A expansão da produção aquícola está atrelada ao desenvolvimento técnico-científico do setor, e para que se possa atender a demanda de pescado brasileira, vários segmentos da cadeia produtiva devem se especializar e organizar-se de modo a produzir mais peixe com qualidade e seguindo os primórdios da produção aquícola sustentável. Neste sentido, a nutrição desempenha papel preponderante para o adequado desenvolvimento do setor, sendo necessário o adequado conhecimento da biologia e exigência nutricional da espécie que se deseja produzir para que se possam produzir dietas de baixo custo e que apresentem limitado impacto ambiental. É bem conhecido que a piscicultura, assim como as outras produções animais, pode ser uma grande fonte poluidora de ambientes aquáticos continentais quando não conduzida nos princípios da sustentabilidade ambiental, uma vez que as descargas de N e P nas formas solúveis, fecais e de ração não consumida, conduzem ao processo de eutrofização ambiental (Talbot & Hole, 1994). Entretanto, o P como elemento menos abundante nos ecossistemas de água doce, desempenha papel preponderante no processo de eutrofização. Desta forma, um grande número de estudos em nutrição de P para peixes tem sido conduzido nas últimas décadas de forma a minimizar a excreção de P para o ambiente (NRC 2011). Determinar a taxa de absorção de P em fontes orgânicas e inorgânicas de P. Devido a importância do tambaqui como a segunda espécie de peixe mais produzida, tanto no cenário nacional como no cenário regional do estado de Goiás (Brasil 2013), pesquisas que auxiliem o entendimento da fisiologia nutricional e determinação da exigência em P para esta espécie são de grande relevância de modo a atender às necessidades tecnológicas para o adequado desenvolvimento de sua produção. Ainda, tais informações podem melhorar os índices produtivos da piscicultura através da manipulação nutricional, reduzindo o impacto ambiental e despontando o estado de Goiás na geração de tecnologias de ponta para o cultivo do tambaqui. O objetivo da pesquisa foi determinar os locais do trato digestório em que o P é absorvido e os mecanismos fisiológicos utilizados pelo tambaqui para o aproveitamento de P em fontes orgânicas e inorgânicas; determinar a exigência em P disponível para o tambaqui na fase inicial (5-25g), fase de engorda (400-600g) e fase de terminação (600-1200g); Desenvolver uma dieta comercial para redução da excreção de P pelo tambaqui.

Determinar a taxa de absorção de P em fontes orgânicas e inorgânicas de P; 2. Determinar
os locais do trato digestório em que o P é absorvido e os mecanismos fisiológicos utilizados
pelo tambaqui para o aproveitamento de P em fontes orgânicas e inorgânicas; 3. Determinar a
exigência em P disponível para o tambaqui na fase inicial (5-25g), fase de engorda (400-600g) e
fase de terminação (600-1200g); 4. Desenvolver uma dieta comercial para redução da
excreção de P pelo tambaqui.

Com a presente proposta espera-se: 1. Entender os mecanismos fisiológicos que regulam a absorção do P no tambaqui e assim permitir a confecção de dietas que atendam eficientemente as exigências de espécies nativas, reduzindo a carga poluente gerada pela aquicultura e incrementando a sustentabilidade deste agronegócio; 2. Determinar a exigência em P disponível para o tambaqui em diferentes fases do ciclo de produção e assim reduzir a emissão de P para o ambiente por meio da formulação de dietas práticas mais precisas; 3. Publicação de cinco artigos completos em periódicos científicos internacionais com conceito A2 pela Capes, assim como publicações em resumos de congressos; 4. Veiculação dos resultados através de palestras técnicas sobre a melhoria do desempenho e da sustentabilidade ambiental utilizando dietas formuladas com base em nutrientes digestíveis.