As doenças cardiovasculares são consideradas a primeira causa de morte por enfermidades não transmissíveis. O Sistema Único de Saúde gasta em média 1,3 bilhões de reais anualmente com tratamento ambulatorial e hospitalar dessas doenças. Associadas a transtornos cardiovasculares, temos a obesidade, que vem se tornando um problema de saúde pública afligindo adultos e crianças de todos os extratos sociais. A obesidade é multifatorial, mas destaca-se a alimentação rica em ultra-processados que contém altos índices de gorduras e açúcares em sua composição, como um dos fatores causadores desta epidemia. Estudos científicos têm comprovando que plantas de uso popular podem ter real potencial farmacológico. Tem sido estudado o uso de prebióticos, probióticos e extratos de plantas em geral como forma de prevenção e tratamento. Colaboram para o controle e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Assim, o presente estudo terá por objetivo testar na dieta de ratos obesos a biomassa e o extrato de alguns desses produtos como possível protetor na prevenção da hipertensão, aumentos da glicemia e de lipídeos sanguíneos, assim como sua ação em marcadores inflamatórios em ratos Wistar, tratados com dieta hiperlipídica ou em modelos de sobrecarga de sódio.

Avaliar os efeitos do uso dos prebióticos, probióticos e extratos de plantas do cerrado sobre os marcadores de perfil glicêmico, lipídico, hepático, hematológicos, cardíaco, renal, inflamatório e hematológico em ratos controle, hipertensos e obesos.

            A obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública cuja incidência tem aumentado nos últimos anos, havendo a previsão de que, em 2025, cerca de 700 milhões de pessoas estarão obesas (ABESO, 2016; ABESO, 2018). O presente estudo se baseia no uso de modelos de ratos com obesidade induzida por alimentação hiperlipídica, que simula um quadro de obesidade semelhante a humana estabelecida após 4 semanas com a dieta (MACHADO, 2014). Além disso, os ratos serão fornecidos pelo Biotério Setorial da Escola de Ciências Médicas, Farmacêuticas e Biomédicas da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, onde são armazenados seguindo as exigências da Lei 11.794/08. Os experimentos com os animais serão realizados respeitando os mesmos princípios éticos com os materiais já fornecidos pelo biotério e comprados com o financiamento, no decorrer de 8-24 semanas, pois o quadro de obesidade estará bem estabelecido e poderão ser observadas as diferenças do grupo em uso dos produtos testados na dieta hiperlipídica em relação aos outros grupos de ratos. Com isso, seria possível observar os efeitos do uso substância, verificando as alteracões os parâmetros glicídicos, lipídicos, hepáticos, renais e hematológicos e amenizar ou até mesmo reverter o quadro de obesidade, o que ainda não foi observado na prática (FERREIRA, 2016; RANIERI, 2014). Além da dosagem das adipocitocinas (adiponectina, leptina, IL-6 e TNF-a) e de PCR. Se forem comprovados esses benefícios, seria possível a realização de estudos em humanos a fim de determinar os efeitos de prebióticos ou de outros extratos de plantas na prevenção ou tratamento da obesidade ou da hipertensão, havendo um novo recurso para auxiliar esse importante problema de saúde pública.