No Brasil já foram relatadas ao menos 121 diferentes espécies de macrófitas aquáticas (FRANÇA et al., 2003), sendo mais comumente relatadas cerca de 40 dessas espécies, das quais de acordo com Branco (1986) existem várias com potencial para causar prejuízos em ecossistemas aquáticos. Carvalho (2004) relata 30 espécies nos reservatórios das principais UHEs Paulistas, das quais oito delas ocorrem com maior frequência e aparecem distribuídas em praticamente todos os pontos de amostragem. Desenvolver mesocosmos experimentais de investigação de plantas invasoras aquáticas, possibilitando o seu estudo e combate em ambientes controlados, e analisando os itens e fatores que propiciam as infestações e as superpopulações.

Geral

• Desenvolver mesocosmos experimentais de investigação de plantas invasoras aquáticas, possibilitando o seu estudo e combate em ambientes controlados, e analisando os itens e fatores que propiciam as infestações e as superpopulações. 

Específicos

            

• Identificar e efetuar o levantamento de literatura que delimite a ocorrência e os fatores que facilitem e propiciem as grandes infestações por plantas invasoras aquáticas. 
• Analisar a morfologia dessas plantas, suas características relativas à marcha de absorção de nutrientes, e fatores de estresse ao desenvolvimento; 
• Identificar literatura de referência e normas sobre a utilização de produtos naturais e agroquímicos que possibilitem ou permitam o combate às plantas já estabelecidas num ecossistema;
• Analisar o impacto causado pela população de plantas nos ecossistemas onde elas se instalam, e o impacto causado por eventuais sistema de tratamento e erradicação das plantas;
• Analisar o sedimento do solo e leito dos sistemas onde as plantas se estabelecem, buscando suas características físicas e químicas, correlacionando-as com as infestações, e analisando o impacto dos resíduos deixados em eventuais tratamentos químicos; 
• Estimular no corpo discente e docente o surgimento de alternativas para o tratamento e controle das infestações populacionais nos diferentes ambientes onde se apresente;
• Buscar tratamentos alternativos para e à erradicação das populações. 

No Brasil já foram relatadas ao menos 121 diferentes espécies de macrófitas aquáticas (FRANÇA et al., 2003), sendo mais comumente relatadas cerca de 40 dessas espécies, das quais de acordo com Branco (1986) existem várias com potencial para causar prejuízos em ecossistemas aquáticos. Carvalho (2004) relata 30 espécies nos reservatórios das principais UHEs Paulistas, das quais oito delas ocorrem com maior frequência e aparecem distribuídas em praticamente todos os pontos de amostragem, são elas a Brachiaria mutica, Brachiaria subquadripara, Eichhornia crassipes, Polygonum lapathifolium e Salvinia auriculata, Cyperu difformis, Pistia stratiotes e Typha angustifólia e que, portanto, são as potencialmente mais daninhas.

            Guimarães (2003), diz que as infestações que ocorrem no Brasil, principalmente em grandes represas nos estados de São Paulo e Minas Gerais, mostram que a presença de macrófitas aquáticas nas represas como as de Jupiá, Billings, Porto Primavera, provocam prejuízos diretos como obstrução de turbinas e grades de proteção, funcionamento anormal de eclusas, e indiretos como danos ao ambiente, entraves a navegação, abrigo de vetores de doenças, etc… Castro (2008) cita perdas por evapotranspiração ativa, de apenas uma espécie infestante, da ordem de quarenta vezes àquela da superfície natural, que por sua vez teria impacto gigantesco na geração de energia em lagos de usinas hidrelétricas. 

            A Agronomia contém a ciência de pesquisa que tem estudado e procurado combater as macrófitas aquáticas, tanto em suas infestações instauradas quanto em suas perturbações que as originam, e por isso faz-se necessário o desenvolvimento de pesquisas interdisciplinares, envolvendo outros cursos e áreas do conhecimento, que possibilitem o combate ao desastre econômico causado por essa perturbação, e aos fatores de poluição dos cursos hídricos, que as geram.