Detalhes do Projeto de Pesquisa

CARACTERIZAÇÃO DE MICRORGANISMOS COLONIZANTES NAS MÃOS DE ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE E A RELAÇÃO COM A ROTINA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Dados do Projeto

509

CARACTERIZAÇÃO DE MICRORGANISMOS COLONIZANTES NAS MÃOS DE ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE E A RELAÇÃO COM A ROTINA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

2018/2 até 2020/1

ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E DA SAÚDE

PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE E SEGURANÇA DO PACIENTE

PROMOÇÃO DA SAÚDE

FABIO SILVESTRE ATAIDES

Resumo do Projeto

A pele, apesar de ser um tecido relacionado com defesa inata do organismo humano, alberga uma grande quantidade de microrganismos colonizantes, como bactérias e fungos, classificados em vários gêneros e espécies. Neste contexto, a mão do profissional de saúde é considerada uma fonte potencial na transmissão exógena de microrganismos no ambiente hospitalar, sendo que pode ocorrer pelo contato direto com o paciente; ou indireto por meio de objetos inanimados. Desta forma, apesar que a higienização das mãos é considerada uma importante medida profilática da transmissão de agentes infecciosos, além da simplicidade e facilidade na execução, ainda se observa uma resistência em sua adesão por parte dos profissionais de saúde, colocando-os na condição de portadores e disseminadores de microrganismos e colaborando para a ocorrência de surtos de infecção relacionadas assistência à saúde (IRAS). Em adição, a frequência de microrganismos resistentes aos antimicrobianos associados com características de patogenicidade colonizando microbiota da pele de profissionais está, cada vez mais, sendo relatado em vários estudos.

Objetivos

2.1. Objetivo Geral 

            Caracterizar microrganismos isolados de mãos de estudantes da área da saúde e relacionar com a periodicidade da higienização das mãos; além disso verificar fatores de virulência e perfil de sensibilidade dos microrganismos isolados.

2.2. Objetivos Específicos

            - Isolar e identificar espécies do gênero Candida e Staphylococcus das mãos de estudantes da área da saúde antes e após o turno de estágio ou aulas teóricas.

            - Verificar a produção enzimática de proteinase e fosfolipase entre as espécies de Candida

            - Determinar o perfil de suscetibilidade das espécies de Candida aos seguintes antifúngicos: fluconazol, anfotericina B, voriconazol e itraconazol.

            - Verificar a colonização de Staphylococcus aureus e Staphylococcus coagulase negativo

            - Determinar o perfil de suscetibilidade in vitro dos isolados de Staphylococcus aos seguintes antibióticos: cefoxitina e amoxacilina

Justificativa

A falta de conscientização dos profissionais da área da saúde sobre os mecanismos de transmissão de agentes infecciosos associado com a não adesão do procedimento da higieniza­ção das mãos são fatores que possibilitam a transmissão exógena de microrganismos no ambiente hospitalar(8,9). Desta forma, a investigação da microbiota na pele das mãos de profissionais de saúde consiste na identificação de possíveis reservatórios com o objetivo de prevenir disseminação de microrganismos causadores de infecções, e consequentemente uma importante estratégia para o controle da resistência bacteriana e das IRAS nos estabelecimentos de saúde(10,11).

Em adição, a frequência de microrganismos resistentes aos antimicrobianos colonizando ambiente hospitalar e até mesmo microbiota da pele de profissionais está, cada vez mais, sendo relatado em vários estudos(12). A exemplo, pode-se citar a identificação de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) nas mãos dos profissionais de saúde; além da verificação da permanência de Enterococcus spp. resistente à vancomicina (VRE) em superfícies do ambiente hospitalar por um longo período, o que pode ser uma fator importante na transmissão destes agentes infecciosos com o contato em superfícies do ambiente hospitalar pelo profissional e uma consequente contaminação cruzada para os pacientes(13,14)

A colonização da pele por Candida spp é considerada um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de infecção fúngica, especialmente em pacientes debilitados, a partir da disseminação inter-humana. A presença de leveduras colonizando os profissionais da saúde tem preocupado as equipes de controle de infecção hospitalar, pois podem ser fonte potencial de contaminação de microrganismos por transmissão exógena(15,16). Há evidências que infecções por Candida possam ser adquiridas no ambiente hospitalar, sendo responsáveis pelo aumento no número de casos de candidíase invasiva, um importante problema de saúde pública mundial, pois consiste em uma das principais causas de altos custos hospitalares, com elevadas taxas de incidência e mortalidade(17)

O reconhecimento dos fatores de virulência das espécies de Candida, como a produção de enzimas hidrolíticas, elucida características da fisiopatologia da candidíase de acordo com o tipo e sítio anatômico da infecção e condições do hospedeiro(18); além disso os testes de suscetibilidade in vitro aos antifúngicos são ferramentas importantes na tentativa de escolha de uma terapia adequada na cura das infecções fúngicas, em decorrência de resistência intrínseca e adquirida de algumas espécies de fungos a determinados fármacos(19)

Equipe do Projeto

Nome Função no projeto Função no Grupo Tipo de Vínculo Titulação
Nível de Curso
ANA FLAVIA LOPES LANDIM
Email: ana_fll@hotmail.com
Pesquisador Estudante [aluno] [null]
ANTONIO MARCIO TEODORO CORDEIRO SILVA
Email: marciocmed@gmail.com
Pesquisador Pesquisador [professor] [doutor]
FABIO SILVESTRE ATAIDES
Email: fabiosilvestre54@yahoo.com
Coordenador Pesquisador [professor] [doutor]