Ensaio clínico randomizado com dois braços: treinamento intervalado de alta intensidade por meio virtual e caminhada com acompanhamento virtual. A população será composta por pacientes hipertensos, que serão alocados aleatoriamente em cada um dos grupos. As intervenções terão duração de doze semanas. Os participantes serão avaliados antes e após a intervenção.

Objetivo geral

• Avaliar os efeitos do High-intensity interval training (HIIT) realizado de forma virtual síncrona em adultos hipertensos.

Objetivos específicos

• Comparar mobilidade tóraco-abdominal, a força muscular respiratória e a função pulmonar antes e após o HIIT e o ECMI realizados de forma virtual e síncrona.
• Testar se há superioridade dos efeitos do HIIT em relação ao ECMI, realizados de forma virtual e síncrona, na mobilidade tóraco-abdominal, na força muscular respiratória e na função pulmonar.
• Comparar a pressão arterial sistólica e o condicionamento cardiorrespiratório antes e após o HIIT e o ECMI realizados de forma virtual e síncrona.
• Testar se há superioridade dos efeitos do HIIT em relação ao ECMI para a pressão arterial sistólica e o condicionamento cardiorrespiratório.
• Comparar as medidas da pressão arterial sistólica central, da velocidade de onda de pulso e da variabilidade da frequência cardíaca de acordo com parâmetros pré e pós de cada uma das modalidades de exercício;
• Testar se há superioridade dos efeitos do HIIT em relação ao ECMI na pressão arterial sistólica central, na velocidade de onda de pulso e da variabilidade da frequência cardíaca.
• Comparar as medidas da pressão arterial obtida pela medida residencial com aquelas verificadas por meio do aplicativo AMPA intra e entre grupos.
• Avaliar o comportamento da pressão arterial, obtido por meio da aferição da pressão arterial e registrado no aplicativo AMPA, durante todo o período de intervenção e compará-lo entre os dois grupos. 
• Comparar as variáveis pressão arterial sistólica central, velocidade de onda de pulso, augmentation index, resistência vascular periférica e variabilidade da frequência cardíaca antes e após a intervenção do HIIT e do ECMI em pacientes hipertensos conforme carga de morbidades.
  
  

A literatura científica disponibiliza evidências sobre a telerreabilitação e os seus benefícios para algumas áreas específicas, como neurologia (CHEN et al., 2017), cardiologia (HILL et al., 2006) e disfunções pulmonares (KAIRY et al., 2009). Na reabilitação cardíaca, a telerreabilitação pode ser tão eficaz quanto a reabilitação convencional, recuperando a funcionalidade, qualidade de vida, capacidade aeróbica (CHEN et al., 2018) e aptidão física (BROUWERS et al., 2017). Estudo que utilizou um protocolo de HIIT por telerreabilitação comparando com o HIIT em centro com pacientes com doença arterial coronariana identificou melhora do VO2 pico em ambos os grupos (AAMOT et al., 2014).
A Resolução n º 516, de 20 de março de 2020 do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) permitiu a realização do teleatendimento pelo Fisioterapeuta, de forma síncrona ou assíncrona (COFFITO, 2020).  
Porém, na literatura não há até o momento artigos que abordem a telerreabilitação cardíaca síncrona. Além disso, os estudos realizados com telerreabilitação não são direcionados aos pacientes com HAS, e ainda não foram comparados os resultados do HIIT com o ECMI no formato da telerreabilitação. Dessa forma, mostra-se necessário, sobretudo diante da atual situação da pandemia do COVID-19 e a necessidade de mudança de comportamento presente e futura, a realização de estudos para avaliar os efeitos do HIIT de forma virtual síncrona em adultos hipertensos.