A investigação procura compreender a construção da paisagem das novas áreas de centralidades de Goiânia-Go, tais como as dos bairros Jardim Goiás, Setor Bueno, Nova Suíça, Pedro Ludovico e Marista. Para tanto irá se considerar as diferentes ações sociais, políticas e econômicas pelas quais estas regiões passaram ao longo do tempo e que levaram a formação de uma paisagem marcada pelo rápido processo de mudanças e substituição de velhas estruturas, pela lógica da verticalização e do surgimento de equipamentos urbanos como shoppings e parques e de novas linguagens arquitetônicas que expressam um texto visível de relações sociais caracterizadas pelas desigualdades e diferenças. A produção dos espaços desses bairros mostra, portanto, uma cidade que vem buscando o sempre novo e o instantâneo, identificados pelas recentes formas urbanas que se constroem cotidianamente umas sobre as outras e pelas alterações na dinâmica de vida dos habitantes. Os registros do tempo, materializados na paisagem dos bairros que constituem estas áreas serão obtidos a partir de pesquisas de campo e documental. Estudos morfológicos, reportagens de época, dados do IBGE, cartografia, documentos e imagens fotográficas revelarão rupturas e continuidades espaciais que assinalam as alterações e o processo de construção da paisagem. Paisagem- nova centralidade- Goiânia

• OBJETIVO GERAL

O objetivo geral da pesquisa é compreender como se dá o processo de construção da paisagem das regiões onde se encontram as novas centralidades em Goiânia, como as que se formaram e incorporaram o Setor Bueno, Setor Nova Suíça, Marista e Jardim Goiás. Visa-se identificar a as características de tais paisagens a partir de uma nova lógica de ocupação, de inserções de equipamentos urbanos e de vetores e estratégias de ação do capital que vem se consolidando no ambiente construído. 

3.1 Objetivos específicos

3.1.1. Levantar bibliografia recente a respeito do tema. 

3.1.2. A partir das categorias da morfologia urbana, elaborar uma metodologia de análise da paisagem. 

3.1.3. Mapear as regiões das novas centralidades de Goiânia.

3.1.4. A partir da literatura local, de recortes de jornais e documentos identificar as dinâmicas de bairros que se encontram nas chamadas centralidades urbanas.  

3.1.5. Identificar, a partir da arquitetura, os processos de rupturas e continuidades da paisagem do lugar. 

3.1.6. Identificar os principais agentes transformadores dos espaços em estudo, bem como as estratégias de ação de tais agentes. 

3.1.7. Identificar a atuação das construtoras de Goiânia, responsáveis pelos impactos na paisagem dos bairros. 

3.1.8. Levantar recortes de jornais, fotos antigas e atuais para o entendimento da construção da paisagem ao longo da história. 

3.1.9. Construir mapas e perspectivas que mostrem os diferentes momentos do lugar. 

3.1.10. Avaliar as transformações do espaço através dos seguintes eixos:  

  - Localizar os equipamentos urbanos, vetores de transformação da paisagem.

   - Identificar os padrões de uso e ocupação do solo (áreas de moradia, empregos, serviços e lazer). 

 - Levantar a legislação urbana

 - Levantar os padrões de arquitetura.

 - Compreender a relação público- privado 

Diante dos parcos estudos sobre a paisagem das regiões de novas centralidades de Goiânia acredita-se que a pesquisa promoverá o conhecimento dos processos de construção e transformação desses espaços, levando em conta e sobretudo as intervenções a que eles se submeteram, como ainda o entendimento das ideias norteadoras destas ações. Acrescente-se ainda que apesar do louvável esforço de muitos pesquisadores que se dedicaram a explicar e história da criação de Goiânia, bem como a de seus planos urbanísticos, falta a ela um estudo que revele um outro lado de sua história urbana que privilegie as transformações mais recentes de seus novos espaços. Nesse âmbito, a pesquisa sobre a lógica de formação dos processos de construção da paisagem oferece uma oportunidade promissora. A continuidade de estudos nesta perspectiva visará, portanto, a disponibilização de dados e informações inéditas para subsidiar posteriores intervenções, bem como o avançar de análises e reflexões críticas sobre o processo de transformação do espaço urbano da cidade.