Os tipos de cânceres hematológicos mais comuns são os mielomas múltiplos, as leucemias e os linfomas. Atualmente, a cura para o câncer hematológico é alcança em alguns tipos e depende, também, de fatores como tempo de exposição e diagnóstico da doença. Os três tipos mais comuns são tratados, principalmente, com quimioterapia, podendo ainda se utilizar de recursos como hemodiálise, imunomoduladores, antibióticos monoclonais, radioterapias e, em alguns casos, transplante de medula óssea. Na tentativa de buscar avanços no tratamento, a imunoterapia tem se mostrado bastante promissora e apresenta um futuro promissor para a cura definitiva do câncer hematológico. Depois de anos de pesquisa nessa área e da constante inovação científica, houve a criação e o desenvolvimento das CAR T-Cells (Células T com Receptor de Antígeno Quimérico, do inglês, Chimeric Antigen Receptor T Cell). Esta técnica se baseia na utilização de células T do próprio paciente, que são removidas e posteriormente alteradas em laboratório. O objetivo é identificar células específicas, adicionando um receptor artificial, denominado receptor de antígeno quimérico ou CAR, o que possibilita a identificação dos antígenos específicos dos oncócitos. Devido os diferentes tipos de câncer com antígenos específicos, cada CAR é feito para um determinado antígeno. Assim sendo, as CAR T-Cells retratam o que há de mais novo no capítulo da imunoterapia oncológica.

Objetivo Geral (ou primário)

Analisar, por meio de método de revisão sistemática, os efeitos do uso de CAR T-Cells na imunoterapia para o tratamento de doenças hemato-oncológicas.

Objetivos Específicos (ou secundários)

• Avaliar como a imunoterapia com CAR T-Cell afeta a sobrevida de pacientes com câncer hematológico;
• Verificar as taxas de remissão das doenças hemato-oncológicas tratadas com CAR T-Cell.

O sistema imunológico rastreia todas as substâncias normalmente encontradas no corpo e quando há a identificação de qualquer substância estranha é gerado um alarme que faz com que o próprio sistema ataque essas células. A terapia com células T é uma forma nova de se obter células T imunológicas, que são modificadas em laboratório, para identificar, com mais eficiência, oncócitos que contenham proteínas aberrantes, desencadeando um ataque imune. O presente projeto de pesquisa visa analisar os benefícios do uso de CAR T-Cells na imunoterapia para o tratamento de câncer hematológico.

As células T usadas na terapia com CAR são alteradas em laboratório para identificar oncócitos específicos, adicionando um receptor artificial, denominado receptor de antígeno quimérico ou CAR, o que permite a identificação dos antígenos específicos das células tumorais. Como diferentes tipos de câncer têm diferentes antígenos, cada CAR é feito para um antígeno específico. Por exemplo, determinados tipos de leucemia ou linfoma têm um antígeno denominado CD19. Para tratar esses cânceres, a terapia com células T CAR é produzida para se conectar ao antígeno CD19 e não funcionarão para outro tipo de câncer que não tenha esse antígeno. As próprias células T do paciente serão usadas para produzir as células T CAR.

Dessa forma, a CAR T-Cell passa a ser uma possibilidade promissora de tratamento de câncer hematológico e esse estudo busca analisar quais são os efeitos benéficos, mas também, os colaterais, uma vez que se trata de uma terapia totalmente individualizada, promissora, porém com reações adversas, principalmente, a síndrome de liberação de citocinas (uma resposta exagerada dos linfócitos), que faz o paciente evoluir para hipotensão, reações neurológicas, crise convulsivas, inclusive evoluir para o óbito.

É notória a grande incidência de câncer hematológico no Brasil e no mundo, logo, essa terapia com uso de CAR T-Cell pode auxiliar significativamente no tratamento dessas doenças, especialmente aquelas com resposta ineficiente para tratamentos convencionais. Portanto, o presente trabalho, visa pois, elucidar esse importante tema.