O feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) é uma cultura de grande relevância para a alimentação do brasileiro. Os grãos de feijão do tipo comercial carioca representam a maior parte do mercado consumidor no Brasil, e o tipo preto é o segundo grão mais comercializado no país. Os grãos de tegumento de outras cores, como branco, creme, amarelo e vermelho, e com grãos de tamanho médio a grande e de distintos formatos, são denominados feijões de grãos especiais Em 2017, dos estabelecimentos agropecuários levantados pelo censo, 77% foram classificados como agricultura familiar, ocupavam uma área de 81 milhões de hectares, ou seja, 23% da área total dos estabelecimentos agropecuários brasileiros (IBGE, 2019). O mesmo Instituto publicou, ainda, que nesse mesmo ano, a produção de feijão no Brasil foi de 2,14 milhões de toneladas em uma área colhida de 1,9 milhões de hectares, com produtividade média de 1.075 kg/ha. Em Goiás na safra 2019/2020 foram cultivados, em 1ª safra, 39,5 mil hectares, com produção total de 97 mil toneladas, e produtividade média de 2.452 kg/ha. Para o feijão de 2ª safra, foram plantados 25 mil hectares, com produção total de 50 mil toneladas, e produtividade média de 2.000 kg/ha (CONAB, 2020) A espécie é cultivada em uma ampla gama de ambientes e em distintos níveis tecnológicos de produção e como parte da produção de feijão é explorada por pequenos produtores que usam baixo nível tecnológico, a cultura é estigmatizada como pouco competitiva. Uma consequência seria a não profissionalização dos produtores por falta de segurança na cultura, que perderia espaço para outras cadeias. Contudo esse contexto pode ser contornado ao serem adotadas tecnologias de manejo e cultivares que apresentem melhor desempenho produtivo em sistema de agricultura familiar. A agricultura orgânica busca recuperar conceitos tradicionais fazendo com que ocorra uma utilização da tecnologia agroecológica visando uma produção sustentável. A adoção de sistemas orgânicos para a produção de feijoeiro comum demanda a identificação de cultivares mais adaptadas a este manejo, em razão das grandes variações observadas no desempenho produtivo entre genótipos, em distintos sistemas de produção. Com isso o objetivo de estudos como este é identificar cultivares de feijoeiro com bom desempenho em sistema de cultivo orgânico a fim de recomendação para agricultura família regional.

5.1. Geral

• Investigar tecnologias de manejo e condução de grandes culturas e plantas de cobertura visando a otimização da ocupação de áreas agrícolas bem como uso racional de recursos naturais.  

5.2. Específicos

            

• Identificar e efetuar o levantamento de literatura que revise os sistemas de produção de feijão, milho, soja. 
• Analisar a morfologia dessas plantas, suas características relativas à marcha de absorção de nutrientes, e fatores de estresse ao desenvolvimento; 
• Identificar literatura de referência e normas sobre a utilização de produtos naturais e agroquímicos que possibilitem o uso racional e sustentável desses produtos em lavouras;
• Analisar o comportamento físico, químico e biológico do solo com uso de plantas de cobertura;
• Estudar o efeito do uso de plantas de cobertura no controle de pragas em sistemas agrícolas; 
• Investigar inovações tecnológicas no manejo de espécies vegetais adequadas às pequenas propriedades. 

Investigar e desenvolver tecnologias que potencializem os sistemas produtivos é necessário a fim de que as técnicas o melhoramento genético e biotecnologia, adubação de cobertura ou foliar, aplicação de pesticidas ou controle biológico, manejo da água no solo ou irrigação, e sistemas de cultivo, como rotação de culturas, consorciação e uso da cobertura vegetal ou cobertura morta (plantio direto na palha) proporcionem condições de alta produtividade das lavouras e garantindo a sustentabilidade dos ecossistemas.