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BURNOUT E AS CONSEQUÊNCIAS PSICOSSOMÁTICAS PARA A VIDA DO TRABALHADOR
2016/2 até 2020/1
ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E DA SAÚDE
CLÍNICA, SUBJETIVIDADES E SAÚDE
Saúde: educação, avaliação e intervenção
IVONE FÉLIX DE SOUSA
Geral:
Analisar quais são os sintomas psicossomáticos das dimensões da síndrome de burnout (exaustão emocional, cinismo e ineficácia) que estão presentes nos trabalhadores de instituições públicas na cidade de Goiânia e avaliar as consequências destes sintomas na vida do trabalhador nas dimensões: carga de trabalho, vivências de controle, reconhecimento, apoio social recebido, justiça e coerência dos valores organizacionais e pessoais.
Específicos
1 Levantar teorias e estudos já desenvolvidos referentes à síndrome de burnout, sintomas psicossomáticos e as dimensões da vida no trabalho, por meio da metodologia “Revisão Integrativa”.
2 Analisar quais são os sintomas psicossomáticos das dimensões da síndrome de burnout (exaustão emocional, cinismo e ineficácia) que estão presentes nos trabalhadores de instituições públicas na cidade de Goiânia.
3 Avaliar as consequências destes sintomas na vida do trabalhador nas dimensões: carga de trabalho,vivências de controle, reconhecimento, apoio social recebido, justiça e coerência dos valores organizacionais
e pessoais no trabalho nas instituições públicas na cidade de Goiânia.
4 Avaliar se existe algum trabalhador nas instituições públicas da cidade de Goiânia que desenvolveu síndrome de burnout e sintomas psicossomáticos.
5. Analisar como o trabalhador das instituições públicas de Goiânia percebem os aspectos da vida no trabalho (sobrecarga de trabalho, controle, recompensa, valores organizacionais e pessoais, percepção de justiça organizacional e relações sociais).
Pesquisar sobre os temas Psicossomática, Burnout e Vida no trabalho em trabalhadores da área da saúde tornou-se importante devido as demandas apresentadas pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador do Estado de Goiás (CEREST Estadual), quando em suas atribuições de fiscalização nas empresas observam grande número de casos de afastamento do trabalho dos profissionais por motivo de alto nível de adoecimento mental no trabalhador (OLIVEIRA, 2014). As pesquisas devem partir das demandas apresentadas pela sociedade e neste sentido torna-se mais que necessário que se entenda a amplitude deste adoecimento do trabalhador a fim de fazer intervenções mais adequadas junto aos profissionais adoecidos mentalmente.
Sabe-se que as condições de vida no trabalho influenciam diretamente na qualidade de vida do trabalhador. Nos tempos atuais os trabalhadores deparam-se cada vez mais com condições hostis de trabalho. Conforme Maslach e Leiter (1999) discutem, estudar o adoecimento do trabalhador sem apontar as possíveis causas que o determinam não faz sentido. Portanto, assim, se faz necessário que se desenvolvam pesquisas que enfoquem as áreas da vida no trabalho para que se possa trazer para a sociedade, possíveis soluções, ou pelo menos, que minimizem os efeitos negativos que o trabalhador vivência em seu meio de trabalho. Para tanto, a presente pesquisa foca as seis áreas da vida no trabalho propostas por Leiter e Maslach (2004; 2005): carga de trabalho, vivências de controle, reconhecimento, apoio social recebido, justiça e coerência dos valores organizacionais e pessoais. Segundo estes autores, estas áreas estão diretamente relacionadas à saúde mental ou ao adoecimento mental dos trabalhadores, podendo desencadear ou não, na síndrome de burnout.
Esta síndrome é concebida como desgaste psicológico que advém de processos que envolvem as relações inter e intrapessoais no ambiente hostil de trabalho, em que o empregado está inserido (MASLACH, 2006). Quando acometido por esta síndrome o profissional apresenta-se sem ânimo e apático. O trabalho deixa de ser empolgado e perde o sentido da vida e do trabalho. O laborador, que se envolve de forma afetiva com as pessoas das quais mantem relacionamentos organizacionais, se desgasta, chega ao extremo, desiste, não aguenta mais, queima-se, ou seja, entra em burnout (MASLACH; JACKSON, 1981). Assim, a síndrome de burnout é tida como uma reação à tensão emocional crônica, gerada pelo contato direto e excessivo com outros seres humanos (MASLACH; JACKSON, 1981). Na realidade, o contato direto e excessivo com outros seres humanos pode até ser benéfico para as pessoas, dependendo do tipo de relação estabelecida, se é estressante ou não. Entre os sintomas provocados pela síndrome de burnout estão: depressão, ansiedade, absenteísmo, cansaço constante, apatia, irritabilidade, sono excessivo e despersonalização. As mais marcantes singularidades da síndrome são a ‘exaustão emocional’, caracterizada pelo esgotamento, falta de energia e baixa autoestima, a ‘despersonalização’, na qual a pessoa torna-se fria no contato com outras, revela-se, constantemente, impaciente e não, raramente, tem atitudes grosseiras, cínicas e irônicas, e a ‘reduzida realização profissional’, sempre acompanhada de sensação de inadequação, baixa avaliação profissional e insatisfação permanente (SOUSA, 2006). Estes sintomas, nada mais são do que somatizações psicossomáticas advindas das situações estressantes vivenciadas pelos trabalhadores.
