevalentes após a doença; d) Correlacionar a gravidade do estado geral durante a infecção com a prevalência e a gravidade das sequelas; e) Propor uma conduta adequada para a realização do seguimento pós COVID19, com o objetivo de identificar corretamente as possíveis sequelas da doença
Um estudo realizado em um hospital de referência para atendimento de COVID-19 na cidade de Wuhan, entre os meses de janeiro e setembro de 2020, identificou que em torno de 76% dos pacientes avaliados apresentaram pelo menos uma sequela da doença ao longo do seguimento em seis meses. As principais complicações apresentadas a longo prazo foram fadiga e fraqueza muscular persistentes, distúrbios do sono, alopecia, distúrbios do olfato, palpitações, dor articular, diminuição de apetite, distúrbios de paladar, vertigens, vômitos, diarreia, dor torácica, dor faríngea, dificuldades de deglutição, rash cutâneo, mialgia e cefaleia (2). Outros estudos demonstram alterações pulmonares a longo prazo importantes em quantidade significativa dos pacientes, como fibrose pulmonar e hipoperfusão pulmonar (6). É conhecido, pela fisiologia humana, o fato de que a diminuição do volume e da capacidade de perfusão pulmonares podem acarretar problemas cardiovasculares a longo prazo. Além disso, já foi identificado, também, que mais de 30% dos pacientes hospitalizados com COVID-19 apresentaram lesão renal aguda (11), o que pode, também, a longo prazo, levar ao surgimento de sequelas cardiovasculares. Há, ainda, estudos sugerindo que as injúrias miocárdicas causadas pelo SARS-CoV-2 que resultam em fibrose atrial ou ventricular sejam responsáveis pela instalação quadros de arritmia subsequentes à COVID-19 (8). Foi feito, também, um estudo sugere que mais de 20% das pessoas hospitalizadas que sobrevivem à COVID-19 precisam ser readmitidas ao hospital dentro de até sessenta dias após a alta em decorrência das complicações subagudas da doença (10). Dessa maneira, analisando o impacto global das sequelas deixadas pela COVID-19 e tendo em vista a quantidade insuficiente de pesquisas a esse respeito na população brasileira, fica evidente a necessidade da realização de um estudo que identifique e proponha formas de seguimento para as principais sequelas da doença identificadas a nível local. 6 O foco nas sequelas cardiológicas é justificável pelo fato de o sistema cardiovascular estar sujeito à instalação de alterações permanentes após a infecção pelo SARS-CoV-2 e ser facilmente afetado por lesões secundárias ao acometimento transitório ou permanente de outros órgãos.
Nome | Função no projeto | Função no Grupo | Tipo de Vínculo | Titulação Nível de Curso |
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ALINE ANDRESSA FERREIRA SCHRODER
Email: aline.andressa.fs@gmail.com |
Pesquisador | Estudante | [aluno] | [null] |
ANTONIO DA SILVA MENEZES JUNIOR
Email: a.menezes.junior@uol.com.br |
Coordenador | Líder | [professor] | [doutor] |