Avaliar o impacto das medidas restritivas adotadas para o controle da pandemia da COVID-19 no diagnóstico do carcinoma colorretal e de lesões pré-malígnas colorretais, em uma população submetida a colonoscopia em uma clínica privada em Goiânia. Colaborando para estabelecer estratégias de resgate desta população.

1- Avaliar o impacto das medidas restritivas da pandemia de COVID-19 no diagnóstico do carcinoma colorretal, em uma população submetida a colonoscopia em uma clínica privada em Goiânia. 

2- Avaliar o impacto das medidas restritivas da pandemia de COVID-19 no diagnóstico de pólipos adenomatosos de cólon, em uma população submetida a colonoscopia em uma clínica privada em Goiânia. 

3- Avaliar a prevalência de pólipos adenomatosos e carcinoma colorretal em uma população submetida a colonoscopia em uma clínica privada em Goiânia.

4- Relacionar estas lesões e suas localizações no trato digestivo baixo com a idade e gênero. 

5- Avaliar a importância e a relevância da nova diretriz que indica a realização da colonoscopia de rastreio a partir dos quarenta e cinco anos de idade.

6- Avaliar a presença de divertículos colônicos em uma população submetida a colonoscopia em uma clínica privada em Goiânia.

1. JUSTIFICATIVA 

No ano de 2020 durante a pandemia da COVID-19 várias medidas restritivas foram tomadas com o intuito de controlar a pandemia, dentre elas a suspensão da realização de procedimentos médicos eletivos, dentre eles a realização dos exames endoscópicos. Associado a este fato, pelo receio quanto ao risco de exposição ao agente viral nas unidades de saúde, muitas pessoas evitaram e protelaram a realização de consultas, acompanhamentos e exames médicos. Que, se por um lado ajudou no controle da pandemia, por outro lado retardou o diagnóstico de muitas patologias.

Em decorrência da alta incidência de CCR no Brasil e no mundo, principalmente em países desenvolvidos, e consequente alta mortalidade, se faz necessário conhecimento a respeito de aspectos epidemiológicos das lesões polipoides precursoras, além de associação entre localização, aspecto morfológico e histológico para se garantir uma maior sobrevida da população afetada. 

Além disso, visto que o CCR normalmente se apresenta assintomático e a progressão adenoma-adenocarcinoma ocorre em aproximadamente 10 anos (DOUBENI, 2019), muito se discute a respeito da idade de início do rastreamento colonoscópico visando garantir uma detecção precoce, sem riscos associados a população e tendo em conta o custo-efetividade (custo por vida salva). 

Portanto, se faz necessário avaliar o impacto das medidas de restrição tomadas no contexto da pandemia pelo COVID-19 no diagnóstico do carcinoma colorretal e de pólipos adenomatosos no nosso meio.