Detalhes do Projeto de Pesquisa

RESISTÊNCIA A AGENTES ANTIVIRAIS DIRETOS EM PACIENTES VIRGENS OU NÃO EXPERIMENTADOS AO TRATAMENTO PARA HEPATITE C

Dados do Projeto

345

RESISTÊNCIA A AGENTES ANTIVIRAIS DIRETOS EM PACIENTES VIRGENS OU NÃO EXPERIMENTADOS AO TRATAMENTO PARA HEPATITE C

2019/1 até 2024/2

ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA VIDA

ASPECTOS AMBIENTAIS, PSICOSSOCIAIS E DE SAÚDE EM DOENÇAS INFECCIOSAS E AUTO-IMUNES

Hepatites virais

IRMTRAUT ARACI HOFFMANN PFRIMER

Resumo do Projeto

A doença hepática causada pelo vírus da hepatite C (HCV) é um dos principais problemas de saúde pública mundial e no Brasil. A estimativa mundial é de que cerca de 180 milhões de pessoas estão infectadas pelo HCV e que a cada ano 350.000 pessoas morrem de doenças relacionas a hepatite C. Na fase crônica leva ao desenvolvimento de fibrose hepática progressiva, cirrose e carcinoma hepatocelular em aproximadamente 10 a 20% dos portadores com mais de 20 a 30 anos de infecção pelo HCV. O HCV é classificado em 7 genótipos divididos em subtipos, o vírus apresenta uma alta diversidade genética que varia de acordo com cada região. O genótipo 1 classificado em 1a e 1b é o mais prevalente nas infecções por HCV no mundo, e em regiões da América Central, América Latina e Europa. Os outros genótipos correspondem cerca de 83,4 milhões de casos, em seguida o genótipo 3 (G3) sendo mais prevalente principalmente no Sul da Ásia, genótipos 2 (G2) é mais prevalente no Leste da Ásia, genótipo 4(G4) Norte da África e Oriente Médio e genótipo 5(G5) e 6 (G6) na África do Sul e Hong Kong, sendo responsáveis pelos casos restantes de HCV no mundo. O Brasil apresenta maior prevalência do genótipo 1 subtipo 1a e 1b em seguida genótipo 3 subtipo 3a e genótipo 2 os genótipos 4 e 5 possuem baixa prevalência no pais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO) estima-se que mais de 180 milhões de pessoas encontram-se infectadas pelo vírus da hepatite C sendo uma das principais causas de morte de doenças hepáticas no mundo. A detecção precoce da infecção aguda, sintomática ou não, vem sendo considerada uma importante medida de controle do HCV, a ser incorporada na prática clínica. Quando a infecção é tratada precocemente, as novas opções de tratamento prometem valores superiores a 90% nas taxas de RVS com duração entre 12-24 semanas (BRUGGMANN et al., 2014). O rápido desenvolvimento de novas drogas antivirais e DAAs a terapia peguilado interferon e Ribavirina (PEG-IFN¿/RBV) e a terapia tripla baseada no uso do telaprevir ou boceprevir associado com (PEG-IFN¿/RBV) resultou em um aumento nas taxas de RVS em pacientes infectados com genótipo 1 representando um avanço no tratamento e cura das infecções crônicas (ASSOCIATION, 2015). Contudo um dos fatores que limita a eficácia do tratamento da infecção do HCV é a sua variação genética e o surgimento de resistência às drogas antivirais, que por sua vez, são causadas por mutações específicas nas proteínas do vírus. Alguns subgrupos de pacientes podem não responder ou não ser elegíveis para estratégias de tratamento baseadas em DAAs, visto que, a presença de variantes virais com perfis de resistência em um mesmo paciente pode representar um problema potencial para o sucesso terapêutico. A reinfecção continua a ser possível, tornando o controle da infecção pelo HCV em pessoas com risco de infecção em curso difícil (BAUMERT et al., 2014). Diante desses desafios com o surgimento de novas terapias antivirais e a magnitude da variabilidade genética do HCV este trabalho pretende-se sequenciar os genes não estruturais NS3, NS5A e NS5B do HCV obter informações destas regiões gênicas onde eventuais mutações de resistência possam ser identificadas e que também poderiam contribuir para o desenvolvimento de novos inibidores DAAs. Além disso, futuramente, os dados obtidos também poderão ser utilizados para determinar os efeitos da diversidade genética na estrutura enzimática viral utilizando técnicas de modelagem e dinâmica molecular contribuindo para o surgimento de novas drogas e melhores respostas no tratamento.

