O projeto de extensão Observatório Tecnológico - OTec, vinculado ao Departamento de Computação da PUC Goiás, é um projeto que se constitui como um canal entre professores, profissionais e alunos, e entre a universidade, sistema produtivo e a sociedade, proporcionando a construção de uma interpretação crítica da gestão tecnológica no âmbito organizacional capaz de fornecer elementos para o fortalecimento institucional e competitividade. Tendo em vista que a linguagem tecnológica utilizada pela mídia dificulta em muito a compreensão a adoção tecnológica pela população em uso cotidiano, o OTec busca desenvolver e utilizar uma metodologia que proporcione clareza e proximidade o cidadão e com o profissional no uso da tecnologia. Assim, o objetivo do Observatório é trazer os processos tecnológicos aplicados e os fatos que envolvem a conjuntura dos sistemas administrativo e produtivo. Esse objetivo é conseguido através das análises elaboradas nas reuniões periódicas do Grupo para Oportunidades Tecnológicas ¿ GOT e do Grupo de Análise de Conjuntura ¿ GAC, que buscarão ser divulgadas através dos meios de comunicação digital e impresso, blog oficial do projeto, Facebook e Twitter, dentre outros. A organização de seminários para o público acadêmico e para profissionais e espaços de formação interna complementam o vínculo acadêmico ao público externo. Assim, o Observatório Tecnológico fundamenta e executa o tripé; Ensino, Pesquisa e Extensão, conseguindo levar o conhecimento para além da Universidade.

O objetivo do Observatório Tecnológico é coletar, processar e dispor informações que sustentem a boa análise crítica dos fenômenos da gestão tecnológica no contexto local, brasileiro e internacional, disponibilizando-a em linguagem acessível, através dos meios de comunicação, palestras, seminários ou mesmo em sala de aula.

Como objetivos específicos, o projeto pretende:

1. Fazer um exercício permanente de aplicação da teoria à análise dos fenômenos da gestão tecnológica;

2. Contribuir para a formação científica dos pesquisadores, desenvolvendo seu senso crítico e sua capacidade de integração social pela difusão do conhecimento;

3. Disponibilizar os resultados de pesquisas e seminários, em linguagem clara, às organizações sociais, entidades de classe, empresas e acadêmicos e cidadãos;

4. Oferecer consultoria às instituições públicas e privadas;

5. Elaborar e organizar materiais didáticos, minicursos e seminários sobre tecnologias, sua gestão a seus aplicações.

A gestão produtiva no Brasil envolve um conjunto de informações muito abrangente e a sua compreensão é freqüentemente prejudicada, tanto pela sofisticação da linguagem usada, quanto pela estreita relação estabelecida entre os interesses políticos e sociais.

A todo o momento, o setor produtivo recebe novos dados e informações dos diversos institutos de pesquisas econômicas e sociais, mas pouco é transformado em conhecimento, visto que a população não possui embasamento específico que a permita compreender a linguagem tecnológica.

Sabemos que o acompanhamento diário da conjuntura tecnológica e como esta evolui e passa a ser adotada pelas instituições, exige esforço enorme na captação de informações que tratam de fenômenos como: adoção, inovação, desenvolvimento, pesquisa aplicada e uso cotidiano da tecnologia, dentre outros. 

A dificuldade de compreensão destas informações é percebida até mesmo no meio acadêmico, pois a não compreensão é obstáculo para a discussão do tema na própria universidade, logo dificulta a definição do papel da academia junto à comunidade no aspecto da transferência de tecnologia e difusão do conhecimento.

Para os alunos do curso de tecnologia (computação, engenharias, biotecnologias, ...), em especial, os debates sobre a gestão tecnológica é uma necessidade não suprida.

Se em qualquer atividade com aplicação do conhecimento especializado a inclusão é importante, no caso da gestão tecnológica é imprescindível. Quanto mais se sofistica a linguagem e o instrumental do processo de gestão tecnológica, mais aumenta a possibilidade de afastamento e de comunicação com as pessoas que as irão adotar. Com vista nesta problemática, surge o “Observatório Tecnológico: Repositório Sistematizado de Conhecimentos em Gestão Tecnológica”, buscando atingir os três eixos, ensino-pesquisa-extensão. 

O projeto em questão procura, partindo desta problemática, destruir os “muros” que separam o saber acadêmico da sociedade e tem como desafio interpretar os acontecimentos tecnológicos, para torná-los de fácil adoção ao cidadão comum, mas que têm interesse em conhecer e entender o uso da tecnologia que mexe diretamente com a sua realidade.

Para tanto, a equipe do Observatório Tecnológico projeta algumas dificuldades, tendo com meta a busca de uma teoria que pudesse explicar os fatores tecnológicos e os mercadológicos da tecnologia, além da aparência, e que ao mesmo tempo incluísse elementos da história, sociologia e ciência política.

Outra meta é criação de mecanismos para disponibilizar toda esta produção teórica e de análise da economia brasileira para os diferentes segmentos da sociedade.