O câncer de pâncreas se apresenta como um dos cânceres humanos mais letais e agressivos, com taxa de sobrevida de 5 anos inferior a 5%, podendo em alguns casos, chegar até 8%. Dentre os fatores de risco para câncer de pâncreas, destacam-se: pancreatite crônica, diabetes tipo 2, obesidade, tabagismo, histórico familiar, bem como: alterações genéticas e epigenéticas, na expressão de moléculas de microRNA (miRNA). Os microRNAs são pequenos RNAs não codificantes, constituídos por cerca de 18 a 25 nucleotídeos, que atuam na regulação da expressão gênica e no silenciamento do DNA, por meio da inibição da tradução ou degeneração do RNA mensageiros (mRNA) alvo. Consequentemente, a expressão anormal de microRNAs pode desempenhar um papel importante em processos biológicos cruciais no câncer, como: proliferação celular, apoptose, diferenciação e metástase. Dessa forma, a expressão de microRNAs, em amostras biológicas, pode ser utilizada como potencial biomarcador para o diagnóstico precoce do câncer de pâncreas. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo identificar e analisar o padrão de expressão dos microRNAs em pacientes com e sem câncer de pâncreas, por meio da realização de uma metanálise.

Objetivo Geral 

Identificar a expressão de microRNAs relacionados à suscetibilidade ao câncer de pâncreas.

Objetivos Específicos

• Avaliar a expressão dos microRNAs em indivíduos do grupo caso e controle, em relação ao câncer de pâncreas.
• Caracterizar os microRNAs mais expressos e menos expressos no câncer de pâncreas.
• Identificar os principais microRNAs envolvidos na carcinogênese pancreática.
• Observar a relação da expressão dos microsRNAs em diferentes tipos de tumores pancreáticos.
• Relacionar a expressão dos microRNAs com as características clínico-patológicas do tumor (metástase, diferenciação tumoral e estadiamento do tumor).

A justificativa, para a elaboração deste estudo, baseia-se no fato de que, o câncer de pâncreas é uma doença muito letal, com taxa de sobrevivência de 5 anos, bastante baixa (CAO et al, 2016; KE et al, 2020; LI et al, 2016; TIAN et al, 2015; XU et al, 2016). Dessa forma, a dificuldade na detecção precoce do câncer pancreático, continua sendo o principal obstáculo para melhorar a sobrevida geral (XU et al, 2016). Assim, tendo em vista que vários estudos mostraram que a expressão aberrante de microRNAs séricos tem sido utilizada como biomarcador específico, sensível e não invasivo, para o diagnóstico precoce do câncer de pâncreas (CAO et al, 2016; QUE et al, 2013; SHI et al, 2018; TIAN et al, 2015;  XU et al, 2016; YAN et al, 2020; ZHOU et al, 2019), o presente estudo tem como problema de pesquisa o seguinte questionamento: Qual é o padrão de expressão dos microRNAs em pacientes com e sem câncer de pâncreas?