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CONVERGÊNCIA DA POLÍTICA EXTERNA DOS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA COM A CHINA (1990 A 2020)
2020/1 até 2024/2
ESCOLA DE DIREITO, NEGÓCIOS E COMUNICAÇÃO
GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Política Externa e Desenvolvimento
PEDRO ARAUJO PIETRAFESA
OBJETIVO GERAL
• Analisar se o aumento das interações comerciais entre América Latina e China provocou convergência das políticas exteriores dos latino-americanos com os chineses entre os anos de 1990 e 2020.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Observar o montante de exportações e importações entre China e países da América Latina;
• Observar se a clivagem ideológica dos presidentes latino-americanos possui alguma influência na convergência de política externa com os chineses;
• Analisar se a convergência com a política externa da China ocorreu à custa dos Estados Unidos;
• Analisar quais países da América Latina foram os mais convergentes com os chineses;
• Compreender se maior dependência econômica com a China significou maior proximidade de política externa.
As preferências referentes a política externa representam papel significativo para as Teorias de Relações Internacionais. As escolhas políticas precisam ser examinadas por meio de comportamentos observáveis. Os votos na Assembleia Geral da Organização Nações Unidas (AGNU) tornaram-se fonte de dados padrão para construir mensurações acerca das preferências estatais, pois são comparáveis e capturam as ações de diferentes países no tempo (BAILEY; STREZHNEV; VOETEN, 2017).
Para esta pesquisa os votos da AGNU que serão coletados dizem respeito a um conjunto de assuntos que são reconhecidamente importantes para a China, quais sejam: Resoluções de Direitos Humanos para Países Específicos. Estas deliberações são conduzidas pelo Comitê da Assembleia Geral da ONU para Assuntos Sociais, Humanitários e Culturais (SOCHUM). Essas votações são apropriadas para alcançar o objetivo propostos pelo projeto, uma vez que a China já deixou claro a importância desses votos para a sua política externa, além disso, o padrão de votação chinês é consistente no decorrer do tempo. Assim, o aumento na frequência em que os países latino-americanos votam conjuntamente com a China nesses assuntos será atribuído como convergência.
Estudos já foram realizados sobre a expectativa acerca da política externa de certos países que aumentaram as relações comerciais com a China votarem conjuntamente com os asiáticos em temas discutidos na ONU, muito dessas pesquisas foram baseadas em estudos de casos, tais como os de Kirshner (2008), Medeiros et al (2008) e Ross (2006). Por outro lado, a pesquisa de Flores-Macías e Kreps (2013) agregou dados das votações na Organização das Nações Unidas entre os anos de 1992 a 2006 para analisar o comportamento dos países africanos e da América Latina e Caribe em relação ao posicionamento chinês.
O presente projeto busca mesclar estudos de caso com pesquisa quantitativa. E, desta forma, contribuir com a literatura sobre as consequências das relações comerciais nas estratégias de política externa. A parte quantitativa do trabalho, técnicas de séries temporais, indicará a tendência da conduta dos países latino-americanos após a intensificação do intercâmbio comercial com a China. Os estudos de caso, por sua vez, aprofundarão o conhecimento sobre a realidade de seis países da região que mais recebem investimentos chineses (THE DIALOGUE, 2020), são eles: Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, México e Venezuela. Os casos serão conduzidos, principalmente, por alunos de iniciação científica e mestrado.
Nome | Função no projeto | Função no Grupo | Tipo de Vínculo | Titulação Nível de Curso |
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PEDRO ARAUJO PIETRAFESA
Email: pedro.pietrafesa@gmail.com |
Coordenador | Líder | [professor] | [doutor] |