319
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DE SISTEMAS DE LIBERAÇÃO DE FÁRMACOS
2018/2 até 2023/2
ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA VIDA
PROSPECÇÃO DE ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE PRODUTOS NATURAIS
Pesquisa de produtos naturais
ANA LUCIA TEIXEIRA DE CARVALHO ZAMPIERI
Objetivo geral
O objetivo geral do presente estudo é obter, caracterizar e avaliar a estabilidade de diferentes sistemas de liberação de fármacos (convencionais e modificados) como, nano e micropartículas, grânulos, cápsulas e comprimidos.
Objetivos Específicos
Eleger os fármacos modelos a serem utilizados nos novos sistemas;
Realizar o estudo de pré formulação dos fármacos eleitos;
Padronizar o método analítico para quantificação dos fármacos eleitos;
Padronizar a composição qualitativa e quantitativa dos sistemas farmacêuticos a serem desenvolvidos;
Padronizar o método de obtenção dos sistemas farmacêuticos a serem desenvolvidos;
Caracterizar os nano e microsistemas desenvolvidos quanto ao aspecto macro e microscópico, resistência à centrifugação e pH (quando couber), tamanho e distribuição de tamanho das partículas, determinação da eficiência de encapsulação do fármaco e perda de fármaco encapsulado durante o armazenamento.
Caracterizar os sistemas sólidos (grânulos, cápsulas e comprimidos), (no que couber), quanto ao aspecto macro e microscópico, umidade, densidade aparente (ρa) e densidade compactada (ρc), índice de carr (ic), proporção de hausner (ph), tamanho de partícula, friabilidade, dureza, desintegração e teste de dissolução.
Avaliar a estabilidade preliminar dos sistemas obtidos (tempo zero, 07, 15 e 21 dias) através dos testes mencionados.
Os sistemas de liberação convencional (ou pronta liberação ou liberação imediata) de fármacos são elaborados com o intuito de que o fármaco seja prontamente liberado após a administração da forma farmacêutica, sendo empregados nesses sistemas diluentes solúveis, desintegrantes e/ou outros recursos que favorecem os processos de liberação e dissolução do fármaco (PEZZINI, SILVA, FERRAZ, 2007).
Esses medicamentos são considerados tradicionais, ou seja, consagrados na terapêutica, sendo disponíveis, comercialmente, há vários anos. Do ponto de vista tecnológico, são de mais fácil preparação, uma vez que sua produção é bem estabelecida, não requerendo componentes e equipamentos sofisticados (VILLANOVA et al, 2010).
As formas farmacêuticas de liberação imediata são adequadamente empregadas quando se deseja obter uma ação terapêutica rápida, entretanto, em diversos tratamentos faz-se necessário que a concentração terapêutica seja constantemente mantida ao longo do tempo. Dessa forma, para alcançar tal objetivo, a repetição das doses torna-se imprescindível. Além desse desconforto, há outras limitações relacionadas a esta dinâmica, tais como oscilações de doses, período noturno sem dose e dificuldade de adesão ao tratamento, o que pode provocar superdosagem ou subdosagem levando a ineficácia do regime terapêutico ou a efeitos adversos inesperados. Assim, as formas farmacêuticas de liberação modificada surgem como meio de superação das limitações apresentadas pelas formas farmacêuticas de liberação imediata (MIRANDA, 2014; RIBEIRO, 2016).
O termo liberação modificada é empregado para designar, de maneira geral, as formas farmacêuticas que apresentam um perfil de dissolução diferente do convencional. Liberação prolongada e liberação retardada são alguns dos termos específicos mais utilizados, sendo que as formas de liberação prolongada disponibilizam a dose imediatamente e permitem sua manutenção em níveis terapêuticos por períodos prolongados de tempo, enquanto que os sistemas de liberação retardada não disponibilizam o fármaco de maneira imediata, mas como já está explicitado no próprio termo, fornecem tal liberação de forma retardada (LANZILLOTI, 2012; DASH et al,2013)
Algumas das características mais almejadas ao desenvolver sistemas de liberação modificada consistem em: diminuição da frequência da administração de doses, diminuição de efeitos adversos relacionados a oscilação da concentração de fármaco nos fluidos e tecidos corporais, maior facilidade para atingir alvos específicos, dentre outras. O fato de tais sistemas serem capazes de diminuir oscilações nas doses plasmáticas de fármaco, evita que haja a exacerbação de dosagem que leva a toxicidade, e também que essa dose se mantenha em níveis subterapêuticos, contribuindo para uma melhora substancial da eficácia terapêutica do medicamento (MIRANDA, 2014; OLIVEIRA,2014; ALLEN JR.; POPOVICH; ANSEL, 2013).
O desenvolvimento de formas farmacêuticas sólidas de liberação imediata ou modificada requer diversas etapas de pesquisa e desenvolvimento, iniciando pela seleção da forma farmacêutica, a escolha da tecnologia de obtenção, do tipo de liberação desejada, seguida pela eleição do fármaco adequado para ser inserido no sistema (PEZZINI, SILVA, FERRAZ, 2007). Assim, a compreensão do comportamento físico-químico desses sistemas continua sendo desafiadora, associado à sua estabilidade, a qual pode ser influenciada tanto pela composição qualitativa e quantitativa, quanto pelo método de preparação, condições operacionais ou características físico-químicas do fármaco, os quais influenciam os teores e futuro resultado terapêutico (ALLEN JR.; POPOVICH; ANSEL, 2013).
Nome | Função no projeto | Função no Grupo | Tipo de Vínculo | Titulação Nível de Curso |
---|---|---|---|---|
ANA LUCIA TEIXEIRA DE CARVALHO ZAMPIERI
Email: zampieri@pucgoias.edu.br |
Coordenador | Pesquisador | [professor] | [doutor] |
LEONARDO LUIZ BORGES
Email: leonardo.cbb@pucgoias.edu.br |
Pesquisador | Líder | [professor] | [doutor] |