O fluxo de ideias trazidas pelas formas de comunicação é essencial para construção dos agrupamentos humanos em sociedade. Qualquer dissonância na construção dos discursos e identidades sociais tende a gerar conflitos humanos, com segregação de minorias em prol de projetos de vida conservadores e radicais. O presente projeto de pesquisa busca contribuir com o levantamento e investigação científica a respeito da influência exercida pelas novas mídias tecnológicas na descontrução dos direitos humanos ligados às minorias no Brasil por meio de narrativas inconsistentes e irreais. A importância de tal estudo está concentrada no resgate da qualidade de produção das informações pelas novas mídias, mais especificamente na objetividade e individualidade de sua produção. Além disso, busca reforçar nos consumidores de tais mídias senso crítico que restrinja a disseminação de informações tendenciosas e de duvidosa veracidade. O objetivo é privilegiar canais de comunicação que respeitem a reputação e o direito fundamental a honra e a intimidade do ser humano. É notório a violação dos direitos humanos vinculados a informação, igualdade e tratamento digno a todos que ocorrem no ambiente da Internet. Inúmeras legislações existem para proteger tais direitos da pessoa humana, porém estas estão sendo ¿atropeladas¿ pelas inovações tecnológicas nos meios de comunicação e informação. Soma-se a isso a grande dificuldade em investigar e punir declarações de ódio e de preconceitos relacionados Às minorias no ambiente digital. A pesquisa tem por objetivo geral demonstrar as implicâncias do fenômeno da Pós-Verdade no surgimento e construção de comportamentos conservadores, preconceituosos e desconstrutivos dos direitos humanos afetos às minorias no Brasil. A teoria a ser criada tem por objetivo estabelecer ações, estratégias e recursos para identificar, neutralizar e punir serviços midiáticos com intenções maliciosas, desconstrutivas e criminosas. A análise consistente e socialmente positiva no sentido de usar a mídia e a tecnologia da informação como ferramentas para se construir uma sociedade democrática que respeita as minorias e garanta os direitos humanos devidos a todos, independentemente de cor, sexo, ideologia e política.

Objetivo Geral

Espera-se demonstrar com as problematizações elencadas no presente projeto a necessidade de se pesquisar, com olhar científico e social, as implicâncias do fenômeno da “Pós-Verdade” no surgimento e construção de comportamentos conservadores, preconceituosos e desconstrutivos dos direitos humanos afetos às minorias no Brasil. A teoria a ser criada tem por objetivo estabelecer ações, estratégias e recursos para identificar, neutralizar e punir serviços midiáticos com intenções maliciosas, desconstrutivas e criminosas. A análise consistente e socialmente positiva no sentido de usar a mídia e a tecnologia da informação como ferramentas para se construir uma sociedade democrática que respeita as minorias e garanta os direitos humanos devidos a todos, independetentemente de cor, sexo, ideologia, política, de forma que a presente pesquisa possa enriquecer a investigação proposta pelo projeto institucional nº 9, conforme consta no edital de Doutorado em Direitos Humanos em questão. 

Objetivos Específicos

 - Conceituar o fenômeno da Pós-verdade na contemporaneidade; 

- Comprovar se a “Pós-Verdade” influencia na (des)contrução dos Direitos humanos vinculados às minorias de gênero, cor, religião, política e outras temáticas no Brasil;

- Pesquisar sobre a real (in)existência do conceito de “Pós-Verdade” como fenômeno na mídia recente;

- Analisar a influência das mídias tecnológicas frente à eclosão de movimentos autoritários e desagregadores das minorias ao longo da história;

- Verificar a existência de relação de causalidade entre a eclosão das novas mídias, o fenômeno da “Pôs-Verdade” e a violação aos direitos humanos vinculados às minorias brasileiras;

- Criar contrainformação que neutralize eventuais discursos oportunistas e manipuladores da opinião pública nacional, como instruções, manuais ou cartilhas que alertem as pessoas sobre a necessidade de se conferir a fonte e ponderar objetivamente as informações recebidas em mídia digital;

- Adequar este trabalho ao projeto de pesquisa institucional a que se pretende filiar; 

- Publicar o resultado da pesquisa e divulgar formas de mídia que respeitem a objetividade e a verdade na construção de narrativas informativas visando resguardar o acesso democrático de todos e, assim, primando pela aplicabilidade igualitária dos direitos humanos a toda a sociedade;

Por meio desses objetivos específicos apresentados, espera-se desenvolver a pesquisa dentro dos limites da problemática proposta.

