Detalhes do Projeto de Pesquisa

PESQUISAS EM RELIGIOSIDADE, ESPIRITUALIDADE E SAÚDE

Dados do Projeto

163

PESQUISAS EM RELIGIOSIDADE, ESPIRITUALIDADE E SAÚDE

2017/2 até 2020/1

ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E HUMANIDADES

GRUPO DE PESQUISA EM RELIGIÃO, CULTURA E SOCIEDADE

RELIGIÃO E MOVIMENTOS SOCIAIS

CAROLINA TELES LEMOS

Resumo do Projeto

A pesquisa ora proposta tem por objetivo analisar as principais abordagens teóricas e o perfil dos pesquisadores que investigam religiosidade, espiritualidade e saúde, nas áreas das ciências humanas e da saúde, na atualidade. O segundo objetivo é analisar a relação entre as demandas espirituais dos pacientes com câncer diante da dimensão espiritual de cada indivíduo e o serviço dos enfermeiros ao paciente quando se trata dessa temática. Na primeira etapa serão analisadas as obras produzidas nos últimos cinco anos, por docentes e discentes dos Programas de PósGraduação stricto sensu de universidades situadas nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do país, tendo as seguintes questões norteadoras: Quais são as principais abordagens sobre a temática religiosidade, espiritualidade e saúde que tornaram-se objeto de estudos da academia? Qual o perfil desses pesquisadores? Porque o interesse dos pesquisadores por elas? Que contribuições eles apresentam à melhor compreensão e análise desta temática? Nesta etapa, teremos como espaço de investigação as bases de dados dos Sistemas de Bibliotecas das Universidades e os bancos de dissertações e teses dos programas de pós-graduação, bem como periódicos especializados na área. Na segunda etapa da investigação, será realizada uma pesquisa empírica com enfermeiros que atendem pacientes oncológicos e com os próprios pacientes. Esta pesquisa se dará através de questionário contendo questões fechadas e abertas, visando aprofundar e ampliar a coleta de informações sobre as mesmas questões postas acima. Parte-se da hipótese que, na atualidade, o foco central de análise das referidas temática é a concepção de saúde integrativa e que a atuação dos enfermeiros encontra dificuldades para responder às demandas de espiritualidade dos pacientes oncológicos. A investigação contará com a colaboração de alunos de Iniciação Científica, mestrandos e doutorandos.

Objetivos

2.1. Objetivo Geral (ou primário)

Identificar/Analisar as produções acadêmicas, bem como os perfis dos pesquisadores, existente nas Universidades Públicas e Privadas que ofereçam cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu nas áreas das Ciências Humanas e da Saúde, nas regiões Centro_Oeste e Nordeste, sobre religiosidade e espiritualidade, nos últimos 05 anos, bem como analisar a relação entre as demandas espirituais dos pacientes com câncer diante da dimensão espiritual de cada indivíduo e o serviço dos enfermeiros diante ao paciente sobre essa temática.


2.2. Objetivos Específicos (ou secundários)

- Listar/ Analisar as produções das Universidades Públicas ou Privadas das regiões Centro-Oeste e Nordeste, sobre religiosidade e espiritualidade no contexto da saúde, que constam na base de dados do Sistema de Biblioteca, publicados nos últimos 5 anos, nos seguintes âmbitos: perfil dos pesquisadores; razões por tal interesse de estudo, pontuar as temáticas mais estudadas e as contribuições apresentadas.

- Inventariar/ Analisar a produção acadêmica publicada no banco de dissertações e teses dos programas de pós-graduação stricto-sensu, nas áreas da ciências humanas e da saúde existente nas Universidades Públicas e Privadas nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, sobre religiosidade e espiritualidade, nos últimos 05 anos.

- Identificar/ Analisar os conceitos e os referenciais teóricos das áreas das ciências humanas e da saúde que mais incidem no estudo sobre religiosidade e espiritualidade no contexto da saúde nas referidas universidades, nos últimos 05 anos.

- Questionar os pacientes oncológicos sobre suas questões religiosas, espirituais e se essas afetam diretamente em sua saúde e seu bem-estar pessoal.

- Analisar se os profissionais de saúde utilizam do cuidado espiritual de acordo com as necessidades dos pacientes.

Justificativa

Dos mais de 200 milhões de residentes no Brasil, de acordo com dados do Censo do IBGE 2013[1], 71,2% da população brasileira, ou seja, 142,8 milhões, consultaram médico em 2013; 14,1 milhões (7% dos residentes em domicílios particulares) deixaram de trabalhar, ir à escola ou realizar uma atividade habitual porque estavam resfriados, com enxaqueca ou não se sentiam bem.  Nesse mesmo período, 27,9% da população tinha algum plano de saúde (médico ou odontológico). Relatório do Ministério da Saúde no Brasil, em 2014[2], apresenta um quadro desolador em relação à presença de doenças transmissíveis, do perfil epidemiológico do HIV/aids, sífilis e hepatites virais, da prevalência e distribuição de importantes doenças crônicas não transmissíveis, da exposição humana a agrotóxicos e suas consequências para a saúde. 

Ao lado desse quadro, Otani e Barros (2011, p. 1802) destacam que estão em curso, em âmbito internacional, mudanças  no perfil de morbimortalidade, aumento das doenças crônico-degenerativas, aumento da expectativa de vida, crítica à relação assimétrica de poder entre médicos e pacientes, consciência de que a medicina convencional é deficiente para solucionar determinadas doenças, insatisfação com o funcionamento do sistema de saúde e com a pouca informação sobre o perigo dos efeitos colaterais dos medicamentos e das intervenções cirúrgicas.

Como reação ao contexto acima apresentado surge, no âmbito da medicina formal, a Medicina Integrativa (MI) que, segundo Otani e Barros (2011), é o conceito mais recente no debate das Medicinas Alternativas e Complementares (MAC). Segundo as autoras, entre as definições das MIs, encontram-se características como: a combinação de antigos sistemas de cura com a biomedicina; a consideração da pessoa por inteiro; e enfoque multidisciplinar. A presença desse tema no centro dos debates sobre saúde na atualidade torna pertinente a realização de uma investigação sobre a relação entre religião, espiritualidade e saúde, pois embora esses aspectos estejam sendo contemplados nos debates atuais sobre saúde, apresentam lacunas e fragilidades teóricas e de analises empíricas que merecem ser consideradas.

Equipe do Projeto

Nome Função no projeto Função no Grupo Tipo de Vínculo Titulação
Nível de Curso
ANGELLITA BARBOSA DE CARVALHO ARAUJO
Email: assistenciahumanizada01@gmail.com
Pesquisador Estudante [externo] [graduado]
CAROLINA TELES LEMOS
Email: cetelemos@uol.com.br
Coordenador Líder [professor] [doutor]
LETICIA GONCALVES MAIA
Email: leticia___maia@hotmail.com
Pesquisador Estudante [] []
MAYARA SILVA COTRIM
Email: arayamavlis.cotrim@gmail.com
Pesquisador Estudante [] []