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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INFECÇÕES FÚNGICAS EM UNIDADE DE REFERÊNCIA EM INFECTOLOGIA NO ESTADO DE GOIÁS
2018/1 até 2024/2
ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA VIDA
GRUPO DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
Doenças infectocontagiosas com ênfase nas Infecções Sexualmente Transmissíveis (HIV/AIDS, Sífilis, etc); Infecções Fúngicas, diagnósticos e terapias anti-infecciosas
RENATA DE BASTOS ASCENÇO SOARES
Avaliar as características clínico-epidemiológicas e laboratoriais das infecções fúngicas negligenciadas e/ou emergentes e/ou oportunistas em Goiás, diagnosticados no Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), no período de 2012 a 2024.
A criptococose, histoplasmose e paracoccidioidomicose são micoses sistêmicas reconhecidamente endêmicas no Brasil, em Goiás. Podem levar a quadros infecciosos graves, com letalidade elevada, alto potencial incapacitante, manejo clínico difícil e tratamento oneroso. Todas elas frequentemente associadas à imunossupressão, destacando- se a AIDS como doença de base, apresentando relação com agravo aos índices de mortalidade e letalidade desses pacientes. Há, contudo, dificuldade de se relatar fielmente a epidemiologia dessas doenças, em especial, no Estado de Goiás. (2,14,26)
Com o crescimento dos casos de AIDS e de outras condições imunossupressoras elevou-se também o número de pessoas sintomáticas e a proporção de quadros graves com acometimento neurológico, pulmonar e disseminado. A importância dessa relação levou a criptococose meningea, a paracoccidioidomicose e a histoplasmose disseminada a serem consideradas doenças definidoras da AIDS. Pode-se ressaltar ainda, a descrição de taxas de mortalidade de até 90% e letalidade de até 72% dessas micoses nos pacientes imunossuprimidos (1).
Em 06 de maio de 2013, pressupondo a importância epidemiológica e clínica destas micoses no Estado de Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde / Superintendência de Vigilância em Saúde / Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis (SES-GO/SUVISA/GVEDT) inseriu as principais micoses endêmicas (Criptococose, Histoplasmose, Paracoccidioidomicose, Esporotricose) à Lista Nacional de Doenças de Notificação Compulsória (28). A partir desse evento, tornou-se necessário a disponibilidade dos dados laboratoriais pelo GAL Gerenciador de Ambiente Laboratorial do SUS - LACEN unidade de referência para diagnóstico e Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr Anuar Auad, instituição de notificação e tratamento (30).
Além dessas, há micoses emergentes e que são negligenciadas entre elas a Zigomicose, a Feohifomicose e a Cromomicose. Há relativamente poucos estudos que relatam casos dessas infecções fúngicas no Brasil e, portanto, não há critérios de tratamento traçados e há grande dificuldade de suspeita clínica, já que podem se apresentar de diferentes formas. Sendo assim, há necessidade de maior investigação dessas doenças para que sejam criados melhores medicamentos e tratamentos mais eficazes (32,44,53,57).
O presente estudo pretende avaliar a incidência das infecções fúngicas negligenciadas e/ou emergentes e/ou oportunistas na unidade de referência diagnóstica e terapêutica do Estado de Goiás.
Nome | Função no projeto | Função no Grupo | Tipo de Vínculo | Titulação Nível de Curso |
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CASSIA SILVA DE MIRANDA GODOY
Email: cassiamirandagodoy@hotmail.com |
Pesquisador | Pesquisador | [professor] | [mestre] |
JOAO ALVES DE ARAUJO FILHO
Email: araujofilho63@gmail.com |
Pesquisador | Pesquisador | [professor] | [doutor] |
RENATA DE BASTOS ASCENÇO SOARES
Email: renatasuarezbastos@gmail.com |
Coordenador | Líder | [professor] | [doutor] |