A principal preocupação desse projeto é identificar as narrativas sobre os vários feminismos na tentativa de construir um registro que abarque as diversas expressões e experiências feministas. Será considerado nessa pesquisa as teorias críticas do feminismo, a teoria de gênero e a da redescrição como noção que orienta e possibilita traçar caminho próprio de reflexão ao se optar pela escolha da filosofia pragmatista para contar e recontar uma história usando a prática redescritiva como tarefa da imaginação. Palavras-chave: Feminismos, Gênero, Narrativas, Pragmatismo, redescrição

OBJETIVO GERAL: 

Analisar e refletir sobre as narrativas dos feminismos como movimento social e como teoria que mostram a maleabilidade e flexibilidade de construção e desconstrução do masculino e do feminino no sentido de possibilitar a produção de conhecimento desses feminismos o que permite estimular a relação entre ensino, pesquisa e extensão.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Examinar o papel educativo das narrativas transgressoras dos feminismos como movimento social e como teoria o que oportuniza e favorece a possibilidade de produção do conhecimento no tange a teoria feminista e a teoria de gênero em sintonia com ensino, pesquisa e extensão

Refletir sobre os argumentos e imagens, cinema, vídeos e música que retratam os feminismos como movimento social e como teoria na produção do conhecimento com base na redescrição.

Contextualizar as correntes de pensamento feminista como movimento social e teoria.

Sistematizar as experiências do feminismo como movimento social expressas em imagens e textos.        

Todos os argumentos explanados anteriormente são importantes para entender o contexto da produção feminista e o quanto ela avançou nos últimos tempos, tanto em teoria quanto em relação movimento social. Para Margareth Rago (2019, p.380):

O feminismo propõe uma nova relação entre teoria e prática. Delineia-se um novo agente epistêmico, não isolado do mundo, mas inserido no coração dele, não isento e imparcial, mas subjetivo e afirmando sua particularidade. Ao contrário do desligamento do cientista em relação ao seu objeto de conhecimento, o que permitiria produzir um conhecimento neutro, livre de interferências subjetivas, clama-se pelo envolvimento do sujeito com seu objeto. Uma nova ideia da produção do conhecimento: não o cientista isolado em seu gabinete, testando seu método acabado na realidade empírica, livre das emoções desviantes do contato social, mas um processo de conhecimento construído por indivíduos em interação, em diálogo crítico, contrastando seus diferentes pontos de vista, alterando suas observações, teorias e hipóteses, sem um método pronto. Reafirma-se a ideia de que o caminho se constrói caminhando e interagindo.

Em sintomia com os pressupostos de Rago (2019), de gênero e da redescrição de Rorty (apud Ghiraldelli, 1999) essa proposta de pesquisa espera uma conexão mais ampliada sobre as epistemologias em curso fazendo elo com a experiência feminista traduzida no campo dos movimentos sociais e da teoria. O projeto é de suma relevância porque busca coletar dados e registrar a produção feminista realizada até o momento dando ênfase aos novos feminismos em discussão e debate. Analisar o movimento e as epistemologias feministas contribuirá para a ampliação da reflexão e das experiências feministas.