A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica endêmica de extrema importância na América Latina, em particular no Brasil, onde a maior casuística desta micose é registrada. Apesar de considerada micose pouco frequente em pacientes portadores de AIDS, a concomitância de infecção por HIV e PCM tem sido reportada por diferentes autores, havendo ainda controvérsias sobre o impacto desta coinfecção na história natural da PCM bem como no regime terapêutico necessário para garantir sucesso no controle da micose.Objetivo: Avaliar a segurança da retirada da profilaxia secundária de pacientes com paracoccidioidomicose que vivem com o vírus da imunodeficiência humana e que apresentem carga viral controlada e contagem de CD4>200.Metodologia: Trata-se de estudo observacional, multicêntrico, retrospectivo com coleta de dados clínicos, radiológicos e laboratoriais de todos os pacientes coinfectados com HIV e PCM atendidos em 9 centros médicos do Brasil, ao longo do período de 1990 a 2020. Desfecho: Ausência de recidiva da paracoccidioidomicose 6, 12, 18 e 24 meses após a retirada da terapia de manutenção.

PRIMÁRIO: Avaliar a segurança da retirada da profilaxia secundária de pacientes com paracoccidioidomicose que vivem com o vírus da imunodeficiência humana e que apresentem carga viral controlada (2 exames com carga viral NEGATIVA) e contagem de CD4>200 em ao menos 2 exames.

SECUNDÁRIOS: Descrever o comportamento clínico de PCM em AIDS, no que diz respeito a peculiaridades de sua apresentação clínica e mortalidade no período de internação, quando do diagnóstico inicial da coinfecção.

A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica endêmica de extrema importância na América Latina, em particular no Brasil, onde a maior casuística desta micose é registrada1. Trata-se de micose causada por fungo verdadeiramente patogênico, causando doença disseminada mesmo em pacientes imunocompetentes expostos ao agente em zonas endêmicas.
Apesar de considerada micose pouco frequente em pacientes portadores de AIDS, a concomitância de infecção por HIV e PCM tem sido reportada por diferentes autores, havendo ainda controvérsias sobre o impacto desta coinfecção na história natural da PCM bem como no regime terapêutico necessário para garantir sucesso no controle da micose ao longo da terapia de manutenção.