Detalhes do Projeto de Pesquisa

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INFECÇÕES FÚNGICAS EM UNIDADE DE REFERÊNCIA EM INFECTOLOGIA NO ESTADO DE GOIÁS

Dados do Projeto

563

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INFECÇÕES FÚNGICAS EM UNIDADE DE REFERÊNCIA EM INFECTOLOGIA NO ESTADO DE GOIÁS

2018/1 até 2024/2

ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA VIDA

GRUPO DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS

Doenças infectocontagiosas com ênfase nas Infecções Sexualmente Transmissíveis (HIV/AIDS, Sífilis, etc); Infecções Fúngicas, diagnósticos e terapias anti-infecciosas

RENATA DE BASTOS ASCENÇO SOARES

Resumo do Projeto

A criptococose, histoplasmose e paracoccidioidomicose são micoses sistêmicas reconhecidamente endêmicas no Brasil, inclusive em Goiás. Podem levar a quadros infecciosos graves, com letalidade elevada, alto potencial incapacitante, manejo clínico difícil e tratamento oneroso. Frequentemente associadas à imunossupressão, destacando-se a AIDS como doença de base, apresentando relação com agravo aos índices de mortalidade e letalidade desses pacientes. Há, contudo, dificuldade de se relatar fielmente a epidemiologia dessas doenças, em especial, no Estado de Goiás. Além dessas, há micoses emergentes e que são negligenciadas entre elas a Zigomicose, a Feohifomicose e a Cromomicose. Há relativamente poucos estudos que relatam casos dessas infecções fúngicas no Brasil e, portanto, não há critérios de tratamento traçados e há grande dificuldade de suspeita clínica, já que podem se apresentar de diferentes formas. Sendo assim, há necessidade de maior investigação dessas doenças para que sejam criados melhores medicamentos e tratamentos mais eficazes. O presente estudo pretende avaliar a incidência das infecções fúngicas negligenciadas e/ou emergentes e/ou oportunistas na unidade de referência diagnóstica e terapêutica do Estado de Goiás.

Objetivos

Avaliar as características clínico-epidemiológicas e laboratoriais das infecções fúngicas negligenciadas e/ou emergentes e/ou oportunistas em Goiás, diagnosticados no Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), no período de 2012 a 2024.


ESPECÍFICOS


  • Descrever os aspectos clínico-epidemiológicos e laboratoriais da histoplasmose, criptococcose, paracoccidioidomicose, esporotricose, zigomicose, feohifomicose e cromomicose em Goiás, diagnosticados e tratados no Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), no período de 2012 a 2024.
  • Comparar a incidência das infecções fúngicas negligenciadas e/ou emergentes e/ou oportunistas no Estado de Goiás, no período da pesquisa, com a literatura nacional e internacional.
  • Avaliar a terapêutica utilizada, evolução clínica e desfechos dos pacientes selecionados
  • Avaliar a sobrevida dos participantes selecionados
  • Propor a atualização das referências na literatura médica sobre as infecções fúngicas negligenciadas e/ou emergentes e/ou oportunistas em questão

Justificativa

A criptococose, histoplasmose e paracoccidioidomicose são micoses sistêmicas reconhecidamente endêmicas no Brasil, em Goiás. Podem levar a quadros infecciosos graves, com letalidade elevada, alto potencial incapacitante, manejo clínico difícil e tratamento oneroso. Todas elas frequentemente associadas à imunossupressão, destacando- se a AIDS como doença de base, apresentando relação com agravo aos índices de mortalidade e letalidade desses pacientes. Há, contudo, dificuldade de se relatar fielmente a epidemiologia dessas doenças, em especial, no Estado de Goiás. (2,14,26)

Com o crescimento dos casos de AIDS e de outras condições imunossupressoras elevou-se também o número de pessoas sintomáticas e a proporção de quadros graves com acometimento neurológico, pulmonar e disseminado. A importância dessa relação levou a criptococose meningea, a paracoccidioidomicose e a histoplasmose disseminada a serem consideradas doenças definidoras da AIDS. Pode-se ressaltar ainda, a descrição de taxas de mortalidade de até 90% e letalidade de até 72% dessas micoses nos pacientes imunossuprimidos (1).

Em 06 de maio de 2013, pressupondo a importância epidemiológica e clínica destas micoses no Estado de Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde / Superintendência de Vigilância em Saúde / Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis (SES-GO/SUVISA/GVEDT) inseriu as principais micoses endêmicas (Criptococose, Histoplasmose, Paracoccidioidomicose, Esporotricose) à Lista Nacional de Doenças de Notificação Compulsória (28). A partir desse evento, tornou-se necessário a disponibilidade dos dados laboratoriais pelo GAL Gerenciador de Ambiente Laboratorial do SUS - LACEN unidade de referência para diagnóstico e Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr Anuar Auad, instituição de notificação e tratamento (30).

Além dessas, há micoses emergentes e que são negligenciadas entre elas a Zigomicose, a Feohifomicose e a Cromomicose. Há relativamente poucos estudos que relatam casos dessas infecções fúngicas no Brasil e, portanto, não há critérios de tratamento traçados e há grande dificuldade de suspeita clínica, já que podem se apresentar de diferentes formas. Sendo assim, há necessidade de maior investigação dessas doenças para que sejam criados melhores medicamentos e tratamentos mais eficazes (32,44,53,57).

O presente estudo pretende avaliar a incidência das infecções fúngicas negligenciadas e/ou emergentes e/ou oportunistas na unidade de referência diagnóstica e terapêutica do Estado de Goiás.

Equipe do Projeto

Nome Função no projeto Função no Grupo Tipo de Vínculo Titulação
Nível de Curso
CASSIA SILVA DE MIRANDA GODOY
Email: cassiamirandagodoy@hotmail.com
Pesquisador Pesquisador [professor] [mestre]
JOAO ALVES DE ARAUJO FILHO
Email: araujofilho63@gmail.com
Pesquisador Pesquisador [professor] [doutor]
RENATA DE BASTOS ASCENÇO SOARES
Email: renatasuarezbastos@gmail.com
Coordenador Líder [professor] [doutor]