Busca-se, por meio de uma revisão bibliográfica de publicações científicas, atualizar conhecimentos produzidos sobre reprodução assistida e o sofrimento emocional e social, produzidos pelos casais que passam por esse processo. Inicialmente, investigará o histórico e, em seguida, serão apresentados conceitos relativos à infertilidade, sobre as técnicas de reprodução assistida, especificando-se ainda alguns temas relacionados aos sentimentos, tais como medo, ansiedade, tristeza, frustração, desvalia e vergonha, desencadeando por vezes quadros importantes de estresse. Vários artigos que abordam o tema serão apresentados. Será discutida a situação no Brasil bem como os vários aspectos assinalados. De acordo com o resultado apresentado será proposto um programa de orientação aos casais que iniciam o tratamento de Reprodução Assistida

o objetivo é verificar os aspectos obstétricos, epidemiológicos e o sofrimento emocional e social da Reprodução Humana Assistida (RHA).

A RHA implica em um conjunto de técnicas, a saber: relação programada, inseminação artificial intra-uterina e fertilização extra-corpórea que abrange a fertilizaçãoin-vitroclássica e a fertilizaçãoin-vitropor meio de injeção intracitoplasmática de espermatozóide. Uma equipe multidisciplinar tem participação estreita no acompanhamento do desenvolvimento folicular, detecção e indução da postura ovular ou até mesmo a realização do encontro dos gametas, assim como na otimização da fase lútea. As indicações dessas técnicas estão diretamente ligadas às causas de infertilidade.

Para muitos, a paternidade e maternidade é visto como um marco de maturidade e desenvolvimento pessoal, além de ensejar o cumprimento de um importante papel social. O retardo deste projeto parental pela infertilidade impõe aos casais que enfrentam o temor da não realização do desejo de maternidade e paternidade um sofrimento emocional e social. Desejar ter filhos, mas se deparar com uma impossibilidade nesse processo produz uma ampla gama de sentimentos, tais como medo, ansiedade, tristeza, frustração, desvalia e vergonha, desencadeando por vezes quadros importantes de estresse. A situação de infertilidade pode provocar efeitos devastadores tanto na esfera individual como conjugal, e mesmo desestabilizar as relações do sujeito com seu entorno social, podendo ocasionar um decréscimo na qualidade de vida. Estudar o fenômeno que aborda os aspectos psicológicos é, sem dúvida, instigante, mas ao mesmo tempo, uma tarefa bastante complexa, pois são diversas as vertentes pelas quais ela pode ser abordada.