Os eventos hidrológicos intensos têm grande impacto na saúde pública em áreas de climas tropicais e subtropicais, favorecendo a propagação de doenças como hepatite A, leptospirose e a dengue. A hepatite A, causada pelo vírus homônimo, é transmitida principalmente por via fecal-oral, sendo amplificada por enchentes que contaminam a água potável e por secas que forçam o uso de fontes de água inadequadas. A leptospirose, uma zoonose bacteriana, intensifica-se em períodos chuvosos, especialmente em regiões urbanas com saneamento básico deficiente, devido ao contato com água contaminada por urina de roedores. Já a dengue, transmitida pelo Aedes aegypti, tem sua proliferação favorecida pela formação de criadouros em águas paradas após chuvas intensas, o que aumenta os surtos da doença em períodos de alta pluviosidade. A interação entre fatores climáticos e infraestrutura precária amplifica os impactos desses eventos, agravando as condições sanitárias e favorecendo surtos. Dado o aumento da intensidade desses fenômenos devido aos evento climáticos adversos, é essencial aprofundar a análise da distribuição espacial e temporal dessas doenças, viabilizando estratégias eficazes de prevenção e mitigação.

 OBJETIVO GERAL

Descrever e analisar a distribuição temporal e espacial das principais doenças relacionadas aos eventos hidrológicos nas macrorregiões brasileiras.

Objetivos Específicos

1. Identificar a correlação entre eventos hidrológicos com a hepatite A, leptospirose e a dengue.
2. Analisar a distribuição temporal dessas doenças em relação à sazonalidade dos eventos hidrológicos. 
3. Conhecer o coeficiente de incidência das doenças 
4. Descrever a influência dos fatores socioeconômicos na ocorrência das doenças durante e após eventos hidrológicos extremos.
5. Propor estratégias de prevenção e controle baseadas nas correlações encontradas entre os eventos hidrológicos e as doenças.

Com os eventos climáticos hidrológicos extremos cada vez mais frequentes, é essencial entender a relação entre esses eventos e a propagação das principais doenças de veiculação hídrica e arboviroses para aprimorar as estratégias de prevenção e controle. As inundações, que favorecem a propagação de doenças e a criação de criadouros de mosquitos, e as chuvas intensas que alteram o ecossistema local, podem ser fatores na amplificação de surtos. Este estudo fornecerá informações cruciais para a construção de modelos preditivos que possam ajudar os serviços de saúde pública a antecipar surtos e a tomar ações preventivas de forma mais eficaz.