Detalhes do Projeto de Pesquisa

REGISTRO BRASILEIRO CARDIOVASCULAR DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Dados do Projeto

625

REGISTRO BRASILEIRO CARDIOVASCULAR DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

2020/1 até 2024/2

ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E DA SAÚDE

GRUPO DE PESQUISA EM ENVELHECIMENTO ATIVO E CUIDADO INTEGRAL ÀS ENFERMIDADES CARDIOVASCULARES E PULMONARES

Promoção da saúde

PRISCILA VALVERDE DE OLIVEIRA VITORINO

Resumo do Projeto

Trata-se de um estudo coordenado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia cuja coleta de dados já foi realizada. Este é o primeiro Registro Brasileiro Cardiovascular de Hipertensão Arterial que tem como objetivos: documentar a prática clínica vigente para o tratamento da HA no Brasil; estratificar o risco cardiovascular adicional, considerando comorbidades associadas, lesões em órgão alvo, e presença de doença cardiovascular manifesta; analisar o perfil de exames realizados de rotina nos pacientes com HA; verificar a proporção de pacientes recebendo tratamento anti-hipertensivo que está dentro das metas preconizadas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia; estimar a adesão aos tratamentos: não medicamentoso e medicamentoso; avaliar a presença de equipe multiprofissional no atendimento regular dos pacientes e a eficácia da sua atuação, quando existente, no controle da pressão arterial e avaliar as possíveis diferenças entre os serviços públicos e privados na abordagem de pacientes hipertensos. A amostra prevista era de 3.000 pacientes em 60 centros de estudo no país. Foram realizadas avaliações socioeconômica, de antecedentes pessoais e familiares, exame físico (antropometria e pressão arterial, medida central da pressão arterial) e avaliação do conhecimento tratamento e controle da pressão arterial

Objetivos

Objetivo geral
  • Documentar a prática clínica vigente para o tratamento da hipertensão arterial no Brasil.
 Objetivos específicos
•        Estratificar o risco cardiovascular adicional1, considerando comorbidades associadas, lesões em órgão alvo, e presença de doença cardiovascular manifesta;
•        Analisar o perfil de exames realizados de rotina nos pacientes com HA;
•        Verificar a proporção de pacientes recebendo tratamento anti-hipertensivo que estão dentro das metas preconizadas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia;
•        Estimar a adesão aos tratamentos: não medicamentoso e medicamentoso propostos, através da Escala de Morisky;
•        Avaliar a presença de equipe multiprofissional no atendimento regular dos pacientes e a eficácia da sua atuação, quando existente, no controle da pressão arterial;
•        Avaliar as possíveis diferenças entre os serviços públicos e privados na abordagem de pacientes hipertensos.


Justificativa

A prevalência de HA no Brasil assemelha-se a de outros países. Inquéritos populacionais brasileiros apontam para prevalência de aproximadamente 30%7,8. Considerando-se valores de PA ≥ 140/90 mmHg, 22 estudos encontraram prevalências entre 22,3% e 43,9% (média de 32,5%), com maior prevalência entre os homens comparados às mulheres, e entre os indivíduos mais idosos9.
Na cidade de São Paulo, estudo avaliando 613 pacientes através de entrevista por telefone encontrou prevalência de 32% de indivíduos hipertensos. Destes, 89% referiram estar em tratamento, porém, apenas 35% relataram estar com controle adequado da PA10. Outro estudo, realizado em São José do Rio Preto, analisou 1717 indivíduos, e encontrou prevalência de 25,2% de HA, sendo fatores associados à  idade  mais  avançada, baixo nível educacional, e obesidade11. Entre os hipertensos tratados, 52,4% apresentaram controle adequado da PA, porém, apenas 34,3% dos hipertensos em geral (tratados ou  não) tinham a PA controlada.
Em 2009, dados do DATASUS obtidos por inquérito telefônico mostraram prevalência de 24,4% de indivíduos hipertensos3. Os valores mais baixos seguramente   não refletem a realidade nacional e são provavelmente relacionados à metodologia da coleta de dados e o fato de muitos hipertensos não terem ainda diagnóstico de HA.
Dados do National Health and Nutrition Examination Surveys (NHANES), mostraram aumento do percentual de pacientes em tratamento anti-hipertensivo medicamentoso, de 57,3% em 1988-1994 para 62,9% de 1999-2002 nos  Estados  Unidos12, e taxa de controle da PA com aumento de 29,2% para 36,8% respectivamente nos períodos citados13.
As mudanças no estilo de vida reduzem a PA, bem como a mortalidade cardiovascular14,15,16. Entretanto, apesar de sempre recomendadas na prevenção e no tratamento da HA, as mudanças no estilo de vida apresentam dificuldades de adesão por parte do paciente e muitas vezes pelo médico, que nem sempre dispõem de equipe multiprofissional.
Com o objetivo de se atingir o controle adequado da PA, e consequentemente a diminuição de óbitos por DCV, é fundamental que a prevalência de HA no Brasil seja melhor avaliada, que sejam esclarecidos de que forma o atendimento e o tratamento do paciente hipertenso vem sendo conduzidos na prática clínica diária, e qual o papel das equipes multiprofissionais neste cenário.

Equipe do Projeto

Nome Função no projeto Função no Grupo Tipo de Vínculo Titulação
Nível de Curso
GIANNANDRÉA DARQUES E CRUZ
Email: giannandrea33@hotmail.com
Pesquisador Estudante [] []
KALLITA BRITO DE OLIVEIRA
Email: kallita.oliveira@outlook.com
Pesquisador Estudante [] []
PRISCILA VALVERDE DE OLIVEIRA VITORINO
Email: pvalverde@pucgoias.edu.br
Coordenador Líder [professor] [doutor]
WEIMAR KUNZ SEBBA BARROSO DE SOUZA
Email: sebbabarroso@gmail.com
Pesquisador Pesquisador Externo [externo] [doutor]