O aleitamento materno exclusivo (AME) é amplamente reconhecido como uma das estratégias mais eficazes para promover a saúde e o desenvolvimento adequado do binômio mãe-filho. No entanto, apesar dos esforços globais e nacionais para aumentar as taxas de AME, a adesão a essa prática ainda está longe do ideal, especialmente no Brasil, onde apenas 23,3% das crianças entre 4 e 5 meses são amamentadas exclusivamente, um índice abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora fatores de risco para o desmame precoce, como idade e escolaridade materna, condição conjugal e falta de conhecimento sobre os benefícios do leite materno, estejam bem documentados na população geral, há uma lacuna na literatura sobre esses fatores entre gestantes de alto risco. Essas mulheres, muitas vezes acometidas por condições clínicas que podem influenciar na prática do AME, enfrentam desafios adicionais que podem agravar a prevalência do desmame precoce. No entanto, há poucos estudos voltados para essa população, o que compromete a elaboração de estratégias de intervenção direcionadas e eficazes. Este estudo é, portanto, relevante para identificar os fatores específicos que influenciam o AME em gestantes de alto risco, oferecendo subsídios para o desenvolvimento de políticas públicas e estratégias de apoio mais adequadas para este grupo. Objetivo: Analisar os fatores de risco relacionados ao desmame precoce em mulheres classificadas como gestantes de alto risco. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte, prospectivo, a ser realizado com puérpera atendidas em um hospital federal de referência em atendimento obstétrico para gestantes classificadas como alto risco no município de Goiânia, Goiás. Serão utilizados para a pesquisa quatro instrumentos de avaliação:Questionário de perfil sociodemográfico, gestacional e dados recém-nascido; Knowledge Breastfeeding Scale ¿ traduzido para o português (Escala Knowl ¿ versão em português); LATCH Scoring System, traduzido para o português (Escala LATCH - versão em português) e o Formulário de acompanhamento à adesão ao aleitamento materno exclusivo após 6 meses. A coleta de dados ocorrerá em duas etapas: inicial e de seguimento. A etapa inicial será realizada na maternidade e o seguimento será realizado mensalmente, por meio do envio do formulário por aplicativo de celular à puérpera. Resultados esperados: Espera- se contribuir para um corpo de evidências que possa orientar práticas assistenciais e intervenções educacionais mais eficazes, com potencial para melhorar as taxas de AME e, consequentemente, os desfechos de saúde materno-infantil. Este projeto está vinculado à um estudo de mestrado, iniciação científica e trabalhos de conclusão de curso.

Objetivo geral

• Analisar os fatores de riscos do desmame precoce em mulheres classificadas como gestantes de alto risco.

Objetivos Específicos

• Descrever o perfil sociodemográficos e obstétricos em puérperas com gestação de alto risco;
• Descrever o perfil clínico do recém-nascido das puérperas com gestação dealto risco;
• Verificar fatores de risco da não adesão ao aleitamento materno exclusivo;
• Avaliar o conhecimento das puérperas com gestação de alto risco sobre oaleitamento materno;
• Analisar         as        dificuldades das      puérperas      com     gestação de alto risco corelacionadas à técnica de amamentação.
• Estimar taxa de incidência do aleitamento materno exclusivo em puérperas de alto risco

Embora fatores de risco para o desmame precoce, como idade e escolaridade materna, condição conjugal e falta de conhecimento sobre os benefícios do leite materno, estejam bem documentados na população (Prentice, 2020), há uma lacuna na literatura sobre esses fatores entre gestantes de alto risco. Essas mulheres, muitas vezes acometidas por condições clínicas que podem influenciar na prática do AME, enfrentam desafios adicionais que podem agravar a prevalência do desmame precoce. No entanto, há poucos estudos voltados para essa população, o que compromete a elaboração de estratégias de intervenção direcionadas e eficazes. Esta pesquisa é, portanto, relevante para identificar os fatores específicos que influenciam o AME em gestantes de alto risco, oferecendo subsídios para o desenvolvimento de políticas públicas e estratégias de apoio mais adequadas para este grupo.