Detalhes do Projeto de Pesquisa

OPÇÕES FARMACOLÓGICAS E NÃO FARMACOLÓGICAS PARA SÍNCOPE VASOVAGAL

Dados do Projeto

1044

OPÇÕES FARMACOLÓGICAS E NÃO FARMACOLÓGICAS PARA SÍNCOPE VASOVAGAL

2025/1 até 2027/2

ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA VIDA

GRUPO DE FISIOLOGIA APLICADA

Sociedade, Ambiente e Saúde

GRAZIELA TORRES BLANCH

Resumo do Projeto

Introdução: A síncope é uma condição caracterizada pela perda repentina e transitória da consciência, causada por uma hipoperfusão cerebral. A forma mais comum de perda transitória da consciência é a síncope vasovagal (VVS), conhecida como síncope neurocardiogênica, responsável por cerca de 60% dos casos nos serviços de emergência. A VVS está presente em adultos jovens, afetando igualmente homens e mulheres. Os sintomas iniciais da VVS incluem tontura, sensação de calor, suor, náusea e palpitações causados pelo acúmulo de sangue nas extremidades inferiores que reduz o retorno venoso no coração e induz o reflexo de Bezold-Jarisch. O tratamento alternativo para VVS compreende o uso, dentro outros, de inibidores da recaptação de serotonina (ISRS) ou adoção da cardioneuroablação (CNA) pela denervação dos nervo vago. Objetivo: Analisar, de maneira criteriosa e aprofundada, as abordagens terapêuticas a respeito da condição de síncope neurocardiogênica, objetivando elucidar, especificamente, sobre a administração dos inibidores de recaptação de serotonina e da cardioneuroablação. Metodologia: Trata-se de uma metanálise oriunda de seleção de estudos das bases de dados PubMed ¿ MEDLINE, Google Scholar, LILACS e Portal Capes sobre periódicos de estudos clínicos randomizados ou não sobre uso de ISRS e CNA no tratamento do VVS. Para avaliação dos estudos selecionados, será utilizado a metodologia PEDro, PRISMA, GRADE e START. Resultados esperados: Com o estudo da metanálise, procuramos comparar as duas formas de tratamento para a VVS e chegar a um resultado da qual mais eficiente e eficaz. Além disso, buscamos definir o perfil de cada paciente, a segurança cirúrgica e medicamentosa e qualidade de vida dos pacientes pós-tratamento, com base em evidências. Entretanto, adiantamos que o estudo possa demostrar que não há divergência estatisticamente importante entre ambos os tratamentos e resultar em aplicações distintas clinicamente.

Objetivos

Analisar de maneira criteriosa e aprofundada sobre as abordagens terapêuticas a respeito da condição de síncope neurocardiogênica, objetivando elucidar possíveis tratamentos como a administração dos inibidores de recaptação de serotonina e a cardioneuroablação.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS. 

  1. Examinar a metodologia da cardioneuroablação para a melhor resolubilidade da síncope vasovagal e como esse método influência na fisiopatologia das síncopes neurocardiogênicas:
  2. Compreender as variações da cardioneuroablação de acordo com as impossibilidades ou de acordo com o quadro clínico dos pacientes;
  3. Elucidar os pontos de interesse para a realização do procedimento de acordo com a anatomia cardíaca;
  4. Analisar os parâmetros que regem a seleção dos pacientes para a realização do procedimento;
  5. Investigar quais são os end-points do procedimento;
  6. Analisar criteriosamente como o procedimento por radiofrequência minimiza as consequências da síncope vasovagal nos pacientes;
  7. Entender a inibição do fluxo parassimpático no coração e como essa influência na reversão do quadro sincopal;
  8. Analisar se existem riscos e contraindicações para a realização da cardioneuroablação:
  9. Compreender qual o posicionamento da European Heart Rhythm Association sobre a cardioneuroablação;
  10. Analisar em artigos se existem contraindicações para o procedimento;
  11. Examinar os resultados negativos associados à cardioneuroablação, assim como efeitos colaterais.
  12. Avaliar a eficácia dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina na redução da frequência e da gravidade dos episódios de síncope vasovagal em pacientes diagnosticados com essa condição
  13. Entender o mecanismo de ação das ISRS;
  14. Correlacionar os resultados da administração dos ISRS pela análise dos estudos;
  15. Comparar com outros tratamentos
  16. Analisar a taxa de sucesso dos tratamentos em subgrupos específicos de pacientes, além de sintetizar os dados disponíveis na literatura científica para fornecer recomendações baseadas em evidências sobre o tratamento mais adequado para a síncope vasovagal
  17. Avaliar a eficácia do tratamento nas diversas faixas etárias;
  18. Estabelecer o impacto do sucesso do tratamento na comorbidade;
  19. Demostrar a gravidade dos sintomas em resposta ao tratamento;
  20. Relacionar subgrupos com taxas de sucesso.
  21. Realizar uma revisão da literatura científica sobre tratamentos para VVS;
  22. Construir recomendações baseadas em evidências;
  23. Comparar as eficácias com a segurança e qualidade de vida;
  24. Estabelecer conclusões e diretrizes para a prática clínica.

Justificativa

Assim sendo, é de significativa importância a realização de uma metanálise sobre as abordagens terapêuticas acerca da síncope vasovagal, uma vez que condição atinge muitas pessoas e que provoca diminuição ou até perda significativa da qualidade de vida desses indivíduos, com prejuízo social e físico.

Ademais, o projeto futuro contribuiria com informações compiladas de estudos e pesquisas rigorosamente selecionados que promoveria uma maior assertividade no tratamento e em futuras pesquisas sobre a síncope do vasovagal que, hodiernamente, apresenta pouca informação publicada. Portanto, propor um estudo que compare as formas de tratamentos distintas ajudaria os profissionais a analisarem a conduta mais adequada de acordo com a clínica de cada paciente, bem como comparar os prós e contras de cada metodologia. De fato, a compreensão das técnicas melhoraria de forma satisfatória a qualidade de vida dos pacientes com redução dos episódios de VVS.

Equipe do Projeto

Nome Função no projeto Função no Grupo Tipo de Vínculo Titulação
Nível de Curso
GRAZIELA TORRES BLANCH
Email: grazielatb@gmail.com
Coordenador Líder [professor] [doutor]