O mundo do trabalho, da forma que é organizado na atualidade é uma das causas que levam o trabalhador a fragilização somática, bloqueando o modo operatório às necessidades mentais. Conforme Dejours (1992) uma das maiores causas da doença somática é o bloqueio contínuo que a organização do trabalho, e, em especial, o sistema taylorista, pode provocar no funcionamento mental. Assim, no conflito entre a economia psicossomática e a organização do trabalho potencializa os efeitos patogênicos das más condições físicas, químicas e biológicas do trabalho (MELLO FILHO, 1992). Conforme Friedmann (1983, p. 168) quando não há possibilidade de afirmação da personalidade do trabalho ocorrem processos de depressão e tensão nervosa permanente. Neste contexto, para Dejours (1992), a somatização é entendida como processo pelo qual um conflito não solucionado mentalmente desencadeia, no corpo, desordens endócrino-metabólicas, ponto de partida de uma doença. Para França e Rodrigues (2005) a psicossomática compreende a doença não como um evento causal na vida de uma pessoa, mas como resposta de um indivíduo que vive em sociedade, em constante interação com outras pessoas, situada em determinado ambiente físico e que procura resolver, da melhor maneira possível, sua existência no mundo. É nessa busca pelo equilíbrio que o trabalhador apresenta uma série de sintomas psicossomáticos. Estes diversos sintomas que o trabalhador pode vir a experimentar mantém uma relação dialética com o trabalho: tanto os sintomas são causas do sofrimento no trabalho, quanto o sofrimento no trabalho possibilita a manifestação de sintomatologias diversas que levam a uma sensação de mal estar contínuo no trabalhador e, consequentemente, à sua perda de capacidade criativa e produtiva. O trabalho está no centro da vida do homem moderno e a busca pelo trabalho institucionalizado, tanto satisfaz as necessidades econômicas e materiais, quanto às de identidade e afetivas (MELO FILHO; BURD, 2010). Assim, a falta de sentido no trabalho leva ao sofrimento psíquico que alimenta um desgaste contínuo no corpo, tornando-o vulnerável. Dentre as manifestações psicofísicas mais comuns pode-se esperar (MELO FILHO; BURD, 2010): a queda da eficiência, a insegurança nas decisões, protelamento de tomada de decisões, sobrecarga, nível de tensão elevada, irritabilidade, explosão emocional, sentimentos de desconfiança, uso de medicamentos e outras drogas e eclosão ou agravamento de doenças. Manifestações hipocondríacas podem se fazer presentes na vida do trabalhador (VOLICH, 1973).
Nome | Função no projeto | Função no Grupo | Tipo de Vínculo | Titulação Nível de Curso |
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ANDREA BATISTA MAGALHÃES
Email: andreavidda@gmail.com |
Pesquisador | Estudante | [professor] | [mestre] |
EMILY FELIX DE SPINDOLA
Email: emilyfelix23@gmail.com |
Pesquisador | Estudante | [aluno] | [null] |
FLAVIA CANDIDO COSTA
Email: candidoflavia2@gmail.com |
Pesquisador | Estudante | [aluno] | [null] |
IRACEMA GONZAGA MOURA DE CARVALHO
Email: iracemagmc@gmail.com |
Pesquisador | Pesquisador | [professor] | [doutor] |
IVONE FÉLIX DE SOUSA
Email: ivonefelixsousa@gmail.com |
Coordenador | Pesquisador | [professor] | [mestre] |
JESSICA DI DOMENICO
Email: jessicadidomenico@hotmail.com |
Pesquisador | Estudante | [] | [] |
JULIANA BATISTA ARAUJO SANTOS
Email: judeanalitswd@gmail.com |
Pesquisador | Estudante | [aluno, aluno] | [null, null] |
MARIA ANGELICA SOUSA TELES
Email: maria-angelica-teles@hotmail.com |
Pesquisador | Estudante | [] | [] |
MARINA DE MORAES E PRADO MORABI
Email: marinademoraes@gmail.com |
Pesquisador | Pesquisador | [professor] | [mestre] |
MARINA MARTINEZ YANO BARCELOS
Email: lisbelamartinez@gmail.com |
Pesquisador | Estudante | [aluno] | [null] |
MAURICIO BENICIO VALADAO
Email: mvaladao@gmail.com |
Pesquisador | Estudante | [] | [] |
NATALIA CARRIJO LOPES
Email: natcarrijo@outlook.com |
Pesquisador | Estudante | [aluno] | [null] |
SARAH ALVES CORCELLI
Email: sarahcorcelli@outlook.com |
Pesquisador | Estudante | [aluno] | [null] |
SEBASTIÃO BENICIO DA COSTA NETO
Email: sebastiaobenicio@gmail.com |
Pesquisador | Líder | [professor] | [doutor] |