Os chamados transtornos mentais são fenômenos que acompanham o ser humano desde os mais remotos tempos. Estudos epidemiológicos demonstram a alta prevalência dos transtornos mentais na sociedade ao longo de sua história. Diante dessa demanda, a psicopatologia surge como o campo da ciência responsável pelo estudo dessa série de fenômenos. No entanto, algumas abordagens questionam a definição feita pela abordagem tradicional, que descreveu esses fenômenos como doenças mentais. Essa crítica ocorre em função de a própria abordagem não ter encontrado achados biológicos suficientes para sustentar tal nomenclatura. Por outro lado, a Análise do Comportamento, desde sua origem, no início do século XX, defende que o estudo desses transtornos mentais deva ser embasado por uma ciência natural. Com essa finalidade, organizou um maciço campo teórico e metodológico ao desenvolver pesquisas com infra-humanos cuja função foi buscar alternativas de investigação e intervenção para tais psicopatologias. Daí aportar-se a Análise do Comportamento como uma eficiente alternativa ao defrontar-se com os chamados transtornos mentais não como doença, mas sim como comportamentos-problema que são passíveis de observação, mensuração, análise e modificação. Logo, sua proposta de intervenção, ou de modificação do comportamento, pauta-se na investigação de variáveis históricas associadas à instalação desses comportamentos, bem como pela pesquisa de variáveis atuais que os mantêm no repertório do organismo. Diante da relevância do tema, o presente projeto de pesquisa tem por objetivo avaliar, descrever e intervir em psicopatologias apresentadas por usuários, de todas as faixas etárias, que buscam os serviços da Clínica-Escola de Psicologia (CEPSI), vinculada à Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás. O estudo proposto será epidemiológico, retrospectivo, descritivo, exploratório e analítico, inicialmente projetado para cinco anos e agora requeridos mais 24 meses, iniciado em 2015/2. Este projeto está sendo aplicado por meio de delineamento experimental no formato AB, seguido por follow-up, sendo a primeira etapa destinada à linha de base (coleta de dados), a segunda etapa dedicada aos procedimentos de intervenção e na etapa final será realizado o estudo de follow-up, assim como por meio de delineamento de linha de base múltiplas entre comportamentos e entre situações. Espera-se alcançar com o desenvolvimento desta pesquisa benefícios que se estenderão tanto para os participantes como para a comunidade de uma forma geral, assim como aos profissionais da área de saúde. Para os participantes, espera-se que esses aprendam formas mais eficientes e adaptativas para se comportarem, a fim de que lhes sejam produzidas consequências mais reforçadoras. À comunidade geral, possibilidade de usufruir, em forma de tratamento, dos resultados que este projeto venha produzir, logo, alcançar a melhoria da qualidade de vida desta. Aos profissionais de saúde, o benefício de poder utilizar de novos procedimentos/protocolos que lhes favorecerão operacionalizar novas ferramentas tanto para avaliação quanto para o tratamento das psicopatologias pela vertente comportamental. Palavras-chave: déficits e excessos comportamentais; psicopatologias; variáveis estabelecedoras e mantenedoras; treino comportamental; análise do comportamento.

Objetivo Primário - Identificar as psicopatologias trazidas por usuários da ClínicaEscola de Psicologia da PUC Goiás, quando então será aplicada a tecnologia da Análise do Comportamento, a fim de que sejam avaliadas e descritas, isto é, sejam identificados seus agentes causadores e mantenedores, para que sejam delineados programas de intervenção pautados pela experimentação, com formatos AB, seguido por follow-up. Logo, identificar, descrever, mensurar, conhecer e intervir nestas psicopatologias com o objetivo de promover o seu controle. Assim, como avaliar as ferramentas de intervenção em uso e, desse modo, suscitar análises críticas destas, com o objetivo de contribuir para com o seu desenvolvimento, o que, certamente, contribuirá com a sociedade e com a área de saúde de um modo geral.

Objetivos Secundários - (1) Avaliar e descrever diagnóstico adequado aos usuários que buscam a Clínica-Escola de Psicologia da PUC Goiás com queixa de apresentar psicopatologias. (2) Identificar, descrever e propor tratamento adequado às psicopatologias apresentadas pelas pessoas que buscam a Clínica-Escola de Psicologia da PUC Goiás, a fim de favorecer o controle das referidas psicopatologias. (3) Avaliar resultados obtidos pelos tratamentos propostos, por meio do acompanhamento das pessoas que fizerem uso dessa forma de intervenção. (4) Avaliar a eficácia do programa de intervenção aplicado. (5) Propor novos procedimentos clínicos que possam contribuir com o desenvolvimento de comportamentos mais adequados ao ambiente social destas pessoas, bem como com a melhoria da prática do profissional da saúde.

Os chamados transtornos mentais são fenômenos que acompanham o ser humano desde os mais remotos tempos. Estudos epidemiológicos demonstram a alta prevalência dos transtornos mentais na sociedade ao longo de sua história. Diante dessa demanda, a psicopatologia surge como o campo da ciência responsável pelo estudo dessa série de fenômenos. No entanto, algumas abordagens questionam a definição feita pela abordagem tradicional, que definiu esses fenômenos como doenças mentais. Essa crítica se dá uma vez não ter, a própria abordagem, encontrado achados biológicos suficientes para sustentar tal nomenclatura. Por outro lado, a Análise do Comportamento, desde a sua origem no início do século XX, defende que o estudo desses transtornos mentais deva ser embasado por uma ciência natural. Com essa finalidade organizou um maciço campo teórico e metodológico, ao desenvolver pesquisas com infrahumanos com a função de buscar alternativas de investigação e intervenção para essas psicopatologias. Daí aportar-se, a Análise do Comportamento, como uma eficiente alternativa, ao defrontar-se com os chamados transtornos mentais não como doença, mas sim como comportamentos-problemas que são passíveis de observação, mensuração, análise e modificação. Logo, sua proposta de intervenção, ou de modificação do comportamento, pautase na investigação de variáveis históricas associadas à instalação desses comportamentos, bem como pela pesquisa de variáveis atuais que os mantêm no repertório do organismo.