Objetivos

Objetivo Geral

Identificar a resistência e mutação nas regiões NS3 e NS5 em pacientes com hepatite C tratados e não tratados com antivirais 

Objetivos Específicos: 

Genotipar o vírus da hepatite C de pacientes tratados e não tratados com antivirais. 

Investigar a existência de resistência basal em pacientes virgens de tratamento que apresentam os genótipos 1 e 3. 

Verificar a existência de resistência em pacientes tratados com Interferon ou inibidores da protease de primeira geração (Telaprevir/Boceprevir) na região NS3 e o impacto dessa resistência nos tratamentos de segunda geração. 

Detectar mutação na região NS5 em pacientes com genótipos 1 e 3 tratados com novas drogas.( Sofosbuvir, Simeprevir e Daclastavir)



Justificativa

Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO) estima-se que mais de 180 milhões de pessoas encontram-se infectadas pelo vírus da hepatite C sendo uma das principais causas de morte de doenças hepáticas no mundo.

A detecção precoce da infecção aguda, sintomática
 ou não, vem sendo considerada uma importante medida de
 controle do HCV, a ser incorporada na prática clínica.  Quando a infecção é tratada precocemente, as novas opções de tratamento prometem valores superiores a 90% nas taxas de RVS com duração entre 12-24 semanas (BRUGGMANN et al., 2014).

 O rápido desenvolvimento de novas drogas antivirais e DAAs a terapia peguilado Interferone Ribavirina (PEG-IFNα/RBV) e a terapia tripla baseada no uso do telaprevir ou boceprevir associado com (PEG-IFNα/RBV) resultou em um aumento nas taxas de RVS em pacientes infectados com genótipo 1 representando um avanço no tratamento e cura das infecções crônicas (ASSOCIATION, 2015). 

Contudo um dos fatores que limita a eficácia do tratamento da infecção do HCV é a sua variação genética e o surgimento de resistência às drogas antivirais, que por sua vez, são causadas por mutações específicas nas proteínas do vírus. Alguns subgrupos de pacientes podem não responder ou não ser elegíveis para estratégias de tratamento baseadas em DAAs, visto que, a presença de variantes virais com perfis de resistência em um mesmo paciente pode representar um problema potencial para o sucesso terapêutico. A reinfecção continua a ser possível, tornando o controle da infecção pelo HCV em pessoas com risco de infecção em curso difícil (BAUMERT et al., 2014).

Diante desses desafios com o surgimento de novas terapias antivirais e a magnitude da variabilidade genética do HCV este trabalho pretende-se sequenciar os genes não estruturais NS3, NS5A e NS5B do HCV obter informações destas regiões gênicas onde eventuais mutações de resistência possam ser identificadas e que também poderiam contribuir para o desenvolvimento de novos inibidores DAAs. Além disso, futuramente, os dados obtidos também poderão ser utilizados para determinar os efeitos da diversidade genética na estrutura enzimática viral utilizando técnicas de modelagem e dinâmica molecular contribuindo para o surgimento de novas drogas e melhores respostas no tratamento.





Equipe do Projeto

Nome Função no projeto Função no Grupo Tipo de Vínculo Titulação
Nível de Curso
ANA ELISA DE FIGUEIREDO MIRANDA MUNDIM
Email: anaefmundim@gmail.com
Pesquisador Estudante [aluno, aluno] [null, null]
IRMTRAUT ARACI HOFFMANN PFRIMER
Email: araci@pfrimer.com.br
Coordenador Líder [professor] [doutor]
JOSE RODRIGUES DO CARMO FILHO
Email: biomedico53@gmail.com
Pesquisador Pesquisador [] []
PEDRO FREIRE GUERRA BOLDRIN
Email: pedroguerra17@hotmail.com
Pesquisador Estudante [aluno] [null]