Este estudo se debruça sobre a autoeficácia e os fatores de risco inerentes ao desmame precoce de puérperas atendidas em duas maternidades de Goiânia/GO. O Aleitamento Materno é uma prática de promoção a saúde recomendado de forma exclusiva nos primeiros seis meses de vida da criança. De acordo com as evidências científicas ao longo dos tempos, é uma alimentação inata nas mães e que traz consigo inúmeros benefícios. Nesta perspectiva, diante dos inúmeros fatores que podem interferir no aleitamento materno e do objetivo em atingir as recomendações desta prática, torna-se imprescindível identificar e testar estratégias que auxiliem as mães e famílias a adotarem essa prática. Uma forma desenvolvida para fazer tal avaliação é por meio da Autoeficácia. Esta é definida como a convicção pessoal de que se pode executar com sucesso uma ação para produzir resultados desejaveis em uma dada situação. Assim, a presente pesquisa tem por objetivo avaliar a autoeficácia e fatores de risco de desmame precoce em puérperas atendidas em ambulatório de acompanhamento puerperal de duas maternidades públicas de Goiânia, Goiás, Brasil. O foco da análise da problematização empreendida situa-se em puérperas que estão em acompanhamento ambulatorial puerperal e as questões que envolvem o aleitamento materno. Assim, o presente projeto parte do seguinte problema de pesquisa e seus desdobramentos empíricos: Quais os fatores de risco e variáveis sociodemográficas estão associados à autoeficácia para o desmame precoce em puérperas atendidas em duas maternidades públicas da cidade de Goiânia/GO? Trata-se de um estudo transversal analítico com abordagem quantitativa. A presente pesquisa será realizada por meio de questionários aplicados às puérperas em ambulatório de acompanhamento puerperal de duas maternidades públicas da cidade de Goiânia/GO. As participantes da presente pesquisa serão as mães que forem à primeira consulta de retorno ambulatorial após o parto. A coleta de dados será realizada antes da consulta com o médico responsável, sem comprometer a assistência.

OBJETIVO GERAL

            Avaliar a autoeficácia e fatores de risco de desmame precoce em puérperas atendidas em ambulatório de acompanhamento puerperal de duas maternidades públicas de Goiânia, Goiás, Brasil.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1) Traçar o perfil sociodemográfico e familiar das puérperas atendidas em ambulatório de acompanhamento puerperal; 

2) Medir a autoeficácia na amamentação de puérperas atendidas em ambulatório de acompanhamento puerperal; 

3) Identificar fatores de risco de desmame em puérperas atendidas em ambulatório de acompanhamento puerperal; 

4) Correlacionar o perfil sociodemográfico e familiar com a autoeficácia na amamentação em puérperas atendidas em ambulatório de acompanhamento puerperal.

5) Correlacionar fatores de risco de desmame com a autoeficácia na amamentação em puérperas atendidas em ambulatório de acompanhamento puerperal.

Com a atuação já há anos na pediatra e no acompanhamento em ambulatório puerperal, foi possível observar de forma empírica as grandes dificuldades encontradas pelas mães para lidarem com a função primordial que o aleitamento materno tem para a vida do recém-nascido. Fato comprovado no grande número de mulheres que, por várias razões a se investigarem, não conseguem ter eficácia no exercício da amamentação e acabam por realizar o desmame precoce do recém-nascido.

O simples ato de realizar os cuidados básicos se torna complexos e difíceis de serem executados. Medir a autoeficácia para o desmame precoce e os fatores de risco inerentes a este processo podem contribuir para que todos envolvidos no processo se conscientizem da importância deste ato na vida da criança.

O presente estudo se justifica por partir do princípio de que avaliar o aleitamento na perspectiva das mães é uma estratégia fundamental para que a prática do aleitamento materno se desenvolva e crie uma cultura sustentável nas famílias brasileiras. Sendo assim, é um fenômeno que necessita ser investigado por meio da confiança materna em sua própria habilidade em amamentar, bem como a relação dessa prática com todo o contexto sociodemográfico e familiar em que a mãe está inserida.