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ESTUDOS CRÍTICOS, TEÓRICOS E LITERÁRIOS DO ECOCRITICISMO, POÉTICA DO IMAGINÁRIO E PERFORMANCE
2021/1 até 2026/2
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E HUMANIDADES
ESTUDOS DA LITERATURA
CORRENTES CRÍTICAS CONTEMPORÂNEAS
MARIA DE FATIMA GONCALVES LIMA
OBJETIVOS:
GERAL
O objetivo geral dessa pesquisa é apresentar ESTUDOS CRÍTICOS, TEÓRICOS E LITERÁRIOS DO ECOCRITICISMO, POÉTICA DO IMAGINÁRIO E PERFOMANCE a partir das teorias criticas e fundamentos estéticos e filosóficos sobre o ECOCRITICISMO, das POÉTICAS DO IMAGINÁRIO e as ARTES PERFORMÁTICAS.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS.
A Ecocrítica é uma corrente estética e literária que busca refletir a arte da palavra (poesia ou prosa) em sua imersão nas questões abordam o homem e sua conexão com: a natureza, a cultura e sociedade que habita sendo, inclusive, responsável ética e moralmente.
A teoria do Ecocriticismo, propulsionada por uma consciência universal de crise, demonstra sua preocupação com os aspectos éticos, os compromissos e os impactos ambientais. Ela se propõe a estudar, sob os prismas estéticos e culturais, as manifestações artísticas contemporâneas que se delineiam das problematizações do meio ambiente que se deteriora lentamente, graças às intervenções humanas nas três ecologias a que se refere Félix Guattari: a do meio ambiente, a das relações sociais e a da subjetividade humana, sob o viés das artes e da poética do imaginário.
À Ecocrítica, é dada a oportunidade de buscar, analisar e dar voz ao silêncio das coisas da natureza e do mundo exterior; graças aos estudos culturais e pós-estruturalistas onde houve a descentralização das abordagens, ou seja: a mudança da perspectiva homocêntrica para ecocêntrica.
Para a ecocrítica, a natureza realmente existe, além de nós mesmos, não precisando ser ironizada como um conceito por enclausuramento entre aspas, mas realmente presente como uma “entidade” que nos afeta, e que podemos afetar, talvez fatalmente, se nós a maltratamos. A natureza, então, não é redutível a um conceito que concebemos como parte de nossa prática cultural.” (BARRY, 2009, p. 252).
A abordagem do Ecocriticismo permeia todos os elementos do universo e da natureza, quer seja nos aspectos da fauna, da flora, assim como o espaço e as características pertinentes. Ao considerar que toda experiência advém do sujeito que habita cada pele, este é, também, mote da ecocrítica que configura, ainda a maneira de sentir, de ser e de estar no mundo.
Essa corrente crítica contemporânea foi divulgada pela primeira vez por Cheryll Glotfelty, nos anos 90, no volume de ensaios que editou, O leitor da ecocrítica: marco em Literatura e ecologia (1996). Ela se propõe a estudar, sob os prismas estéticos e culturais, as manifestações artísticas contemporâneas que se delineiam das problematizações do meio ambiente e da ecologia, sob o viés das artes.
A ecocrítica também explora um terreno fecundo e imagético produzido pelo imaginário. Dá voz a toda sinergia do cosmo e propicia imersões nos elementos da natureza. As relações existentes entre homem e universo são tecidas sob a perspectiva analítica do “eu”, o mundo e os elementos naturais em suas diversas fontes e analogias. E, é nesta submersão fecunda e fenomenológica que a ecocrítica é tecida como um tipo peculiar da literatura, que analisa de maneira crítica todas as produções voltadas para reflexão sobre a vida e a natureza. É um campo de estudo que precisa ser cultivado como ação e como objeto de estudo para propagar a reflexão sobre o tema.
Nota-se, estudos e pesquisas recentes que a ecocrítica acontece como um movimento que está em voga, performático e aflorante que teve seu desenvolvimento ampliado na última década do século XX, por meio da disseminação de uma cultura que prega a ética e a relação saudável do homem com a natureza. Este olhar defende um sentimento robusto e necessário para as emergências mundiais atuais e atuam no imaginação e na antropologia do imaginário.
Para Bachelard a imaginação, vista como a possibilidade de criar imagens, é: “a faculdade de deformar as imagens propiciadas pela percepção, isto é, como a faculdade de libertar-nos das imagens primeiras, por meio de uma acentuada e contínua alteração”. (BACHELARD, 2001, p.1).
É o conjunto de imagens e de relações de imagens que constitui o capital pensado do “homo sapiens” – nos aparece como o grande denominador fundamental onde vem se arrumar (ranger) todos os procedimentos do espírito humano”. (DURAND, 1999, p. 30).
Para Durand o espírito do imaginário é um “esforço do ser para erguer uma esperança viva diante e contra o mundo objetivo da morte” (DURAND, 1999, p.31). Essa esperança viva manifesta-se nos ecopoemas , ecopinturas, ecoficção, em que as imagens e as palavras ecoam, suspiram, lamentam e agonizam a natureza emudecida. Neste sentido, o meio ambiente, por meio das artes literária e pictórica, busca ser ouvido, visto e sentido em todas as suas nuances.
Nesse sentido Ecocrítica realiza performances que movimentam acontecimentos e ações que instigam o olhar do leitor a observar a voz e o o poder performativo que o da tema, desenvolve uma dialética que questiona e que produz sujeitos atuantes e reflexivos diante do tema que envolve ecologia, a vida e a arte.
Nome | Função no projeto | Função no Grupo | Tipo de Vínculo | Titulação Nível de Curso |
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MARIA DE FATIMA GONCALVES LIMA
Email: fatimma@terra.com.br |
Coordenador | Pesquisador | [professor] | [doutor] |