Detalhes do Projeto de Pesquisa

ANÁLISE DE DADOS E GEOPROCESSAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DA FEBRE DE MAYARO EM GOIÁS-BRASIL

Dados do Projeto

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ANÁLISE DE DADOS E GEOPROCESSAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DA FEBRE DE MAYARO EM GOIÁS-BRASIL

2019/1 até 2025/1

ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA VIDA

PROSPECÇÃO DE ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE PRODUTOS NATURAIS

Estudos de doenças crônico degenerativas

ROBERPAULO ANACLETO NEVES

Resumo do Projeto

As mudanças ambientais como a degradação do meio ambiente, o crescimento populacional e o consequente aumento dos centros urbanos, são fatores que influenciam diretamente o ciclo de vida de vários artrópodes e podem proporcionar a disseminação de vetores que transmitem patógenos aos seres humanos e aos animais. Nesse sentido, as alterações na dinâmica populacional de hospedeiros e vetores favorecem a emergência de viremias, como por exemplo, a de arboviroses (UBERL et al., 2018). Os arbovírus são vírus que compartilham a característica de serem transmitidos por artrópodes que, em sua maioria, são hematófagos. As viroses causadas por esses vírus possuem notável capacidade de adaptação e de mutações genéticas, o que justificam a possibilidade de emergirem e de se estabelecerem em novas áreas geográficas, resultando em uma ampla área atingida (DONALISIO et al., 2017). Além disso, podem-se dividir os arbovírus em dois grupos: encefálicos ou do Novo Mundo, os quais causam síndromes febris e possuem potencial de progredir para condições neurológicas, e artrogênicos ou do Velho Mundo, os quais causam mal-estar, erupção cutânea, doenças articulares de longa duração e mialgia (TERZIAN et al.., 2016). O vírus Mayaro (MAYV) se inclui no grupo destes últimos. O MAYV é um arbovírus do gênero Alphavirus, da família Togaviridae e seu principal vetor é o mosquito Haemagogus janthinomys, mas também pode ser transmitido, em condições urbanas, pelo Aedes aegypti. Esse vírus é endêmico principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, com alguns casos também na região Nordeste. Entretanto, o tempo de viremia é curto, cerca de três dias, o que dificulta o isolamento do vírus para estudo (TERZIAN, et al., 2015). Em relação a sua estrutura, como todos os Alphavírus, o MAYV possui material genético composto por RNA de cadeia simples, com cerca de 11.700 nucleotídeos. Seu material genômico pode ser dividido em região genômica ¿ que codifica proteínas não estruturais (nsP1, nsP2, nsP3 e nsP4) ¿ e região subgenômica ¿ que codifica proteínas estruturais (E1, E2, E3, C e 6K). Essa condição confere ao vírus Mayaro alta taxa de mutação, com grande capacidade de adaptação (MUÑOZ e NAVARRO, 2012). A respeito do ciclo de vida, o MAYV é transmitido principalmente por mosquitos silvestres do gênero Haemagogus e cujos hospedeiros vertebrados são mamíferos. As fêmeas desse mosquito se infectam durante a hematofagia realizada em hospedeiros competentes, sendo essa prática necessária para a nutrição dos seus ovos para posterior ovoposição. Após um período de incubação de 8 a 14 dias, uma infecção persistente é estabelecida nas glândulas salivares do vetor e, dessa forma, este poderá transmitir o vírus para outro hospedeiro (MUÑOZ e NAVARRO, 2012). A justificativa deste trabalho se baseia no fato da febre de Mayaro ser uma arbovirose emergente em vários países, mas principalmente naqueles de clima tropical, aos quais se inclui o Brasil. Nesse sentido, a emergência do MAYV representa um impacto na morbidade e na mortalidade de pacientes infectados em decorrência, principalmente, da ausência de tratamento, de vacinas e de medidas efetivas para prevenção e controle (DONALISIO e colab., 2017). Além disso, existe a necessidade de mais estudos sobre o tema, em decorrência da possibilidade de prejuízo e negligência em relação à epidemiologia dessa doença devido à dificuldade de seu diagnóstico (BRUSTOLIN e colab., 2018). Como prova disso, é estimado que 1% de todos os casos de DENV na região Norte da América do SUL são causados por MAYV (TERZIAN, Ana Carolina e colab., 2016). Portanto, este trabalho visa somar conhecimentos para que medidas públicas sejam mais eficazes no controle dessa virose.

Objetivos

Objetivos
Objetivo Geral
Analisar os dados epidemiológicos da febre de Mayaro no Brasil com enfoque em Goiás.

Objetivos específicos
1.        Relacionar o local provável de infecção com as condições climáticas da região;
2.        Investigar a coinfecção de vírus Mayaro com outros arbovírus (Dengue, Chikungunya e Zika);
3.        Relacionar o local provável de infecção com condições socioeconômicas da população;
4.        Relacionar o local provável de infecção com a proximidade a regiões de mata;
5.        Investigar e comparar casos em ambientes urbanos e rurais.

Justificativa

A justificativa deste trabalho se baseia no fato da febre de Mayaro ser uma arbovirose emergente em vários países, mas principalmente naqueles de clima tropical, aos quais se inclui o Brasil. Nesse sentido, a emergência do MAYV representa um impacto na morbidade e na mortalidade de pacientes infectados em decorrência, principalmente, da ausência de tratamento, de vacinas e de medidas efetivas para prevenção e controle (DONALISIO e colab., 2017). Além disso, existe a necessidade de mais estudos sobre o tema, em decorrência da possibilidade de prejuízo e negligência em relação à epidemiologia dessa doença devido à dificuldade de seu diagnóstico (BRUSTOLIN e colab., 2018). Como prova disso, é estimado que 1% de todos os casos de DENV na região Norte da América do SUL são causados por MAYV (TERZIAN, Ana Carolina e colab., 2016). Portanto, este trabalho visa somar conhecimentos para que medidas públicas sejam mais eficazes no controle dessa virose.

Equipe do Projeto

Nome Função no projeto Função no Grupo Tipo de Vínculo Titulação
Nível de Curso
ROBERPAULO ANACLETO NEVES
Email: roberpaulo_@hotmail.com
Coordenador Pesquisador [professor] [doutor]