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METODOLOGIAS E TÉCNICAS METODOLÓGICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS ON-LINE EM COMUNICAÇÃO
2019/2 até 2022/1
ESCOLA DE DIREITO, NEGÓCIOS E COMUNICAÇÃO
COM.SENTIDO
Comunicação, Produção de Sentidos e Representações Sociais
LUIZ CARLOS DO CARMO FERNANDES
Objetivo Geral
Levantar e testar as metodologias de pesquisas mais apropriadas para a realização de estudos na plataforma internet. Desenvolver técnicas metodológicas e testá-las para servirem como base de estudos futuros na área de comunicação na PUC Goiás.
Objetivos Específicos
– Contribuir para o enriquecimento do debate teórico, epistemológico e metodológico do jornalismo e da publicidade e propaganda;
– Contribuir para os estudos no âmbito do Observatório de Mídia Escola de Comunicação da PUC Goiás, assim como para os grupos de pesquisa e linhas de pesquisa da ECOM da PUC Goiás;
– Produzir publicações que possam contribuir para o campo da comunicação e para as pesquisas aplicadas e cujos resultados apresentados em eventos e congressos da área;
– Contribuir na orientação de alunos de Iniciação Científica no projeto. – Participação nos Congressos de Ciência e Tecnologia da PUC Goiás.
Popkin (2006;2007) acredita que novas tecnologias de comunicação alteram o conteúdo das notícias. Isso porque as transformações nos meios de comunicação podem levar a alterações nos mediadores, que escolhem e interpretam a notícia para o público. O autor assegura que nem todas as mudanças são perceptíveis de imediato pelo público e que as modificações ocorridas com os meios de comunicação trazem mudanças entre os mediadores, a organização política e a mídia mais tradicional.
Segundo o autor, a história da nova mídia é uma cadeia ininterrupta de limites e padrões violados. Assim, a cada nova transformações surgem as oportunidades e os desafios, que levam muitos a aproveitarem da novidade ou a resistirem a ela. Isso ocorreu de muitas maneiras desde o desenvolvimento da imprensa de Gutenberg. Teria sido assim quando a Associated Press desenvolveu padrões de notícias apartidárias para serem compartilhadas por muitos jornais, enfrentando a reação dos jornais de partido; e quando as rádios passaram a transmitir notícias, sofrendo duro ataque da imprensa escrita. (POPKIN, 2007, p. 75-76).
Com a internet não foi diferente. Principalmente a partir dos anos de 1990, ela tornar-se um instrumento alternativo aos meios de comunicação. O que afeta diretamente os jornais impressos e as outras mídias. E pode ser explicado por Signates (2016). “A internet, como condicionante dos processos comunicacionais, não é uma função que se adapta ao jornalismo”. Ou seja; “O comunicacional está além das possibilidades do jornalismo, pois está na rede e nas estruturas de informação, superando os suportes midiáticos” (SIGNATES, 2016, p. 53).
Pereira (2011), por sua vez, diz que o intenso fluxo de informação na rede, que é multidirecional, amplia o debate e a visibilidade das críticas. Soma-se a isso, o fato de que as redes sociais on-line permitem menor controle sobre o fluxo de informação que a mídia tradicional e dá acesso direto e barato ao público-alvo (SOULEY, 2005) e temos uma explicação para a queda na circulação de jornais impressos e a queda nas audiências dos programas de televisão.
As transformações trazidas por uma nova mídia não muda apenas a realidade das empresas de comunicação. Elas afetam também o fazer jornalístico e seus paradigmas. Como mostram Zuin e Correia (2008) e Fernandes e Gonçalves (2011). Os primeiros constatam que noções como as de interatividade, multimediação, hipertexto e personalização dos conteúdos tornam-se tão importantes quanto os critérios de noticiabilidade e os valores notícia no jornalismo online. Os segundos comprovam que as palavras-chave mais pesquisadas nos sites de busca estão se transformando um valor-notícia anteriormente não previsto, ou os estão substituindo como critérios de noticiabilidade, em alguns dos principais jornais do Brasil, Canadá e Estados Unidos.
Até mesmo a publicidade e a propaganda são atingidas por essas transformações. Medidas de abalizavam o planejamento de mídia, como audiência, tiragem, circulação e impacto, também já não podem assegurar de forma garantida o retorno dos investimentos públicos e privados. Com o crescimento vertiginoso da internet e suas plataformas, o impacto dos investimentos publicitários tornou-se incerto, deixando de ser um paradigma seguro estabelecido pela mídia tradicional.
Outras transformações deverão surgir até mesmo fora do campo da comunicação, como na linguagem e na educação. O que já se pode imaginar levando-se em contra os dados da Pesquisa Brasileira de Mídias (Brasil, 2014), que demonstra que a internet já ganha da TV e da escola em termos de horas diárias de consumo: em média 5 horas na internet, contra 4h31 na TV e 4h30 na escola.
O que reforça a ideia de que a internet deve ser cada vez mais um objeto importante de estudo não só para o campo da comunicação, como também para os demais campos interdisciplinares. Por isso, precisará de um aperfeiçoamento metodológico que justifica a realização deste projeto.
Nome | Função no projeto | Função no Grupo | Tipo de Vínculo | Titulação Nível de Curso |
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LUIZ CARLOS DO CARMO FERNANDES
Email: lucajor@gmail.com |
Coordenador | Pesquisador | [professor] | [doutor] |