Este tema é de grande relevância para humanidade, pois o fluxo de ideias trazidas pelas formas de comunicação é essencial para construção dos agrupamentos humanos em sociedade. Qualquer dissonância na construção dos discursos e identidades sociais tende a gerar conflitos humanos, com segregação de minorias em prol de projetos de vida conservadores e radicais. 

Neste sentido, o presente projeto de pesquisa busca contribuir com o projeto institucional a que se pretende filiar, realizando levantamento e investigação científica a respeito da influência exercida pelas novas mídias tecnológicas na descontrução dos direitos humanos ligados às minorias no Brasil por meio de narrativas incosistentes e irreais.

A importância de tal estudo está concentrada no resgate da qualidade de produção das informações pelas novas mídias, mais especificamente na objetividade e individualidade de sua produção. Além disso, busca reforçar nos consumidores de tais mídias senso crítico que restrinja a disseminação de informações tendenciosas e de duvidosa veracidade. O objetivo é privilegiar canais de comunicação que respeitem a reputação e o direito fundamental a honra e a intimidade do ser humano.

É notório a violação dos direitos humanos vinculados a informação, igualdade e tratamento digno a todos que ocorrem no ambiente da Internet. Inúmeras legislações existem para proteger tais direitos da pessoa humana, porém estas estão sendo “atropeladas” pelas inovações tecnológicas nos meios de comunicação e informação. Soma-se a isso a grande dificuldade em investigar e punir declarações de ódio e de preconceitos relacionados Às minorias no ambiente digital. Tal fato se deve a inexistência de leis punitivas pelo Estado, tal impunidade tem encorajado todo tipo de declaração em tais meios, e as notícias de ofensas e violações aos direitos humanos tem sido cada vez mais frequentes no Brasil.

As práticas de manipulação mais comuns ficaram conhecidas pela imprensa em geral como “Fake New”, ou notícias falsas. Apesar de não ser novidade, hoje esta prática está ganhando uma proporção imensurável com a ascensão das mídias tecnológicas. Mesmo não apoiadas em fatos objetivos, as notícias falsas conseguem ter grande aderência das pessoas, que memorizam por meio de percepção seletiva, seguindo suas concepções ou preconceitos pessoais, ideias às quais possui empatia emocional. 

Tal comportamento evidencia o fenômeno da “Pós-Verdade”, termo usado pela primeira vez em 1992 pelo dramaturgo sérvio-americano Steve Tesich. Vale falar que a Oxford Dictionaries elegeu o termo como ‘palavra do ano de 2016’. 

Tal confusão da realidade, com a gestão de manobras conspiratórias para incitar o receio ou a hostilidade de grupos sociais, são instrumentos de persuasão das massas que remontam à antiguidade, mas que no século XX ajudaram a causar os piores desastres para a humanidade: o nazismo e o estalinismo.

Importante dizer que a análise recai sobre o preocupante ressurgimento no Brasil de um movimento social conservador com discurso de ódio e segregação social. Evidencia-se isso pelos crescentes protestos de fundo moralista contra certos setores da sociedade brasileira, tais como a população LGBT e os movimentos artísticos. Vale citar os protestos fomentados na Internet contra a exposições e movimentos de arte nos museus MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo) e QueerMuseu, em 2017.

Justifica-se o presente projeto de pesquisa pela necessidade de se construir argumentação consistente e científica que possa alertar as pessoas sobre a importância de se conhecer a fonte das informações e estimular nossos legisladores na confecção de leis que reprimam tais condutas violadoras dos direitos humanos.