Detalhes do Projeto de Pesquisa

AUTOANTICORPOS NO DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS

Dados do Projeto

542

AUTOANTICORPOS NO DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS

2020/1 até 2025/2

ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA VIDA

PROSPECÇÃO DE ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE PRODUTOS NATURAIS

Estudos de doenças crônico degenerativas

ROBERPAULO ANACLETO NEVES

Resumo do Projeto

As ações educativas em saúde fazem parte de um processo dinâmico e contínuo onde as práticas de ensino e aprendizagem estão voltadas, principalmente para o diagnóstico laboratorial, a triagem médica especializada, a promoção da saúde e prevenção de doenças. Dentro deste contexto a Escola de Ciências Médicas, Farmacêuticas e Biomédicas da PUC Goiás possui um Laboratório Clínico que atende, em média, 150 pacientes por dia, conveniado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o qual é operacionalizado por uma ampla equipe de profissionais biomédicos, professores, funcionários e alunos estagiários. Este laboratório clínico ainda faz parceria com o Laboratório da UABSF da Vila Mutirão, locais onde nossos alunos realizam estágios curriculares e extracurriculares. A obtenção de dados sobre doenças transmissíveis e não-transmissíveis, comuns na região centro-oeste, pode ser significativamente importante para determinação do processo epidemiológico da doença, a intervenção terapêutica adequada e a profilaxia. Considerando-se o processo de transformações demográficas, sobretudo quanto ao envelhecimento, as modificações no padrão de saúde decorrentes de exposições ambientais, hábitos e comportamentos vinculados ao fenômeno de urbanização crescente, esta linha de pesquisa pretende estudar as possíveis causas e efeitos vivenciados pela população goiana na esfera das doenças cardiovasculares, endócrinas, infecciosas, parasitárias, hematológicas e outras doenças relacionadas. O impacto desta pesquisa, para os participantes, será uma estratégia motivadora para acadêmicos do curso de biomedicina no sentido de nortear ações educativas das oito (8) ligas acadêmicas do curso no desenvolvimento de intervenções capazes de melhorar os cuidados básicos em saúde nas populações mais afetadas. A análise dos dados permitirá determinar incidências, variações, prevalências, propor prevenção de complicações de doenças, criar programas educativos para orientação dos pacientes em relação às doenças. Portanto, o presente estudo visa levantar informações através de pesquisa retrospectiva de análise de banco de dados de prontuários de pacientes cadastrados nos laboratórios colaboradores, com a finalidade de subsidiar a implantação e/ou implementação de políticas de saúde que possam colaborar com a diminuição dos agravos a saúde. Nas últimas décadas tem se observado na população, principalmente de países em desenvolvimento como o Brasil, o desenvolvimento cada vez mais de hábitos de vida não saudáveis. O consumo de ¿fast food¿ e de alimentos ricos em gorduras trans e colesterol teve um aumento significativo; a obesidade e o sobrepeso também vêm aumentando significativamente, estudos demonstram que, aproximadamente, 23% das crianças entre 6 e 12 anos e 21% das entre 12 e 17 anos são obesas (PELLANDA et al, 2002). Além disso, outros maus hábitos de vida como o sedentarismo, tabagismo e o estresse, característicos da era em que vivemos, podem influenciar diretamente no surgimento de várias doenças crônicas. Por outro lado, existe uma carência de dados epidemiológicos de certas doenças infecciosas no Brasil, mais especificamente na região centro-oeste, que serve como estímulo para a realização de pesquisas clínico-laboratoriais, buscando maior conhecimento sobre características da população atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para isto, será realizado um levantamento de dados sobre as doenças infecciosas dos pacientes atendidos no Laboratório Clínico da PUC Goiás e Laboratório UABSF da Vila Mutirão. Dados epidemiológicos da população podem ser obtidos através dos resultados das triagens sorológicas dos pacientes, trazendo conhecimento para os órgãos municipais e estaduais competentes e benefícios para a população no sentido de prevenir tais doenças.

Objetivos

3.1.         Objetivo Geral
Avaliar a relação entre a presença de autoanticorpos e doenças crônicas autoimunes.

3.2.         Objetivos Específicos
•        Verificar os diferentes métodos diagnósticos para Diabetes tipo 1, tireoidite de Hashimoto, doença de graves e doença renal crônica autoimune.
•        Relacionar a presença de FAN positivo em pacientes diagnosticados
•        Avaliar os fatores de risco na evolução de Diabetes tipo 1, tireoidite de Hashimoto, doença de graves e doença renal crônica autoimune.
•        Relacionar os títulos e o padrão de imunofluorescência em Diabetes mellitus tipo 1, tireoidite de Hashimoto, doença de Graves e doença renal crônica autoimune.

Justificativa

A pesquisa de anticorpos contra antígenos celulares, tradicionalmente denominada FAN (fator antinúcleo) ou FAN-HEp-2, tem apresentado contínua evolução que requer dos profissionais envolvidos uma acurada e constante revisão sobre os paradigmas que norteiam a interpretação dos resultados obtidos. Os avanços metodológicos ocasionaram expressivo aumento na sensibilidade do teste e consequente diminuição de sua especificidade. Isto se verifica pelo crescente número de exames positivos em indivíduos aparentemente hígidos (Dellavance et al., 2007).
 Este fato tem criado situações desconfortáveis e muitas vezes angustiantes, sendo necessário buscar elementos para auxiliar os profissionais envolvidos e esclarecer e diferenciar essas duas situações entre as doenças crônicas autoimunes incidentes no Brasil. Discute-se a importância do título e do padrão de imunofluorescência na valorização de um teste positivo e no desdobramento da pesquisa de autoanticorpos específicos. Indivíduos não autoimunes usualmente apresentam FAN-HEp-2 em títulos baixos, enquanto pacientes autoimunes, geralmente, títulos médios ou altos. Entretanto, observam-se frequentes exceções em ambos os contextos. Os padrões de fluorescência nucleares pontilhado grosso e homogêneo quase sempre se associam a um contexto de autoimunidade sistêmica. Por outro lado, o padrão nuclear pontilhado fino denso é um dos mais frequentemente observados em pessoas não autoimunes com exame positivo de FAN-HEp-2 (Dellavance et al., 2007).
Portanto, a justificativa se baseia também, além das diferenças entre os resultados do FAN, na epidemiologia da Diabetes mellitus, da doença renal crônica, da tireoidite de Hashimoto e da doença de Graves. A Diabetes mellitus apresenta uma prevalência de 8,3 %, e acredita-se que 50% dos diabéticos desconhecem que têm a doença (Flor & Campos, 2017). A prevalência da doença renal crônica é 7,2% para pessoas acima de 30 anos e 28% a 46% em indivíduos maiores do que 64 anos (SBN, 2013).

Equipe do Projeto

Nome Função no projeto Função no Grupo Tipo de Vínculo Titulação
Nível de Curso
DANIEL STROZZI
Email: strozzi@gmail.com
Pesquisador Pesquisador [professor] [mestre]
ROBERPAULO ANACLETO NEVES
Email: roberpaulo_@hotmail.com
Coordenador Pesquisador [professor] [doutor]