Lesões do sistema nervoso podem levar a incapacidades e limitações funcionais e/ou cognitivas nos indivíduos acometidos, tornando-os dependentes de algum tipo de assistência. O objetivo geral deste estudo é analisar o perfil epidemiológico e a evolução da independência funcional de pacientes com sequela neurológica internados para reabilitação. Trata-se de um estudo do tipo quantitativo, retrospectivo e longitudinal. Serão incluídos prontuários de pacientes com diagnóstico clínico de AVC, TCE e LM, que foram internados para reabilitação e que tenham a Medida de Independência Funcional (MIF) preenchida corretamente no primeiro e último dia de internação hospitalar. Os instrumentos utilizados neste estudo serão fichas de perfil sociodemográfico e clínico (pacientes com sequela de AVC, TCE e LM), Escala de Medida de Independência Funcional (MIF) e Escala Rancho Los Amigos (RLOS). Espera-se verificar a independência funcional na admissão e após o processo de reabilitação destes pacientes, com a finalidade de direcionar os protocolos de reabilitação das instituições, para que o paciente seja internado no momento certo e permaneça o tempo necessário, a fim de obter melhor recuperação funcional possível. Além disso, será possível nortear as condutas terapêuticas da equipe multiprofissional, dando enfoque no que o paciente mais necessita, visando melhor independência funcional. Este estudo contribuirá para orientar os profissionais da saúde, órgãos públicos, centros de reabilitação e qualquer pessoa que busque informações relacionadas ao tema.

Objetivo Geral            

Analisar o perfil epidemiológico e a evolução da independência funcional de pacientes com sequela neurológica internados para reabilitação.

Objetivos Específicos

• Descrever o perfil sociodemográfico, clínico e funcional de pacientes com sequela de AVC, TCE e LM internados para reabilitação no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER);
• Descrever o perfil cognitivo de pacientes com sequela de TCE internados para reabilitação no CRER;
• Analisar a independência funcional de pacientes com sequela de AVC, TCE e LM no início e no final da internação para readaptação;
• Analisar a evolução cognitiva dos pacientes com sequela de TCE no início e no final da internação para readaptação;
• Analisar a evolução da independência funcional de pacientes com sequela de AVC segundo o tipo de AVC (isquêmico e hemorrágico), hemicorpo acometido (direito e esquerdo), idade, sexo, tempo de início da reabilitação e tempo de internação;
• Analisar a evolução da independência funcional de pacientes com sequela de TCE, segundo idade, sexo, problemas associados, alteração cognitiva, etiologia do trauma, tempo de início da reabilitação e tempo de internação;
• Analisar a evolução da independência funcional de pacientes com sequela de LM segundo idade, sexo, nível neurológico, ASIA, tempo de início da reabilitação e tempo de internação;
• Comparar a evolução da independência funcional de pacientes com sequela de AVC com pacientes com sequela de TCE.

        Indivíduos com doenças do sistema nervoso frequentemente apresentam deficits sensório-motores e perda da independência funcional, portanto é de extrema importância que profissionais atuantes na assistência a pacientes neurológicos avaliem o estado funcional desta população para estruturar adequadamente o programa de reabilitação.

        Para que haja uma boa recuperação funcional em pacientes com sequelas de AVC, é importante que a reabilitação seja iniciada precocemente no meio intra hospitalar, com o objetivo de aumentar o nível de independência, dentro das limitações impostas pela patologia (GRUMANN et al., 2017).

        Estas patologias neurológicas podem atingir indivíduos de todas as idades, incapacitando pessoas ainda em fase produtiva. O conhecimento do perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes com AVC, LM e TCE internados para reabilitação possibilita identificar dados que poderão colaborar em campanhas de prevenção na saúde pública, permitem traçar um perfil em determinados centros de reabilitação, de acordo com uma população específica, além de contribuir para a estruturação adequada de programas de reabilitação.

            Existem diversas pesquisas relacionadas à reabilitação de pacientes com lesões neurológicas, mas são raras as que analisam a evolução da independência funcional na internação para reabilitação e os fatores relacionados a esta evolução. 

           Espera-se verificar a independência funcional na admissão e após o processo de reabilitação destes pacientes, com a finalidade de direcionar os protocolos de reabilitação das instituições, para que o paciente seja internado no momento certo e permaneça o tempo necessário, a fim de obter melhor recuperação funcional possível. Além disso, será possível nortear as condutas terapêuticas da equipe multiprofissional, dando enfoque no que o paciente mais necessita, visando melhor independência funcional. Este estudo contribuirá também para orientar os profissionais da saúde, órgãos públicos, centros de reabilitação e qualquer pessoa que busque informações relacionadas ao tema.